Por Frederico Jotabê

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Prefeitos pedem que Vanderlan interceda junto a Caiado sobre definição de traçado de anel viário

Em encontro na manhã desta segunda-feira (30), chefes dos Executivos de Goiânia, Aparecida, Senador Canedo e Goianira defenderam projeto apresentada ao ministro da Infraestrutura, que tem com traçado menor do que o da Goinfra

[caption id="attachment_349374" align="alignnone" width="611"] Encontro reunião prefeitos da região metropolitana e presidente de entidades classistas, além do senador do PSD[/caption]

Ficou nas mãos do senador Vanderlan Cardoso (PSD) um pedido de prefeitos da região metropolitana de Goiânia para mediar junto ao governador Ronaldo Caiado (DEM) para que desista do projeto apresentado pela Goinfra para o anel viário de Goiânia.

Os chefes dos Executivos defendem o projeto que foi apresentado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Tal proposta tem um traçado menor, com isso, os prefeitos acreditam que as obras começariam mais rápidas. Previsão, 2022.

O apelo dos prefeitos ocorre no momento que Vanderlan, assim como outras lideranças políticas aliadas do governador, não teria ficado satisfeito com o convite do demista ao MDB para ingressar em uma aliança para 2022, com a emedebista Daniel Vilela na vice.

Além do senador do PSD, participaram do encontro os prefeitos de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD), e Goianira, Carlão da Fox (DEM), que é presidente da AGM.

O pedido foi feito manhã de hoje (30) durante reunião promovida pelo Sindicato das Imobiliárias e Condomínios do Estado de Goiás (SecoviGoiás), Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (ACIAG) e Associação Goiana de Municípios (AGM).

Áudio: Vanderlan diz que é “um pouco cedo” definição do vice de Caiado

Em agenda administrativa em Anápolis, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) disse que é “um pouco cedo” a definição de um nome para a vice do governador Ronaldo Caiado (DEM) na disputa à reeleição em 2022.

“Cada um tem a sua estratégia. O governador, com certeza, está tendo a dele. Eu, particularmente, acho que é um pouco cedo (definir o vice)”, disse o senador, que foi recebido pelo prefeito Roberto Naves (Progressistas) e demais lideranças da cidade.

Vanderlan e Roberto estão entre os aliados de Caiado que não teriam ficados satisfeitos com o convite feito pelo governador ao MDB, de Daniel Vilela, para aliança com o DEM. O nome do emedebista passou a ser cotado para a vice do demista.

Durante a coletiva, na sede do Legislativo de Anápolis, o prefeito evitou comentar sobre o provável casamento entre DEM e MDB.

(Ouça abaixo trecho da coletiva de Vanderlan)

https://soundcloud.com/jornal-op-o-1/vanderlan-em-anapolis

Delegado Waldir se reúne com ministro do Meio Ambiente para discutir redução do Parque da Chapada dos Veadeiros

O deputado Delegado Walidr (PSL) deve se reunir na próxima semana com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, para discutir a redução de 175 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Waldir é autor do projeto que diminui a área do parque de 240 mil para 65 mil hectares. Ele tem justificado que o aumento do parque, por meio do Decreto 14.471 de 5 de junho de 2017, prejudicou agricultores da região.

“O projeto está caminhando. Estamos discutindo com várias pessoas e no dia 31 teremos uma audiência com o ministro”, diz o deputado.

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A área do parque foi ampliada em 2017, no dia Mundial do Meio Ambiente, pelo então presidente Michel Temer. O parque passou a ter área total de 240 mil hectares, que pegou as cidades de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Nova Roma Teresina de Goiás e São João da Aliança.

Aliança com o DEM: diretórios do MDB do norte goiano divulgam nota em apoio a Daniel Vilela

O cabo de guerra dentro do MDB entre Daniel Vilela, presidente estadual, e Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida, continua. Na tarde desta quarta-feira (25), os diretórios e as comissões provisórias do partido na região norte de Goiás divulgaram nota na qual hipotecam apoio a qualquer decisão que Daniel venha a tomar sobre as alianças partidárias para 2022.

