Por Marcos Nunes Carreiro

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Memória da ditadura
A verdade sobre o golpe militar em Goiás

Diz-se que a ditadura em Goiás começou mais tarde. Não é verdade, assim como a queda de Mauro Borges meses depois não significa que o então governador de Goiás foi contra o golpe

Editora argentina lança antologia de contos com autores brasileiros

“Língua Rara” será publicada em formato digital, e disponível para download gratuito Nos últimos anos, a literatura contemporânea argentina vem conquistando seu espaço no mercado editorial brasileiro. Traduções de autores como Samanta Schweblin, Diego Vecchio, Andrés Neuman e Selva Almada ganham expressividade através de boas críticas e da formação de um grupo seleto de leitores. O movimento contrário, porém, não se afigura um cenário animador. De acordo com o escritor Bruno Ribeiro, que morou quatro anos em Buenos Aires e fez mestrado de Escrita Criativa por lá, enquanto o Brasil recebe uma literatura argentina mais plural e em maior quantidade, a literatura brasileira ainda é encarada na Argentina por meio de seu viés exótico, figurando nas editoras como um ato de resistência. De maneira então a encurtar essa fronteira e estimular a visibilidade de autores brasileiros em território hermano, Ribeiro organizou a antologia de contos “Língua Rara”. Publicada em parceria com o selo portenho Outsider, o livro traz textos em português e estará disponível em formato digital (epub e mobi), para download gratuito. O lançamento será neste mês, quando também entra no ar o novo site da editora. O organizador conta que a ideia da antologia começou a ganhar corpo no ano passado, partindo da estranheza gerada entre os idiomas dos países vizinhos. “O nosso português é uma língua estranha na América Latina, pois não compartilhamos do espanhol que une o continente. Somos queridos por todos, mas somos incompreensíveis linguisticamente. Somos estranhos em nosso próprio mundo e isso explica muita coisa sobre a relação do Brasil com os nossos hermanos latinos. Meu objetivo foi entregar essa incompreensão para o leitor de língua espanhola, deixando que ele sinta toda a raridade da nossa língua em sua leitura. Uma tensão literária, um desafio, uma overdose de brasilidade linguística”, observa. O mesmo aspecto heterogêneo foi aplicado na escolha dos autores. Partindo da intenção prévia de ter um número equivalente de homens e mulheres, a seleção englobou, segundo Ribeiro, 16 escritores de grandes e pequenos selos, que compartilham uma coesão na linguagem dos contos. Fazem parte do grupo: Adriana Brunstein, André Timm, Camila Fraga, Carlos Henrique Schroeder, Diego Moraes, Eduardo Sabino, Irka Barrios, Letícia Palmeira, Luisa Geisler, Micheliny Verunschk, Noemi Jaffe, Priscila Merizzio, Ricardo Lísias, Roberto Denser, Roberto Menezes e Sérgio Tavares. “Eu queria 16 autores que carregassem consigo a raridade na língua, a estranheza. Em relação a isso, fico feliz em dizer que fomos exitosos, afinal, todos os autores brincam com a nossa língua e invocam seus mundos de forma original, não reproduzindo o que já sabemos, mas nos apresentando novas maneiras de ver o que nos rodeia diariamente”. A temática é um outro exemplo desse olhar multifário presente no livro. O organizador conta que os contos excursionam por assuntos diversos, abrangendo desde os horrores da ditadura militar a relatos absurdos, cômicos e inusitados. Uma diversidade fiel à riqueza da nova literatura brasileira, que se compara ao que hoje é produzido na Argentina, demonstrando que, ao contrário do que vende o mercado do livro no Brasil, temos muito mais em comum com nossos países vizinhos do que com os EUA e a Europa. “A ideia é provocar e tentar refletir sobre essa raridade da nossa língua dentro do nosso próprio mundo latino. Por mais que alguns queiram, saibam que o Brasil não é uma extensão dos EUA. Somos mais gracias do que thank you”, afirma Ribeiro. Antologia Língua Rara (Editora Outsider) Organização: Bruno Ribeiro Para baixar gratuitamente, o leitor pode clicar aqui.   Leia um trecho do conto "Em verdade, em verdade vos digo", de Adriana Brunstein: "Em 1995 eu queria ser a Diane Keaton, mas me casei com um idiota. Minha carta na manga no quesito sedução era: eu choro com notícias tristes na voz do Sérgio Chapelin. Mas o fantástico show da minha vida não acaba por aí. Transar com aquele cara era como passar Grecin no cabelo. Eu passei a denominar a coisa toda de operação pente fino. Eu juro que na hora que ele me olhava e eu sentia a intenção toda eu imaginava o Cid Moreira falando: começa agora a operação pente fino. Ou ainda pior, do naipe da velha zebra da loteria esportiva rindo da minha cara. Mas a gente tem que passar pela merda dos 20 e poucos anos e meter uma aliança no dedo. A gente tem que dizer que soltamos fogos de artifício quando abrimos a porta para a primeira pizza que não foi encomendada pelos nossos pais. A ousadia tinha gosto de cheddar e a porra de um bar de mogno na sala. Mas não tinha a dignidade de uma boa dose de scotch. Era frisante, prosecca, decorada com aqueles malditos guarda-chuvinhas de papel crepom. Mas bem, eu precisava daquilo. Eu ia morar no bairro-sonho-de-consumo de toda minha infame existência até aquele momento. Higienópolis. Eu ia ter farmácias, lojinhas tipo boutique, supermercados chiques pra caramba, com tudo encaixotado e pronto pra consumo. E ia ter um maridinho chegando à noite com uma maleta daquelas com senha. Ah, Sean Connery, se ele tivesse ao menos aquele seu charme 007".

