Por Nathália Barros
Esta semana o governador Siqueira Siqueira Campos (PSDB) terá que tomar uma decisão que pode ter repercussão direta na campanha eleitoral e possivelmente no resultado das eleições. No dia 5 encerra o prazo para renunciar para permitir a candidatura do Eduardo Siqueira. Se não renunciar, como tudo indica, Eduardo não poderá ser candidato ao governo nem a deputado. No Palácio, pelo menos por enquanto, não há clima de renúncia.

[caption id="attachment_769" align="alignleft" width="620"] Igeprev: rombo financeiro na mira da CUT[/caption]
A Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT) protocolou na quarta-feira, 26, ação popular no Tribunal de Justiça solicitando que sejam investigadas as irregularidades nas aplicações no Fundo de Previdência dos Servidores Públicos do Estado (Igeprev). O Ministério da Previdência contabiliza um prejuízo de R$ 153 milhões em decorrência de aplicações temerárias. O rombo pode chegar a R$ 500 milhões. Há ainda o uso indevido de recursos do fundo para pagamento do PlanSaúde no valor de R$ 31 milhões, e mais R$ 61,9 milhões descontados pelo governo na contribuição dos servidores em novembro e dezembro de 2013 e não repassados ao instituto. Uma manobra contábil usado pelo governo para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exceder o limite prudencial de 49,5% de gastos com a folha de pagamento. Um escândalo que se for devidamente apurado pode atingir a imagem do governo.
Se não renunciar ao mandato, Siqueira não poderá ser candidato ao Senado, somente à reeleição, deixando a disputa da única cadeira da Câmara Alta disponível nestas eleições, bastante favorável à oposição. Siqueira é o único nome capaz de ameaçar a reeleição da senadora Kátia Abreu nas condições atuais.
O senador Ataídes Oliveira (Pros) inicia nesta segunda-feira, 31, no Bico do Papagaio, a agenda de encontros regionais que pretende realizar em todo o Estado para apresentar as propostas do Pros. “Além de levar nossas ideias, nosso objetivo é ouvir os prefeitos e vereadores para saber deles as necessidades de cada município. Enquanto senador e coordenador da bancada tocantinense, tenho a obrigação de colocar o pé na estrada e conversar de perto com nossos prefeitos”, afirmou o senador, que é pré-candidato ao governo do Estado.
O deputado Sargento Aragão (Pros) apresentou requerimento solicitando a restituição aos cofres públicos de todos os subsídios recebidos pela ex-conselheria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Leide Mota no período de 18 de maio de 2011 até a sua exoneração ocorrida no início do mês. De acordo com o requerimento, Leide recebeu vantagens indevidas enquanto ocupou cargo de conselheira. De acordo com Aragão, ela foi nomeada pelo governador Siqueira Campos (PSDB), enquanto a vaga seria pertencente ao Ministério Público de Contas, pelo critério da antiguidade. Conforme o requerimento a indicação de Leide contrariou a Constituição Estadual. O requerimento tramita em regime de urgência.

[caption id="attachment_534" align="alignleft" width="620"] José Eliton: prestigiado pelo governador Marconi Perillo, o vice pode ir tanto para o TJ quanto para o TCE ou para o TCM[/caption]
Pergunta que não quer calar-se: o que a base aliada vai fazer com o vice-governador José Eliton (PP)? O governador Marconi Perillo aprecia o advogado e gostaria de mantê-lo como seu vice. Chega-se a falar, até, que, se o tucano-chefe não for candidato, o presidente do PP pode disputar o governo de Goiás. Porém, nos bastidores, há outra discussão, que passa ao largo de apreço pessoal e lealdade: o que, de fato, José Eliton acrescenta à chapa majoritária em termos de votos? O Jornal Opção ouviu dezenas de integrantes da base governista e todos, exceto uma política e um político, teceram os maiores elogios ao vice, mas disseram que “não tem votos”. Em 2012, transformou Posse em sua Ítaca, passando a despachar na cidade, mas não conseguiu eleger o pai a prefeito (perdeu para o amador José Gouveia).
Entretanto, se não permanecer na vice, José Eliton não ficará desguarnecido. Cogita-se quatro coisas. Primeiro, pode disputar a vaga do desembargador Geraldo Gonçalves — se este decidir mesmo se aposentar —, possivelmente com o apoio de Marconi e do presidente da OAB-Goiás, Henrique Tibúrcio. Há quem diga, especialmente no meio advocatício, que a maior ambição do vice é se tornar desembargador.
Segundo, pode “ganhar” uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A vaga do TCE, a do conselheiro Milton Alves, estaria “reservada” para o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB). José Eliton “atropelaria” o amigo? Improvável.
Terceiro, entre 2014 e 2015, dois conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Sebastião “Caroço” Monteiro e Virmondes Cruvinel, devem se aposentar. O deputado Daniel Messac (PSDB) e o secretário de Articulação Institucional, Joaquim de Castro, são os nomes mais cotados para substitui-los. Mas um acordão pode reservar uma vaga para José Eliton.
Quarto, José Eliton é “candidato” a assumir a coordenação geral da campanha do governador Marconi Perillo.

