Por Thauany Melo
Relatório da prefeitura aponta que mortandade decorre de "ação anormal ao meio ambiente"
Dezenas de peixes foram encontrados mortos no Rio Vermelho, em Crixás, região norte de Goiás. O secretário de Meio Ambiente do município, Carlos Borges, afirmou que suspeita de crime ambiental.
“Há evidências de fatores que podem ter causado [as mortes], mas precisamos de mais averiguações para ter a informação precisa. Descartamos em 90% a possibilidade de morte por causa natural. É uma chance pequena”, explicou o secretário. “A gente percorreu toda a extensão urbana do rio. Há incidência de peixes mortos em um perímetro de mais de 4 quilômetros”, completou.
A denúncia foi recebida no domingo (29). O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente, Luziano Carvalho, afirmou que, na terça-feira (31), enviou uma equipe ao local para averiguar o caso.
Em relatório técnico, a prefeitura apontou que as mortes decorrem "de uma ação anormal ao meio ambiente, um fator externo que mudou os parâmetros habituais, no qual causou a mortandade dos espécimes aquáticos". As espécies de peixes encontrados mortos foram: cascudo, traíra, tuvira ou sarapó, papa-terra, mandi, bagre e lambari.
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente foi feita a coleta do material para averiguação e pesquisadores já iniciaram estudos para repovoar a fauna.
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Terceira mais votada, com 5.980 votos, vereadora de Goiânia Luciula do Recanto (PSD) tem projeto político firmado no ativismo pelos animais
Protetores de animais conseguiram votações expressivas no último pleito e mostraram a força e o engajamento popular na causa deles. Eleita em 2020 como a terceira mais votada, com 5.980 votos, a vereadora de Goiânia Luciula do Recanto (PSD) tem o projeto político pautado nessa agenda. Pré-candidata a deputada estadual, a pessedista afirmou que pretende levar a agenda para Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Ao Jornal Opção, ela contou que há 17 anos fundou a instituição Recanto Anjos Peludos – que atua no resgate e proteção de animais de rua ou que sofrem maus-tratos, além de prestar socorro àqueles que precisam de cuidados, em Aparecida de Goiânia.
A parlamentar afirmou que está engajada na causa animal desde os 8 anos de idade. “Hoje eu tenho 48 anos, há 17 fundei a instituição. A política foi uma consequência da minha luta com a causa animal. Poucos sabem do sofrimento deles. Lá [no abrigo] fazemos um trabalho de acolhimento e tratamento, pegamos animais de rua ou maltratados e damos os cuidados necessários”, disse.
Ela relembrou que decidiu entrar na política para “dar voz” aos animais e que até o momento sugeriu 41 projetos com o intuito de melhorar a vida dos animais. “Agora ficou mais fácil, mais ‘pesado’ a questão da divulgação e da necessidade, dentro de políticas públicas, sobre a causa animal. Temos essa visão responsável", disse.
A parlamentar e ativista ressaltou que, por meio de projetos de sua autoria, hoje os condomínios são obrigados a denunciar maus tratos. Além disso, ela luta pela bolsa castração e pelo banco de rações para animais de famílias carentes.
Sobre o cenário das políticas públicas para os animais, Luciula avaliou como “péssimo”. “A gente tem 1 ano e meio de mandato, estamos trabalhando para implantar, na prática, o centro de saúde para prestar tratamentos aos animais. Tudo é um processo. A causa animal é muito nova na política. Tem que estar cavando, buscando dentro da política as formas para melhorar”, afirmou.
Além de Luciula, outros municípios abrigam parlamentares eleitos com discursos firmados na causa animal. Em Anápolis, a vereadora Thais da Aspaan (Associação Protetora e Amiga dos Animais de Anápolis), do PP, foi reeleita com 2.493 votos, ficando com o posto de terceira vereadora mais bem votada na Câmara anapolina. Do mesmo município, a vereadora Seliane da SOS (MDB) também é uma personalidade conhecida no ativismo, ficando como a oitava mais bem votada, totalizando 1.714 votos.
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