“Seguiremos em harmonia e sintonia com o partido seja qual decisão for a ser tomada acerca das alianças partidárias para o pleito de 2022, não havendo da nossa parte qualquer restrição, vez que acima de interesses pessoais estão o conteúdo programático do partido e a execução das nossas propostas de gestão em busca de uma vida melhor para a nossa população”, subscrevem a nota 15 membros de diretórios da região. (Leia a nota ao final da matéria)

Ontem, em reunião com a bancada de vereadores de Goiânia, Daniel recebeu sinalização favorável de todos os membros para a aliança com o governador Ronaldo Caiado. O demista se reuniu na sexta-feira (20) com cúpula estadual do MDB para convidar a legenda embarcar numa aliança com o DEM.  

Na outra ponta, Mendanha tem se movimentado para evitar que o MDB se alie a Caiado. O prefeito de Aparecida, que tem defendido que todos os membros do partido sejam consultados sobre a aliança, participou de almoço com o ex-presidente da República, Michel Temer, e o presidente nacional do partido, Baleia Rossi. O encontro foi patrocinado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, desafeto de Ronaldo Caiado.

 

 

 

 

Decisão do MDB sobre aliança com Caiado deve sair nos próximos dias

Previsão, segundo iristas, é que isso ocorra até o meio da próxima semana ou mais tardar início da outra

[caption id="attachment_347546" align="alignnone" width="684"] Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Haroldo Naves conversam na sede do diretório do MDB na última sexta-feira (20)[/caption]

A decisão do MDB de ingressar em uma aliança com o DEM nas eleições de 2022 deve ocorrer nos próximos dias. A previsão, segundo iristas, é que isso ocorra até o meio da próxima semana ou mais tardar início da outra.

A antecipação do noivado vai depender da temperatura das reações ao convite do governador Ronaldo Caiado, feito na última sexta-feira (20), durante reunião com a cúpula do partido, para que os emedebistas estejam ao lado do Democratas na corrida ao governo.

As reações contrárias à aliança já começaram. O secretário geral do MDB de Goiás, o deputado Paulo César Martins, marcou reunião para a próxima segunda-feira (23) para discutir com correligionários o "lançamento de candidatura própria em 2022 e o futuro do partido".

O encontro ocorrerá em Aparecida de Goiânia, do prefeito Gustavo Mendanha. PC Martins e Mendanha estão entre as lideranças que lutam dentro do MDB para o lançamento de candidatura própria.

O prefeito de Aparecida tem trabalhado para fortalecer seu nome na disputa ao governo, assumindo a oposição ao governador Caiado. Mendanha já sinalizou que pode deixar o partido caso a definição sobre 2022 não ocorra de forma democrática, sem ouvir todos os membros do MDB.

“O que sempre tem que prevalecer é a vontade da maioria”, diz Daniel ao ser questionado sobre Mendanha

[caption id="attachment_347554" align="alignnone" width="623"] Caiado e Daniel conversam no porta do diretório do MDB. Ao fundo Pedro Chaves, suplente do senador Vanderlan Cardoso (PSD)[/caption]

Cotado para a vice de Caiado em 2022, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, disse que a “vontade da maioria” deve prevalecer na definição do partido sobre uma aliança com o DEM. O emedebista comandou a reunião, no final da tarde desta sexta-feira (20), da cúpula do partido com o Ronaldo Caiado, que convidou a legenda para estar ao seu lado na disputa do próximo ano.

“Todos nós esperamos que aqueles que, por ventura, estejam representando esse sentimento da maioria do partido é que sigam dentro da lealdade do partido, dos princípios do partido. Eu não tenho a menor dúvida de que todos os grandes líderes do partido entendam dessa forma”, disse Daniel ao comentar sobre como ficará a relação o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha.

