Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_43474" align="alignleft" width="250"] Um livro devastador e imprescindível sobre o que nós, homens, estamos fazendo com as demais espécies | Divulgação[/caption]
Em nome do progresso e, às vezes, por puro prazer, os homens arrancam árvores — sem se importar com as vidas de outras espécies — e matam variadas espécies. Recentemente, o dentista americano Walter James Palmer exibiu-se na internet ao lado de um leão, Cecil, que havia matado, no Zimbábue. Porém o que parece um caso isolado, produto de exibicionismo proporcionado pela força do dólar, não o é. Elizabeth Kolbert, especialista em jornalismo científico, escreveu um livro imprescindível, “A Sexta Extinção — Uma História Não Natural” (Intrínseca, 336 páginas, tradução de Mauro Pinheiro). Ganhou o respeitado prêmio Pulitzer.
Depois de cinco extinções, como a dos dinossauros, a mais divulgada pela mídia, enfrenta-se agora o que os cientistas chamam de “a sexta extinção”.
Elizaberth Kolbert, que colheu depoimentos de cientistas e leu dezenas de livros e pesquisas, conclui que será (está sendo) a mais devastadora de todas. Se os dinossauros foram dizimados por um asteroide, nós, homens, seremos os responsáveis pelo próximo apocalipse. A população humana cresce, exige que árvores sejam cortadas — para melhorar a mobilidade urbana e quase todos aparecem alegremente aplaudindo, ignorando que a Terra não pertence apenas aos seres humanos — e que mais animais sejam extintos. Uma onça apareceu recentemene em chácaras localizadas entre Senador Canedo e Bela Vista de Goiás e teria atacado um potro e uma cachorra. Logo será morta por um chacareiro. O que está acontecendo? Os homens estão ocupando mais espaço e destruindo o habitat tanto da onça quanto dos animais que ela preda. Os campos cada vez mais estão se tornando cidades.
Ao examinar 12 espécies, entre desaparecidas e em processo de extinção, Elizabeth Kolbert conclui que, apesar da insensibilidade geral — o progresso não pode ser contido e é preciso alimentar os homens —, centenas de animais foram extintos e estão em fase de extinção. Enquanto abrimos mais espaço para nós, para viver e comer, destruímos outros animais. A pesquisadora aposta que, se não houver uma ruptura — e dificilmente haverá —, a sexta extinção será “o legado final da humanidade”. Ser humano é pensar exclusivamente nos seres humanos? No livro “Cachorros de Palha”, o filósofo britânico John Gray discute a questão de maneira crítica, localizando a ideia que transformou o homem em Deus.
A “Veja” divulgou no seu portal o resultado de um estudo divulgado pela revista “Science” na sexta-feira, 21. “Os humanos são uma espécie única de ‘super-predadores’, com uma eficiência que ultrapassa todas as regras do mundo animal. Matamos outros bichos em uma taxa até 14 vezes superior a outras espécies caçadoras.”
Os pesquisadores estudaram 2.215 carnívoros marinhos e terrestres. “Descobriram que os homens caçam populações adultas que estão no topo da cadeia alimentar, como ursos ou leões, em uma taxa nove vezes maior do que fazem esse animais. Entre as espécies marinhas, a taxa é 14 vezes maior”, registra a “Veja”. A pesquisa sugere que “o mais impressionante no comportamento humano é que costumamos matar animais adultos, diferente do que acontece em todo o reino animal, que prefere presas jovens (e mais fáceis de abater). Os peixes consomem apenas 1% de bichos adultos. Os homens são capazes de fazer isso porque desenvolveram técnicas sofisticadas de caça, que promovem ganho máximo e custos mínimos”.
Os ataques intensos, sem escapatória — as armas são cada vez mais precisas —, geram “taxas de extinção elevadas”, pois eliminam “bichos que estão no auge da época reprodutiva. Esse modo de caçar contribui para desequilíbrios ambientais e distúrbios na evolução de algumas espécies, como o incentivo a seu tamanho reduzido, o que é verificado em alguns peixes”.