Goiânia, uma cidade pulsante e que precisa ser melhor observada

Iniciativas da população, como o projeto Deriva do Bem, mostram que existe amor por Goiânia e que as pessoas querem se relacionar melhor com o local onde moram

Aos 70 anos, morre o cantor Belchior

Cantor e compositor cearense morreu em casa na madrugada deste domingo Morreu na madrugada deste domingo, 30 de abril, o cantor e compositor Belchior. A causa da morte ainda é desconhecida. O corpo deve ser levado de Santa Cruz do Sul (RS), onde o cantor morava, para Sobral, no Ceará, cidade natal de Belchior, onde ocorrerá o sepultamento. Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, nome verdadeiro do cantor, se firmou, na década de 1970, como um dos primeiros cantores de MPB do Brasil, tendo lançado mais de 20 discos durante a carreira. O governo do Ceará decretou luto oficial de três dias. O governador, Camilo Santana, divulgou nota em homenagem ao autor de "Apenas um Rapaz Latino-Americano": "Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no país. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior", lamentou.

“13 Reasons Why” e a incapacidade de um adulto em entender o sofrimento de um adolescente

Psicanalista diz que tentativas de suicídio entre adolescentes não são algo novo, mas que chamam a atenção apenas agora devido às redes sociais

Lei da terceirização não permite que empresas contratem empregados como pessoas jurídicas

Advogados trabalhistas alertam empresários para que fiquem atentos às regras, pois nova lei não legalizou a contratação de profissionais com vínculo empregatício sem carteira assinada

UOL diz que número de desempregados no Brasil é superior ao de habitantes da Terra

Erro cometido no dia 31 de março ainda não foi percebido pelos editores ou foi solenemente ignorado No sábado, 31 de março, o UOL Notícias inovou ao informar que o "desemprego atinge 13,5 bilhões de pessoas" no Brasil. A inovação não está em alguma técnica jornalística, mas no fato de dizer que o número de pessoas sem emprego no Brasil é duas vezes maior que a população do planeta Terra, que tem aproximadamente 7 bilhões de humanos. Trata-se de um erro de digitação. O repórter quis informar, na verdade, que são 13,5 milhões de desempregados no Brasil. Um número alto, sem dúvida, mas que não se compara ao informado no título da notícia. O erro é grave, mas não tão grave quanto o fato de que a notícia, publicada no dia 31 de março, ainda não foi corrigido. Já se passaram quase duas semanas desde a publicação (que também foi replicada no Bol Notícias). Ou os editores não perceberam o equívoco ou a falha foi solenemente ignorada.