A Cia Theatral Gradiva adapta e encena “Huis Clos” no Centro Cultural Martim Cererê

Publicado originalmente em 1937, o romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, já denunciava a situação de abandono em que se encontravam os “meninos de rua” nas cidades brasileiras e a política oficial da regeneração pela violência
O PMDB, se o candidato a governador for Iris Rezende, pode perder o apoio de alguns partidos que apoiam a candidatura de Júnior Friboi — e não necessariamente uma candidatura peemedebista. É possível que, se Iris for confirmado e se Friboi não bancá-lo, partidos como PTN, de Francisco Gedda, e PC do B, de Isaura Lemos, passem a militar ao lado do pré-candidato do PT a governador, Antônio Gomide.
Até quarta-feira, 26, o vice-governador José Eliton (PP) lutava sozinho contra a indicação do deputado federal Ronaldo Caiado para compor a chapa majoritária articulada pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Se Caiado for candidato a senador na chapa do tucano-chefe, a tendência é que o deputado federal Vilmar Rocha seja indicado para vice e, com isso, José Eliton perderia espaço na chapa. Mas agora um peso-pesado, o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB), entrou em campo contra a indicação de Caiado. Em artigo publicado em "O Popular", o tucano diz que, se apoiar Caiado, a coligação governista estará dando prova de que sofre da síndrome de estocolmo. Jalles Fontoura não está defendendo José Eliton, e sim seu aliado e amigo Vilmar Rocha (PSD). Vilmar, cotado para vice, prefere ser candidato a senador. Há também uma vingança histórica: em 2002, Jalles Fontoura queria ser candidato a senador, mas Caiado bancou o então secretário de Segurança Pública, o procurador de justiça Demóstenes Torres, para a disputa. Na época, Jalles era filiado ao DEM (ex-PFL). E há um contencioso histórico entre os Caiado e a família de Jalles Fontoura e Otavinho Lage. Não é coisa recente, portanto.
O Partido Ecológico Nacional (PEN) decidiu compor com o governador Marconi Perillo (PSDB) e vai apoiar sua reeleição. O presidente do PEN, Airton Barroso, e seu guru, Alfredo Bambu, devem indicar aliados para participar do governo de Goiás. Barroso interrompeu, no início desta semana, as conversações com o grupo do pré-candidato do PMDB a governador de Goiás, empresário Júnior Friboi.
De um integrante do DEM goiano: "O deputado estadual Simeyzon Silveira, até onde se sabe, não é porta-voz do DEM nem do deputado federal Ronaldo Caiado". O democrata acrescenta: "Simeyzon deveria se apresentar como porta-voz de seu partido, o PSC. No entanto, quem manda mesmo no PSC é o pré-candidato a governador pelo PSB, Vanderlan Cardoso". O "conflito" entre Simeyzon e o democrata tem origem na "informação" do primeiro de que o deputado federal não vai compor com o governador de Goiás, Marconi Perillo. Convém esperar a manifestação do próprio Caiado. O que ele tem sugerido não bate, de fato, com o que diz Simeyzon.

Reza a lenda que quem corta cabelo com Ruimar Ferreira não perde eleição. Os candidatos a governador brigam para “usar” a tesoura de ouro do profissional. Aí, claro, alguém tem de perder, mas a culpa não é do Messi dos cabeleireiros. Uma coisa é certa: aquele que não corta cabelo com Ruimar quase sempre fica na lanterninha.
O ex-banqueiro Henrique Meirelles cortou cabelo com Ruimar e foi eleito deputado federal pelo PSDB. Depois, passou a cortar cabelo em Brasília e, aí, não conseguiu ser candidato a governador de Goiás. Olavo Noleto, pré-candidato a deputado federal pelo PT goiano, não é supersticioso, mas na dúvida parou de cortar cabelo na capital federal e, desde algum tempo, passou a frequentar o salão do mestre Ruimar. “Fiquei até mais bonito”, sugere.
Ruimar é chamado pelos demais profissionais de o príncipe dos cabeleireiros do Centro-Oeste. A torcida do Goiás costuma dizer que o único defeito da estrela do New Star, o point mais charmoso e referencial da Praça Tamandaré, em Goiânia, é ser torcedor do Atlético Clube Goianiense. Como diz Billy Wilder, ninguém é perfeito.
(Na foto acima, feita no salão New Star, aparecem Ruimar Ferreira, o primeiro, e Olavo Noleto)

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, tem comentado que, desta vez, Goiás terá um deputado federal. O nome? Marcos Abrão, que Freire apresenta como o “craque do Cerrado”. O motivo do entusiasmo é um só: o jovem líder está reorganizando o PPS em todo o Estado e, de fato, tem chance de obter mandato na Câmara dos Deputados. Workaholic assumido, circula por todo o Estado em busca de apoio para ampliar as bases do partido. Agora, conseguiu a filiação do prefeito de Cromínia, Antônio Matias, Pedruca, que trocou o PROS pelo PPS.
Pedruca não apenas filiou-se ao PPS. Ele levou para o partido dois ex-vereadores, José Antônio e Weber José. A filiação foi feita na sede do partido em Goiânia.
(Na fotografia, Marcos Abrão está no centro.)
Conselheiros peemedebistas estão sugerindo o seguinte: Iris Rezende disputa o governo em 5 de outubro deste ano e, se eleito, não disputaria a reeleição em 2018. Nesta eleição, a de 2018, o empresário Júnior Friboi seria o candidato a governador. Como acredita-se que o PT vai bancar candidato a governador em 2014, Friboi seria o vice agora, com o deputado federal Sandro Mabel para senador. Há, porém, uma corrente do PMDB que avalia que, com Iris candidato, Antônio Gomide vai fazer parte da chapa majoritária, como vice ou candidado a senador. O PT, o de Gomide, continua insistindo que vai disputar mandato de deputado.