Os cientistas sugerem que o homem se tornou um “insustentável super-predador”. “Em vez de garantir a sobrevivência das espécies que caça, ele acaba com as presas e, em consequência, com a própria alimentação.” Há uma saída? “Entre as alternativas para que” a humanidade “seja um predador ecologicamente mais eficiente, os autores” da pesquisa “sugerem que os homens observem os caçadores naturais e imitem sua maneira de agir”. Porém, se somos os donos da Terra, deuses que substituíram Deus, mesmo quando religiosos, por que mudaremos? Talvez para sobreviver. Poderíamos começar arrancando menos árvores nas cidades.
[caption id="attachment_43470" align="alignleft" width="250"] Os conservadores são em geral
os principais apóstolos de
uma sociedade moderna e aberta | Divulgação[/caption]
Dada a ditadura de 1964, dirigida tanto por militares quanto por civis (criaram todo o escopo institucional, fazendário e de planejamento do regime), tende-se, ao menos no Brasil, a se confundir “monstros” repressores com liberais e conservadores. Todo aquele que não é de esquerda se tornou sinônimo de reacionário e, sobretudo, contrário à melhoria das condições sociais. Noutras palavras, estamos falando de verdadeiros “monstros”. Na verdade, ao contrário do que tradicionalmente se pensa, um conservador às vezes, ou quase sempre, é mais “progressista” (termo excessivamente contaminado pela ausência de debates mais abertos) do que esquerdistas.
O filósofo britânico Roger Scruton, apreciador e comentarista dos bons vinhos, escreveu dois livros que são fundamentais para que os leitores tenham uma compreensão abrangente do que é ser conservador. Os que querem elementos — ideias — para se contrapor à esterilidade de alguns discursos da esquerda, sempre hegemônica mesmo quando está por baixo, como agora, devem consultar, apreciando a argumentação bem fundamentada e um texto delicioso e às vezes mordaz, duas obras de Roger Scruton: “Como Ser um Conservador” (Record, 294 páginas, tradução de Bruno Garschagen) e “O Que É Conservadorismo” (É Realizações, 328 páginas, tradução de Guilherme Ferreira Araújo).
Lidos os livros, o leitor, se conservador, vai perder o receio de se apresentar como “conservador”. Porque vai descobrir que os conservadores são responsáveis, em larga medida, pelo avanço da sociedade, do mundo.
A boa intenção do ministro das Comunicações só é ruim para os usuários
Políticos maldosos costumam sugerir, ao menos nos bastidores, que o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (apontado como um sujeito radical, mas sério), é um dinossauro — só não dizem se tiranossauro rex ou spinossaurus (espinossauro). As ideias do petista são sempre modernas — se estivéssemos no século 18. Não à toa há quem, dentro do próprio governo, o apresente como “a vanguarda do atraso”. Fernando Collor, quando presidente, ousou chamar os automóveis brasileiros pelo nome verdadeiro — carroças motorizadas. Suas palavras (e ações), um retrato preciso da realidade, provocou duas mudanças. Primeiro, contribuíram para abrir as portas aos veículos produzidos no Japão, França, Alemanha, Suécia e Coreia do Sul. Logo os brasileiros descobriram que, pelo menos na questão dos carros, Collor dissera a verdade. Segundo, o fim da reserva de mercado — convém lembrar que a reserva de mercado na área de informática foi um desastre — obrigou as empresas que estavam instaladas no Brasil, como Volkswagen, Ford, Chevrolet e Fiat, a transformarem suas carroças em automóveis de fato. A concorrência, que possibilita ao consumidor fazer suas escolhas, melhorou o produto dito nacional.
Inspirando-se quem sabe no Policarpo Quaresma do romance de Lima Barreto, Ricardo Berzoini agora “implicou” com a Netflix e o WhatsApp. Os brasileiros apreciam séries e filmes da Netflix e a comunicação proporcionada pelo WhatsApp. Mas o ministro, aparentemente usando a lógica, sublinha que os serviços de ambos — conhecidos como “Over the Top” — prejudicam as operadoras de telefonias instaladas no país. A lógica parece ser certeira: as empresas de telefonia, mesmo oferecendo serviços caros e de último mundo, geram empregos e, fundamental para o governo, pagam impostos.
