Por Euler de França Belém

O deputado federal Jovair Arantes, do PTB, trabalha, em tempo integral, no e fora dos bastidores, para ser o suplente de senador do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, em 2018. O deputado estadual Henrique Arantes, filho de Jovair Arantes, deve disputar mandato de deputado federal em 2018.

Haverá uma verdadeira briga de foice no escuro pela suplência de Marconi Perillo (PSDB). Consta que o senador Wilder Morais (PP) sustenta que vai disputar a reeleição, daí sua filiação ao PP, mas que, na verdade, quer mesmo é ser suplente do tucano-chefe.

[caption id="attachment_32481" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso e Lúcia Vânia: 2016 e 2018 / Foto: Facebook[/caption]
Se Vanderlan Cardoso for eleito prefeito de Goiânia, Lúcia Vânia praticamente “ganha” a vaga para disputar mandato de senadora em 2018, ao lado de Marconi Perillo.
Se o candidato do PSB perder, a senadora fica um pouco mais fraca, mas, ainda assim, terá um partido sob seu controle, o que, se quiser, garante-lhe a possibilidade de disputar a reeleição.

Wilder Morais tem muito dinheiro — sobrando para aventuras eleitorais —, mas, em campanhas majoritárias, dinheiro não é tudo. Eleitoralmente, o senador do PP é mais pesado do que um Boeing. E vai enfrentar dois candidatos duríssimos e experimentados: Marconi Perillo, do PSDB, e a senadora Lúcia Vânia, do PSB.

O empresário Vanderlan Cardoso garante que será candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB. Mas Lúcia Vânia pode substitui-lo, sobretudo se Jayme Rincón, do PSDB, não for candidato. Acredita-se que a senadora pode aglutinar a base, o que não ocorre com o ex-prefeito de Senador Canedo.

Ao inaugurar obras no interior, na semana passada, o governador de Goiás, Marconi Perillo, arrancou elogios dos prefeitos, notadamente de oposicionistas, que o avalizaram como “republicano”. Os prefeitos lançaram, mais uma vez, Marconi Perillo para presidente da República. Vários disseram que, enquanto alguns Estados “exportam” sua crise para o país, Goiás “exporta” expansão econômica e qualidade administrativa.

Vanderlan Cardoso diz que conversou com o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, recentemente. Nada ficou decidido sobre aliança, mas representou uma abertura. O empresário Zélio Cândido, do ramo de postos de gasolina, é filiado ao PSB e é o nome preferido de Vanderlan Cardoso. Este, em conversa com o Jornal Opção, citou também o deputado estadual Sérgio Bravo (que nove entre dez políticos avaliam que não tem nenhuma experiência administrativa) como possível candidato a prefeito. “Zélio Cândido”, sublinhou Vanderlan Cardoso, “está na minha base política e Misael Oliveira está caminhando para outra seara”. O prefeito de Senador Canedo deve trocar o PDT pelo PSDB do governador Marconi Perillo. Noutras palavras, Vanderlan Cardoso está dizendo que Misael Oliveira está trocando de líder: ele, Vanderlan, pelo tucano-chefe.

[caption id="attachment_44688" align="aligncenter" width="620"] Lúcio Flávio estaria sempre " dando aula" | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Apoiadores de Lúcio Flávio Paiva, candidato a presidente da OAB-Goiás, recomendam que o jovem dê menos “aula”, ao conversar com seus pares, e seja mais direto nos assuntos. Falta-lhe espontaneidade e, diria o Italo Calvino de “Seis Propostas Para o Próximo Milênio”, leveza.
O tom professoral de Lúcio Flávio sugere que é arrogante e pedante — o que o jovem professor certamente não é. Mas a impressão que fica é que habita um pedestal e não aprecia conviver com as pessoas ditas comuns.
Advogados avaliam que, se for eleito, vai “gerir” a OAB com as portas fechadas e vai receber apenas um grupo “de amigos”. Os “amigos do Lúcio Flávio”.