Ouça abaixo trecho da entrevista coletiva de Daniel Vilela

https://soundcloud.com/jornal-op-o-1/daniel-fala-sobre-como-fica-a-relacao-com-mendanha-apos-convite-de-caiado

 

Proposta de Caiado ao MDB é um convite para a saída de Mendanha

Prefeito de Aparecida, cada vez mais isolado no partido, protagonizou esta semana mais batalha contra o governador ao criticar o governo, em suas redes sociais, pelo preço da gasolina em Goiânia ser o mais alto do Brasil

[caption id="attachment_330300" align="alignnone" width="622"] Daniel Vilela e Gustavo Mendanha[/caption]

Ronaldo Caiado desembarcou na tarde desta sexta-feira (20) na sede do diretório do MDB com um convite que deve se desdobrar em outro. O governador convida a legenda a ingressar na chapa majoritária, que deve ser encabeçada por ele, nas eleições de 2022. E a proposta é mais um passo para empurrar o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, para fora do partido.  

Mendanha protagonizou esta semana mais batalha contra Caiado ao criticar o governo, em suas redes sociais, pelo preço da gasolina em Goiânia ser o mais alto do Brasil.

A reação governista foi imediata ao regimentar prefeitos, por meio da AGM e FGM, e buscar uma saída para reduzir a alíquota do ICMS dos combustíveis. Tal movimentação serviu para que novamente Mendanha ironizasse o governo nas redes sociais

A reunião de hoje é mais uma peça mexida no xadrez para isolar Mendanha no MDB. Atualmente, apenas ele – entre os prefeitos do partido – é contra a uma aliança com Caiado. A aproximação tem como padrinho o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende; e a defesa da maioria dos estaduais da sigla.

Soma-se a esse quadro, a defesa dentro da legenda para que Daniel Vilela, presidente do partido, seja o candidato à vice na chapa caiadista. Daniel vai abrir as portas do MDB para discutir o convite, de aliança com o DEM, junto aos correligionários em todo o estado. Já o convite de saída de Gustavo Mendanha é consequência, está nas entrelinhas da agenda de hoje.

52% avaliam que é “ruim para o Brasil” a participação de militares no governo

Em abril, 45% dos entrevistados fizeram o mesmo apontamento em relação a presença de milicos no governo

[caption id="attachment_347422" align="alignnone" width="628"] Foto - Marcos Corrêa/PR[/caption]

Assim como Jair Bolsonaro, a avaliação dos militares no governo segue a piorar. Pesquisa do PoderData, divulgada na manhã desta sexta-feira (20) pelo site Poder 360, aponta que mais da metade dos brasileiros aponta que é ruim para o Brasil a participação de integrantes das Forças Armadas no governo federal.

O levantamento revela que 52% avaliam como negativa a presença dos militares. Em abril, 45% dos entrevistados fizeram o mesmo apontamento em relação a presença de milicos no governo. Ou seja, de lá para cá a pesquisa registrou um crescimento de 7 pontos percentuais

O índice que avalia como positiva a participação dos militares registrou uma queda. Recuou três pontos percentuais, de 35% para 32%. Para 12%, a presença dos milicos não afeta o Brasil e 4% não souberam opinar.

A pesquisa foi a campo de 16 a 18 de agosto de 2021 e realizou 2.500 entrevistas em 433 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

 

AGM e FGM devem se posicionar nesta sexta-feira sobre redução do ICMS da gasolina

Prefeitos estão divididos, defendem algum tipo de compensação com a perda de arrecadação e estão pressionados para dar uma resposta política para o assunto

Membros da Associação Goiana dos Municípios (AGM) e da Federação Goiana dos Municípios (FGM) devem se reunir no final da manhã desta sexta-feira (20) com o governador Ronaldo Caiado para definir como se posicionaram sobre a redução do ICMS dos combustíveis.

Os prefeitos estão divididos entre reajustar para menos a alíquota do imposto. Se houver redução, os chefes dos executivos municipais querem algum tipo de compensação, já que as prefeituras tendem a perder arrecadação.

“Um exemplo é Senador Canedo (cidade onde concentra distribuidoras de combustíveis), que vai sofrer com esse reajuste”, diz um associado de uma das entidades representativa dos prefeitos.