Ricardo Berzoini propõe a regulação dos serviços de internet, sobretudo aquele que “competem com os serviços de telecomunicações regulados pela legislação brasileira”, relata a Agência Câmara Notícias. O ministro frisa que é necessário resolver o que chama de “‘assimetrias regulatórias e tributárias’ e dar ‘tratamento equânime’ aos serviços de telecomunicações e os serviços chamados Over the Top (como Skype, Netflix, YouTube e WhatsApp)”. Puro palavrório pueril.
Talvez seja o momento de a presidente Dilma Rousseff, uma mulher moderna — que, como muitos políticos, aprecia “House of Cards” —, contratar um paleontólogo para “cuidar” de Ricardo Berzoini.
[caption id="attachment_43435" align="alignleft" width="620"] Milton Schahin e Lúcio Funaro: briga nos bastidores do petrolão revela que o capitalismo brasileiro tem facetas virulentas e arcaicas | Divulgação[/caption]
Uma das reportagens mais sensacionais sobre o petrolão, “Em águas profundas”, está na revista “Piauí” de agosto. O texto de Malu Gaspar explicita o capitalismo selvagem, violento e destrutivo, que ainda impera no Brasil.
Ao contar a história da Construtora Schahin, de Carlos Eduardo Schahin, Salim Schahin e Milton Taufic Schahin, envolvida no petrolão, faz um retrato denso da barbárie dos capitalistas patropis. O banco dos Schahin teria emprestado 12 milhões de reais, por intermédio do pecuarista José Carlos Bumlai, tido como primeiro-amigo do ex-presidente Lula da Silva, para “comprar o silêncio de Ronan Maria Pinto, um empresário de ônibus de Santo André, que estaria chantageando Lula e seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho”. Tudo a ver com o assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André e petista.
As empresas da família Schahin cresceram no governo de Lula. “De 2003 a 2010, o faturamento da Schahin Holding saltou de 133 milhões de dólares para 395 milhões”, conta Malu Gaspar. A construtora entrou firme para o setor de petróleo, trabalhando para a Petrobrás.
O crème de la crème é a batalha entre o operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, tido como homem de Eduardo Cunha, e a família Schahin. Funaro, um ricaço de apenas 41 anos, promete que vai destruir os Schahin. A briga começou por causa de uma usina hidrelétrica que não deu certo. Ao se encontrar com Salim Schahin, no escritório de Naji Nahas, Lúcio Funaro bateu abaixo da linha de cintura: “Seu velho filho da puta, você acha que vai me dar um calote e continuar andando de Mercedes? Você tá pensando que tem roupa para essa festa? Eu vou tomar tudo o que você tem, velho safado!” A linguagem é típica das elites brasileiras — que, diria Raymundo Faoro, autor do inescapável livro “Os Donos do Poder”, nunca saem do poder.
Um trecho da matéria da “Piauí” tem a ver com Goiás e a CPI da Petrobrás: “No meio da sessão, o delegado Waldir, do PSDB de Goiás, deixou o plenário abanando a cabeça, contrariado: ‘Vou embora, vou fazer o quê? Papel de palhaço?” É que os membros da família Schahin, orientados por seus advogados, não respondiam nada.

[caption id="attachment_42927" align="alignleft" width="620"] Ex-presidente Lula processou "O Globo" | Foto: Roberto Stuckert / Instituto Lula[/caption]
O Judiciário é a instância civilizada para as partes discutirem seus problemas. É certo que se usa a Justiça muito mais para intimidar a imprensa do que para esclarecer fatos. Ainda assim, as pessoas que se sentem ofendidas por textos dos jornais e revistas têm o direito de recorrer à Justiça para exigir que documentos sejam apresentados para comprovar as denúncias publicadas.
Na terça-feira, 18, o ex-presidente Lula Inácio Lula da Silva processou — por “danos morais” — “O Globo”. O jornal publicou a reportagem “Dinheiro liga doleiro da Lava Jato à obra de prédio de Lula” e sustenta que o petista é dono de um apartamento tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, em São Paulo. O empreendimento é associado pelo veículo da família Marinho ao doleiro Alberto Youssef.