[caption id="attachment_41446" align="aligncenter" width="620"] Dilma e Marconi: acima de partidos | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption]
A presidente Dilma Rousseff, do PT, tem apontado o tucano-chefe de Goiás como o gestor que trabalha muito e reclama pouco. A petista-chefe tem dito que o governador Marconi Perillo (PSDB) pensa mais no país, na estabilidade da economia, do que em questiúnculas político-partidárias.

Cristalizou-se a tese de que o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique, comporta-se como se fosse um veterano político populista, ou até um caudilho. Ele garantiu, para toda a categoria, que não seria candidato à reeleição. Mas agora sustenta que “está” candidatíssimo. Pelo menos não pode falar em renovação de métodos. Politicamente, Enil nasceu “velho”e, até, superado.
Integrantes do grupo OAB Forte dizem que Enil Henrique, ao ser escolhido para ser o presidente-tampão, garantiu, com todas as letras, que não seria candidato à reeleição. Porém, picado por carrapatos “vermelhos” e puxas-tudo, não cumpriu o acordo de cavalheiros.

Enil Henrique está ficando sozinho na OAB-Goiás. É provável que, daqui a alguns dias, comece a clamar: “Não me deixem só” ou “Que fique alguém pelo menos para me ajudar a apagar as luzes”. Um fim melancólico. Se perder a eleição, Enil Henrique, hoje adulado por um grupo de “amigos”, vai sentir o peso do esquecimento, a solidão dos que caem.

Antes de a OAB-Forte assumir o comando da OAB-Goiás, a infraestrutura para os advogados era de uma pobreza franciscana. Pós-Felicíssimo Sena, Eli Alves Forte, Miguel Cançado e Henrique Tibúrcio, o quadro mudou. A OAB goiana tem uma das maiores estruturas do país. Pode-se falar, sem medo de errar, que há um a.OF e um d.OF na Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás. Até a oposição concorda.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, está entusiasmado com o programa Inova Goiás, que, lançado na semana passada, já desperta o interesse de governadores de vários Estados e, mesmo, do governo federal.
Comandado pelo vice-governador José Eliton, secretário de Desenvolvimento, tende a contribuir para que Goiás dê, finalmente, um salto qualitativo em termos de economia-tecnologia-
O editor sênior da coluna “Giro”, de “O Popular”, Jarbas Rodrigues, “comeu” duas barrigas gigantes recentemente.
Primeiro, atendendo não se sabe qual plantação, lançou a candidatura do vice-governador de Goiás, José Eliton (PP, quase no PSDB), para prefeito de Goiânia.
Segundo, “informou” que a Polícia Militar estava fazendo pesquisa para definir novas cores de viaturas e uniforme. Pura bola fora. Como não apurou nem checou as “informações”, Jarbas Rodrigues foi desmentido no dia seguinte.

[caption id="attachment_44658" align="alignleft" width="248"] Conceição Freitas: repórter e cronista de primeira linha | Foto: Facebook[/caption]
O “Correio Braziliense” demitiu uma de suas mais qualificadas jornalistas, Conceição Freitas.
Durante anos, Conceição Freitas escreveu reportagens notáveis, deu prêmios a si e ao jornal. Depois, se tornou uma espécie de cronista de Brasília. “Uma”, não; “a” cronista da capital criada por, entre outros, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro e Juscelino Kubitschek. E recriada, com palavras, pela excelente prosadora.
Conceição Freitas parecia saber tudo sobre Brasília. Descrevia indivíduos e objetos com a mestria dos grandes cronistas, como Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. “Descrevia” talvez não seja o termo mais apropriado, pois certamente continuará noutro jornal, ou em algum portal que reconheça o seu imenso talento.
Talvez seja possível sugerir que, como cronista, Conceição Freitas se tornou uma poeta dos homens e cousas de Brasília. Nós, leitores, perdemos com sua demissão. Ao “Correio”, pelo visto, não importa, pois vai economizar alguns caraminguás. Poucos executivos entendem que alguns profissionais não têm preço.
Conceição Freitas começou sua vida profissional em Goiás.