No entanto, existe a questão política, na avaliação do prefeito. “Se não reduzirmos, esse assunto continuará se estendo na próxima semana e sobrará para os prefeitos que decidiram contra a redução”, diz.

Há outro temor entre os prefeitos: a redução não ser chegar às bombas. “A Petrobras pode anunciar um novo aumento e a redução do ICMS ser anulada”, justifica.

Faz sentido. Até agosto a estatal brasileira reajustou o preço dos combustíveis nove vezes, com aumento acumulado de 51%. E a tendência é para  novos aumentos, principalmente com o aumento do dólar nos últimos dias.

STF é denunciado em corte internacional que defende direitos humanos

[caption id="attachment_347313" align="alignnone" width="605"] Supremo Tribunal Federal - Foto Marcelo Casal Jr/Agência Brasil[/caption]

O diretório do PTB de São Paulo inovou. Decidiu denunciar a principal corte da Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal, na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O motivo: a prisão do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, aquele que gravou vídeos para as redes sociais com armas em punho e que chegou chamar o embaixador da China no Brasil de “macaco”.

“Estão tentando calar a boca de quem tem pareceres contrários. Isso é censura: é cercear a liberdade. Não permitiremos isso. Estamos aqui hoje não só pelo Roberto Jefferson, mas também por todos os brasileiros que são contra a censura prévia”, justificou o presidente diretório paulista, Otávio Fakhoury, em matéria no site Metrópoles.

Fakhoury é um dos signatários da denúncia junto com o vice-presidente do PTB-SP, Flávio Beall. O documento foi protocolado na sede da CIDH, na Costa Rica.

“De início, cumpre consignar ser uma decisão monocrática, que não poderia ser tomada por um único juiz – era preciso ser submetida a todos os ministros da Corte. O erro já começa aí. Depois, emitir opinião não é crime”, explicou Fakhoury. Roberto Jefferson foi preso após pedido da Polícia Federal, aceito pelo ministro Alexandre de Moraes.

Roberto Jefferson é suspeito de participar de uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos.

[caption id="attachment_347299" align="alignnone" width="300"] Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB[/caption]

O presidente nacional do PTB já esteve envolvido no escândalo do mensalão, em 2005. Em novembro de 2012, no julgamento do mensalão no STF, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Hoje é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo.

Informações Metrópoles

Aécio, que questionou urna eletrônica em 2014, critica Bolsonaro por desvirtuar debate sobre voto impresso

Responsável por questionar sistema eleitoral em 2014,, quando perdeu a eleição para Dilma Roussef, deputado tucano defende que sistema busque “algum tipo de comprovação”

[caption id="attachment_107664" align="alignnone" width="624"] Aécio Neves | Foto: Marcos Oliveira[/caption]

Único deputado federal a se abster da votação, na terça-feira (10), que arquivou a PEC que pedia o retorno do voto impresso, Aécio Neves (PSDB/MG) criticou o presidente Jair Bolsonaro  desvirtuar o debate sobre o sistema eleitoral brasileiro.

"Essa discussão foi interditada e desvirtuada. Porque o presidente da República transformou isso num ativo político. Impediu que tantas pessoas de bem do Brasil pudessem discutir efetivamente”, criticou Aécio em entrevista à CNN Brasil, no final da noite de quinta-feira (12).

O candidato a presidente derrotado em 2014 não deixou de fazer críticas as atuais urnas eletrônicas. “Vamos ficar para sempre com essa urna de primeira geração ou vamos aprimorá-la? Como fez o mundo inteiro? O mundo democrático que utilizar a urna eletrônica busca um tipo de comprovação. Para que a população acredite que ela é mais confiável", disse.

Voto impresso: PSDB deve retaliar Célio Silveira

Deputado federal está entre os 14 parlamentares tucanos que desobedeceram a orientação do partido para derrubar a PEC bolsonarista

[caption id="attachment_311824" align="alignnone" width="615"] Célio Silveira, deputado federal do PSDB | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados[/caption]

O deputado federal Célio Silveira vai ganhar um empurrãozinho a mais para deixar o PSDB. O partido decidiu retaliar os parlamentares da legenda que votaram a favor da PEC do voto impresso.