O Instituto Lula sublinha que o ex-presidente não tem apartamento no Edifício Solaris e que sua mulher, Marisa Letícia, tem uma cota do empreendimento. “Não foi a primeira vez que isso foi esclarecido” ao repórter, frisa o Instituto. Mas, acrescenta, “o jornal optou por dar continuidade à mentira que vem repetindo desde dezembro do ano passado. O autor da matéria insistiu na versão mentirosa, com amplo destaque tanto na versão impressa do jornal quanto na internet”.
Lula da Silva sustenta que a reportagem “teve claro caráter difamatório” e que o “mero registro burocrático do outro lado não compensa os danos morais causados pela veiculação de graves mentiras”.
A partir de agora, “O Globo” e Lula da Silva vão apresentar suas documentações. Como a Justiça é isenta, os brasileiros saberão quem está dizendo a verdade.
A esquerda petista antes acusava mais ostensivamente a revista “Veja” — que publicou a maioria das denúncias sobre o petrolão, pautando a maioria dos jornais, revistas, redes de televisão e rádios — de “atacar” Lula da Silva. Paranoia do petismo? É possível.
A reportagem “Trânsito — Interior mais violento que capital”, assinada por Gabriela Lima, de “O Popular”, parece, como diz o jargão jornalístico, “redondinha”. Só parece. Serva das fontes, sobre as quais não reflete—, a repórter tão-somente apresenta dados crus do Observatório de Mobilidade e Saúde do Estado de Goiás. “Primeiro lugar do ranking, o município de Uruaçu registrou 50,7 mortes no trânsito por 100 mil habitantes. O índice é quase o dobro da média do Estado, que é de 29,9”, registra a jornalista. Eduardo Belchior de Paula, apresentado como “analista”, ressalva sobre Uruaçu: “Lá existe uma malha viária muito intensa com grande fluxo de pessoas nas estradas”. O técnico deu o mote para o trabalho da repórter, que não quis fazê-lo. Ela sequer foi atrás dos dados sobre as mortes, para saber de onde eram as pessoas que morreram na cidade. Elas são de Uruaçu, de outras cidades, de outros Estados? A repórter deveria ter explicitado os dados exclusivos do município — sem omitir os acidentes da BR-153, é claro — para que a comparação com as outras cidades fosse precisa e justa. O “Pop” acrescenta: “O município [Uruaçu, no Norte de Goiás] é uma confluência de eixos rodoviários, como as GOs 060 e 040 e BR-153”. Como diz um professor de Uruaçu, “Gabriela Lima fugiu das aulas de Geografia e Lógica”. Leia texto enviado pelo jornalista Jota Marcelo, de Uruaçu A BR-153 corta Uruaçu. A GO-237 liga Uruaçu a Niquelândia e se estende para outras cidades do Nordeste goiano. Parte da BR-080, sentido sul, liga Uruaçu a Santa Rita do Novo Destino (zona rural/Povoado da Placa) e Barro Alto (zona urbana). Em terra uruaçuense no sentido norte, a BR-080 só existe no papel (a parte existente vinha sendo pavimentada [sentido São Miguel do Araguaia-Uruaçu, mas as obras estão paralisadas há tempos, em Mara Rosa]). Detalhe, partindo de São Miguel: a BR-080 terá encontro com a BR-153, no chamado Trevo Sul [quando o usuário parte de Porangatu, o segundo trevo dentro de Uruaçu, sentido Goiânia]); o usuário percorrerá cerca de 13 quilômetros na BR-153 e, no denominado Trevo que dá acesso à Santa Rita/Barro Alto, a BR-080 tem reinício, indo até o Trevo que dá acesso para Vila Propício/Padre Bernardo (sentido Brasília) e, daí por diante, finalizando no limite com o DF, exatamente na satélite Brazlândia. BR-060: Anápolis-Brasília. GO-040: Goiânia-Inaciolândia. Resumo: em Uruaçu, apenas BR-153, BR-080 (uma parte, só no papel) e GO-237.
