Por Euler de França Belém
O advogado Robledo Rezende disse ao Jornal Opção que o empresário Júnior Friboi deve permanecer no PMDB. Porque acredita que o partido, se quiser sobreviver, terá de se renovar, pondo para escanteio aquele que é o principal responsável por suas derrotas, o “cacique” Iris Rezende. Porém, se faltar espaço no PMDB, Friboi, embora não queira, vai mesmo trocar de partido. “Embora esteja mais interessado em ‘tocar’ seus negócios, é provável que Júnior se filie no PRB ou no Pros.” Ele estaria mais próximo do Pros, segundo um aliado do Entorno de Brasília, com o argumento de que o PRB tem “dono” — a Igreja Universal. O empresário quer disputar o governo de Goiás em 2018.
O deputado estadual Cláudio Meirelles (PR), considerando que a próxima vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios é de indicação da Assembleia Legislativa, aposta que será o escolhido (o apoio dos deputados estaria confirmado). O problema é que o conselheiro Virmondes Cruvinel só vai se aposentar se a vaga for reservada para Joaquim de Castro, aliado político de seu filho, Virmondinho Cruvinel. Outro problema é que o parlamentar é visto como persona non grata no TCM.
O projeto de Cláudio Meirelles é o seguinte: pretende ir para o TCM e liberar suas bases para o irmão, Fernando Meirelles, disputar mandato de deputado estadual, em 2018.
Em Guapó, município nas proximidades de Goiânia, só há dois tipos de eleitores: os que não querem votar no prefeito Luiz Juvêncio, do PMDB, e os que querem votar no ex-prefeito Colemar Cardoso, do PSDB. Quando prefeito, o diplomático Colemar Cardoso organizou a cidade e mantinha uma convivência pacífica com vereadores e com a sociedade civil. Porém, como os eleitores gostam de renovar, mesmo quando a renovação é a vanguarda do atraso, Luiz Juvêncio — apontado como “doido”, mas, na verdade, inteiramente saudável — foi eleito. Consta que, na primeira semana de sua gestão, os eleitores já estavam arrependidos. Agora, de meninos de 2 anos — os que já estão falando — a idosos de 90 anos, os lúcidos, há um clamor pela volta de Colemar. Moradores de Guapó brincam que até as pedras e os postes, quando “veem” Colemar Cardoso, gritam logo: “Volte, Colemar; não suportamos mais Luiz Juvêncio”. Políticos independentes admitem que o peemedebista não é um administrador dos piores, porém frisam que seu comportamento, apontado como “agressivo” e “sem lógica”, incomoda as pessoas, dos pobres aos ricos, dos políticos aos empresários, do professor ao médico. “Ele briga até com policial”, afirma um peemedebista.
“A fragilidade da gestão do prefeito Eronildo Valadares fortaleceu as oposições em Porangatu. O peemedebista só ganha se ocorrer um milagre e, como se sabe, milagres são quase impossíveis em política”, afirma Robledo Rezende. [relacionadas artigos="25756"] A tucana Gláucia Melo, mulher do deputado estadual Júlio da Retífica, é a favorita na disputa pela Prefeitura de Porangatu. Pesquisas, até extemporâneas, a apresentam em primeiro lugar, com Eronildo Valadares bem atrás. O problema de Eronildo Valadares não é apenas de gestão. Ele também tem demonstrado incapacidade de agregar sua base política. Muitos aliados se afastaram, alegando que o prefeito não é cooperativo. Mas pelo menos um aliado do peemedebista diz que ele, por ser correto com a coisa pública, tem enfrentado problemas com aqueles que o apoiaram e agora querem ser beneficiados.
Na semana passada, um repórter do Jornal Opção perguntou para um peemedebista: “O político Sandro Mabel quer o quê?” O mabelista ironizou: “Político?” E acrescentou: “Ele quer Aspen, Nova York, Miami, Milão, Paris”. E as prefeituras de Goiânia e de Aparecida de Goiânia? “Mabel gosta de política, mas não parece muito animado com eleições, nem planeja gastar parte de sua fortuna em campanhas eleitorais. Ele é o sujeito mais pragmático que jamais conheci.”