Segundo matéria do jornal paulista Estado de S. Paulo, o partido dará um bônus do fundo eleitoral para os outros 17 deputados tucanos que seguiram a orientação da executiva para ajudar a derrubar a proposta de retorno do voto por cédula.

Célio Silveira está entre os nove deputados goianos que votaram a favor da matéria. O tucano e os colegas Francisco Júnior (PSD), José Mario Schreiner (DEM), Magda Moffato (PL) e Zacharias Calil (DEM) desobedeceram a orientação de suas bancadas para arquivar o voto impresso, uma das principais bandeiras bolsonaristas.  

Ex-prefeito de Luziânia, o tucano caminha para deixar o partido e disputar a reeleição à Câmara Federal por um partido da base do governador Ronaldo Caiado. Ontem (10), em Itapaci, Célio e mais dois tucanos, Talles Barreto (deputado estadual) e Mário Macaco (prefeito do município) – dividiram palanque com o demista na comemoração dos 76 anos da cidade.

Voto impresso: após derrota, Lira espera “bom senso” de Bolsonaro

[caption id="attachment_345542" align="alignnone" width="595"] Arthur Lira, presidente da Câmara, em entrevista coletiva após votação da PEC do voto impresso - Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/caption]

Apesar dos 229 votos favoráveis à PEC do voto impresso, a derrota da bandeira bolsonarista no plenário da Câmara dos Deputados, na noite de ontem (10), vai servir para que aliados moderados do presidente Bolsonaro exija dele sensatez.

Em entrevista à GloboNews após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse esperar que Bolsonaro tenha "bom senso" e respeite a decisão do parlamento.

Lira reforçou que é preciso "baixar a temperatura" e retomar a normalidade nos debates. "Nós trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas, no meu entender, passou de todos os limites. Temos que trazer para a normalidade", disse.

Nas últimas semanas, Bolsonaro e seu seguidores aumentaram a ofensiva contra o sistema eleitoral brasileiro, acusando, sem provas, que as urnas eletrônicas são suscetíveis à fraudes.

O comportamento do presidente provocou uma série de reações do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal. O TSE chegou a encaminhar queixa-crime contra Bolsonaro e o Supremo incluiu seu nome no inquérito das Fake News.   

Senado aprova projeto que revoga Lei de Segurança Nacional

Proposta também institui mudanças no Código Penal para prever os chamados crimes contra o Estado Democrático de Direito

[caption id="attachment_345485" align="alignnone" width="597"] Plenário do Senado Federal durante votação na tarde desta terça-feira, 10 - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado[/caption]

Entre tanques e ameaça de retorno do voto impresso, o Congresso Nacional deu mais um passo hoje (10) para enterrar um instrumento legal que é resquício da ditadura de 1964.

Os senadores aprovaram, em votação simbólica, no início da noite de hoje (10) o texto-base do Projeto de Lei que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN).

O projeto que extingue a atual LSN também institui mudanças no Código Penal para prever os chamados crimes contra o Estado Democrático de Direito

Entre os crimes contra Estado Democrático de Direito estão atentado à soberania, traição, espionagem e tentativa de instituição de golpe de Estado.

O projeto também dá um fim aos chamados “crimes de calúnia” contra o presidente da República.

Lideranças evangélicas pressionam deputados a aprovar PEC do voto impresso

Deputados federais têm relatado um aumento da pressão de lideranças evangélicas para que os parlamentares mudem de posição a favor da PEC do voto impresso. Nos corredores da casa, até meados da tarde de hoje, a bolsa de apostas dava menos de 200 votos para o projeto que tem como principal defensor o presidente Jair Bolsonaro.

Alguns deputados acreditam que esse número de votos favoráveis tende a aumentar, mas ainda não garante a aprovação da PEC, que precisa de 308 votos no plenário.