A crise do jornalismo na era da pós-verdade

Qual o papel do jornalista em um momento histórico em que todos são mídia? Se notícias superficiais, ou mesmo falsas, tomam conta das redes sociais, é hora de a profissão se reencontrar

Não adianta esperar por uma reforma política “profunda”. Entenda por quê

Há uma infinidade de propostas de reforma e muitas delas não atendem aos interesses da classe política em geral, logo, as discussões em torno do assunto nunca terminam

As 10 melhores histórias de obsessão da literatura (de acordo com uma escritora estadunidense)

Brás Cubas já alertava sobre ideias fixas, "Deus te livre, leitor, de uma idéa fixa; antes um argueiro, antes uma trave no olho", mas a verdade é que sem uma ideia fixa sequer o próprio Brás Cubas, personagem dos mais importantes para a literatura brasileira, existiria. A literatura talvez existisse, mas seria ela privada de grandes obras, histórias cujas ideias fixas dos protagonistas são o centro dos enredos e, em alguns casos, também as peripécias, os twists, as reviravoltas. Talvez por isso uma lista que reúne as dez melhores ideias fixas da literatura seja necessária, afinal, quem não tem uma obsessão ou outra, uma daquelas ideias que, de súbito, dá um salto, estende braços e pernas, até tomar a forma de um X e diz: decifra-me ou devoro-te? Não foi uma ideia do tipo que nos levou ao desenrolar da história de Raskolnikóv? ou de Dante? ou mesmo de Fausto?, para o bem ou para o mal? Mas, vá lá, uma ideia fixa não é exatamente uma obsessão. Esta é mais poderosa, é um querer levado a níveis nunca sentidos. É provável que a jovem escritora estadunidense Sara Flannery Murphy não tenha pensado em ideias fixas, quando fez a lista publicada no britânico The Guardian. Trata-se de uma boa seleção, mas que, como todas as listas, deixa muitos títulos interessantes de fora. Veja: Moby Dick, de Herman Melville Ninguém personifica melhor a obsessão do que Capitão Ahab. Enquanto persegue o cachalote branco que lhe arrancou a perna, ele queima na busca por vingança. É a obsessão em estado mais puro, que leva ao sofrimento não apenas o próprio Ahab, mas toda sua tripulação. O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë Quando se trata de relacionamento, nenhuma obsessão é maior que a de Heathcliff por Catherine. Não é ele quem pede ao coveiro que retire uma parte lateral do caixão de Catherine para que ele, quando morrer, seja enterrado a seu lado também sem uma parte do caixão para que seus corpos estejam próximos? Lolita, Vladimir Nabokov “Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato para encostar, ao três, nos dentes. Lo. Li. Ta.” Precisamos ir além do primeiro parágrafo para demonstrar o argumento? Acho que não. Louca obsessão, Stephen King A tradução de "Misery" (título original) já deixa à mostra do que se trata o livro. A história de King mostra como Annie Wilkes, uma leitora obcecada por uma personagem, aprisiona e tortura o autor do livro para que ele crie um final melhor para seu livro. Anotações sobre um Escândalo, Zoë Heller O centro da história parece ser o caso proibido entre Sheba, uma professora na casa dos 40, e um aluno de 15 anos, mas trata, na verdade, da obsessão de outra professora, Barbara, por Sheba. É por meio dessa relação que a autora habilmente consegue mostrar como uma amizade próxima pode deslizar da co-dependência para algo tóxico e torcido. Estranha presença, Sarah Waters A história narra a obsessão de Faraday, o filho de uma empregada que se torna médico, pelos Ayres, uma família que antes era rica e que entra em decadência. Faraday se torna médico da família, depois conselheiro, e, "à medida que o romance avança", diz Sara Flannery Murphy, "é difícil dizer se Faraday está à procura de escalada social ou em busca de vingança". Possessão, A.S. Byatt Roland Michell, um estudioso, é obcecado pelo poeta há muito morto Randolph Henry Ash e descobre um documento que sugere o caso de amor ilícito entre o poeta e uma mulher. Fascinado, ele tem que descobrir a história completa. A história retrata a obsessão em diferentes níveis: romântico e intelectual, passado e presente. A vegetariana, Han Kang O livro, que é composto por três novelas, conta a história de uma coreana que decide não comer mais carne e, por isso, precisa enfrentar a reação da sociedade a qual pertence. É uma história inquietante, que explora a obsessão como um desejo onírico, primordial, e que pode desfazer famílias inteiras. Wilful Disregard, Lena Andersson O livro da autora sueca ainda não foi traduzido para o português. A história trata de Ester, uma intelectual que é obcecada por um artista. Sara Flannery Murphy diz: "Eu li Wilful Disregard cheia de embaraço e admiração pela prosa nítida de Andersson. Ester é elouquecedora, adorável... e reconhecível para qualquer um que já teve um dia arruinado por uma mensagem de texto sem resposta". You, Caroline Kepnes Também sem tradução em português (mas com previsão de lançamento no Brasil pela Rocco), o livro narra a obsessão de Joe por Beck. Trata-se de um stalker, um perseguidor da era digital.