O prefeito Maguito Vilela (PMDB) confidenciou a dois interlocutores que vai apoiar seu secretário de Governo, Euler Morais, para sucedê-lo, em 2016. Eles são carne e unha e se entendem por música. Porém, Maguito Vilela acrescentou que, no momento, seu foco é todo voltado para a gestão, e não para sua sucessão. Embora tenha animado Euler Morais a se posicionar desde já, para se tornar mais conhecido, o peemedebista-chefe planeja discutir política-eleitoral, pelo menos de maneira mais incisiva, apenas em 2016.
A situação do PMDB de Aparecida de Goiânia é complicada. Maguito Vilela é unanimidade, mas Euler Morais e o vereador Gustavo Mendanha não são. Não há, no município, um “novo Maguito”. “Lançar um nome melhor do que Maguito Vilela será difícil. Mas é preciso incentivar alguém, e o mais cedo possível, que se aproxime do prefeito. Até o momento, o melhor nome é o de Euler Morais”, aposta um peemedebista.
O vice-governador José Eliton e o secretário de Governo, Henrique Tibúrcio, estão muito afinados. O que os une? O futuro (político) e o fato de que são advogados. Henrique Tibúrcio pode ser vice de José Eliton em 2018? É provável, mas o próprio secretário de Governo desautoriza as especulações, sugerindo que ainda está muito cedo.
O governo de Marconi Perillo vai construir um moderno centro de convenções em Aparecida de Goiânia. O prefeito Maguito Vilela vai desapropriar uma área, nas proximidades da BR-153, da Mabel e do anel viário.
Em Aparecida de Goiânia, todos, tanto situação quanto oposição, temem o delegado Waldir Soares, do PSDB. A oposição ao prefeito Maguito Vilela teme que, por não ter conexões na cidade, se for eleito prefeito, Waldir Soares governe com uma turma de fora. A situação avalia que, por ser popular, o delegado será muito difícil de ser derrotado.
O advogado Reginaldo Martins — que, de tão sem arestas, é até chamado por alguns aliados o governador Marconi Perillo de “deputado” — é o chefe de gabinete de Henrique Tibúrcio na Secretaria de Governo. A jornalista Thaís Couto — filha do ex-zagueiro do Goiás Alexandre — comanda a comunicação da secretaria gerida por Tibúrcio.
Se o PT lançar candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, há alguma possibilidade de o PSDB bancar o vice do candidato do PMDB? “É possível, mas muito difícil”, sugere um peemedebista-maguitista. “Maguito e o governador Marconi Perillo se dão muito bem”, acrescenta.
A Primetek, gigante goiana da área de informática, comprou a CTIS e tende a se tornar a rainha de Brasília. A presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, assinala: “Rodrigo Jesuíno, da Primetek, é um empresário arrojado e está de olho no Distrito Federal. Brasília é a corte brasileira e um mercado poderoso. Os grupos Saga, Fujioka e Novo Mundo entraram na capital federal com sucesso”.
Apesar do desgaste do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) permanece como favorito para a disputa da prefeitura, em 2016. Por três motivos. Primeiro, tem recursos financeiros suficientes para bancar uma campanha dispendiosa. Segundo, terá o apoio do prefeito Juraci Martins, que, apesar do desgaste, controla uma máquina financeira poderosa. Terceiro: o jovem deputado tem capacidade de articulação e mobilização, o que comprova sua reeleição.
O diretório municipal do PT de Aparecida rejeita a candidatura do vice-prefeito Ozair José para prefeito, em 2016. O vereador Helvecino Moura afirma que, se Ozair José — chamado de Patinho Feio ou “corpo estranho” no PT de Aparecida — tentar ser candidato, vai apresentar seu nome para a disputa ou então vai bancar seu genro, Adriano Montovani. Há algum tempo, por não aceitar a aliança do PT com o prefeito Maguito Vilela (PMDB), Helvecino Moura foi suspenso pela cúpula do PT. Rubens Otoni fez um acordo e impedia a expulsão do vereador. Porém, como levou Ozair José para o PT, é possível que o deputado federal desta vez aceite e até patrocine o afastamento de Helvecino Moura.