Quanto mais se anuncia a morte do jornal impresso mais a circulação volta a crescer. A “Folha de S. Paulo” (jornal de maior circulação do país), “O Globo”, “Super Notícia”, “Estadão” e “Zero Hora” terminaram o primeiro semestre de 2015 com um crescimento de 4% (comparação com o mesmo período de 2014). Os dados são do Instituto de Verificação de Comunicação. O Portal dos Jornalistas informa que, “somados, os cinco jornais circularam no primeiro semestre com a média mensal de 1,429 milhão de exemplares, contra 1,375 milhão em 2014. O maior crescimento foi do ‘Zero Hora’ (14%), seguido por ‘Estadão’ (4%), ‘Folha’ (3,6%), ‘Super Notícia’ (1,9%) e ‘O Globo’ (0,8%)”. Os números são expressivos. Pesquisas têm sugerido que as pessoas que decidem ainda consultam mais jornais e revistas impressos. O curioso é que se assiste um renascimento do vinil, e no momento em que o moderno CD começa a “morrer”, e a permanência do livro, tanto que as editoras anunciam vendas extraordinárias — apesar da crise econômica — e grandes editoras internacionais chegam ao Brasil e apostando no livro impresso e não fortemente nos livros digitais (representam apenas 3% do mercado). Parece que há algo errado com julgamentos peremptórios.

Itamar Pires é um dos intelectuais e escritores mais plurais do país. É poeta com ampla compreensão da história da poesia, dialogando com a tradição sem se tornar um de seus diluidores. Escreve contos de primeira linha. Suas incursões na ficção científica são de amplo interesse. É romancista (“Lygia Entre os Dragões”). Escreve críticas literárias de qualidade. Sobretudo, sua obra surpreende, pela manutenção da qualidade em áreas tão variadas. Na terça-feira, 25, às 19 horas, na Rádio Universitária (Alameda das Rosas, nº 2200, Setor Oeste), lança dois livros: “Poemas Reunidos — 1990-2015” e a terceira edição, revista, ilustrada e ampliada de “Contos de Solibur”.
Existe uma defesa real, articulada pelos aliados. Mas fica-se com a impressão de que estão entendendo que o presidente da Câmara dos Deputados está “passando”
Setores do governo, não consultados, têm dúvida sobre a eficácia da LRF proposta. Empresários avaliam que, na questão dos incentivos fiscais, há um retrocesso

Respeitado na cidade, Luiz Alberto tanto pode ser o candidato da base governista quanto pode reunir a oposição contra a gestão desgastada de Fabiano da Saneago
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A revelação é do colunista do UOL Josias de Souza. O vice-presidente já não seria tão essencial como articulador
Josias de Souza, colunista do UOL, é um dos mais bem informados jornalistas do país. Bastidores da política é com ele mesmo. Na quinta-feira, 20, o repórter publicou que o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, planeja deixar a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, político-chave do PMDB da Bahia, disse a Josias de Souza: “O Michel vive um momento em que terá de tomar a decisão de exercer a sua função institucional de vice-presidente da República. Ele tem que entender que não cabe ao vice-presidente ficar discutindo nomeação para delegacia do INSS nos Estados. Esse modelo faliu. Ele é o vice-presidente da República. Essa é a função institucional dele. Precisa se colocar cada vez mais como o doutor Ulysses Guimarães, exercendo o papel de guia. Como dizia o doutor Ulysses, tem de guiar o PMDB rumo ao Sol, que é dia, não em direção à Lua, que é noite. Não dá para ele participar de artimanhas”.
Amigos de Michel Temer, ouvidos pelo atilado repórter, disseram que, “aos olhos da presidente” Dilma Rousseff, sua contribuição como articulador político “já não parece tão essencial”. Anota Josias de Souza: “Menciona-se como exemplo o fato de Temer não ter sido convidado para a reunião em que Dilma avaliou no Palácio da Alvorada, na noite de domingo (16), os efeitos dos mais recentes protestos de rua”.
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No Norte goiano, Ivan Vieira, diria Barack Obama, é o Cara — com C maiúsculo