Operação Carne Fraca gera prejuízos, mas não barra recuperação econômica

O alarde é grande e o recuo do setor agropecuário no curto prazo é certo. Porém, economistas e gestores acreditam que se trata de uma turbulência passageira que não trará consequências graves para o futuro

Governo lança missão internacional para defender carne goiana

Decisão foi tomada nesta quinta-feira, 23. Ainda não há um cronograma, mas a agenda de visitas começa na próxima semana, provavelmente pela União Europeia

Médico goiano lança livro vencedor do Prêmio de Literatura Moacyr Scliar

O médico Heitor Rosa lança novo livro no dia 31 de março, na sede do Cremego, na RuaT-27,n. 148, Setor Bueno. O livro: "A história de André da Conceição: o misterioso pintor de São Francisco de Paula". O livro, que já ganhou o Prêmio de Literatura Moacyr Scliar, é o sexto do professor aposentado e ex-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG). Serviço: Lançamento: "A história de André da Conceição: o misterioso pintor de São Francisco de Paula", de Heitor Rosa Data: 31 de março de 2017 Horário: 20 h Local: Cremego, Rua T-27, n. 148, Setor Bueno, Goiânia.

Obesidade é o grande mal da modernidade e ser uma das causas do câncer só torna isso mais claro

Estudos mostram como pessoas acima do peso têm maior propensão de desenvolver certos tipos de câncer, o que agrava ainda mais o quadro dos mais de 600 milhões de obesos do mundo

Conselho de Arquitetura e Urbanismo dispõe de R$ 60 mil para patrocinar projetos diversos

Terminam nesta sexta-feira, 17, as inscrições para o edital de patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO). O edital foi aberto no dia 1º de fevereiro. Os interessados devem providenciar toda a documentação e ingressar com a solicitação na sede do Conselho, na Vila Maria José, em Goiânia. Feiras, palestras, cursos, exposições, publicações e produções audiovisuais, entre outros projetos, se enquadram na chamada pública. As propostas podem ser de âmbito municipal, estadual, regional, nacional ou mesmo internacional, desde que sejam executadas em território goiano. A verba disponível para o edital é de R$ 60 mil, valor que será dividido em cotas menores a serem distribuídas entre as propostas aprovadas. Serviço Chamada pública de patrocínio Inscrição e recebimento dos projetos e documentos de habilitação: de 1° de fevereiro a 17 de março Local: Sede do CAU/GO (pessoalmente ou por correio) Endereço: Av. Eng. Eurico Viana, 25, ed. Concept Office, 3° andar, Vila Maria José, 74.815-465, Goiânia – GO Divulgação dos projetos habilitados: 31 de março Prazo final para assinatura do convênio: 6 de abril