Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_52209" align="alignright" width="620"] Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians[/caption]
O Corinthians é o campeão do Brasileirão 2015. Merecidamente. Não há dúvida de que se trata do melhor time da Série A. Mas empolga e joga um futebol ao nível de Barcelona e Real Madri? De jeito nenhum. Ganharia a Série B mas não a Série A do Campeonato Espanhol.
O Brasileirão deste ano certamente vai entrar para a história como um dos mais desmotivados da história do futebol brasileiro. A palavra que melhor o define é “mediano” — não Brasileirão, e sim Brasileirinho. Não se pode apontar um craque incontestável, daqueles que levam o torcedor aos estádios.
Num campeonato com vários times medíocres — o Cruzeiro perdeu energia, tornando-se um time comum —, o Corinthians, insista-se, merece certos louvores. Como conjunto, bem armado pelo técnico Tite, é uma força considerável. Mas não é, vale repetir, um timaço, um timão. Num universo de timinhos, é um time.
O Atlético Mineiro joga um futebol mais vistoso, mas falta-lhe a regularidade do Corinthians. Numa partida jogava muito bem, goleava o adversários, para, noutro jogo, perder jogando de maneira bisonha. O time da terra de Carlos Drummond de Andrade e Cyro dos Anjos jogou para ser vice-campeão.

Victor Civita (pai) e Roberto Civita (filho), criadores de publicações importantes como “Veja”, “Exame” e “Quatro Rodas” (editada por Mino Carta, que não sabe dirigir), adotavam a tese de que uma revista superavitária deveria servir de suporte para uma revista deficitária. As revistas em geral dão prejuízo, às vezes durante anos, até se firmarem. Criada em 1968, a “Veja” trabalhou no vermelho por muito tempo, até se consagrar como principal revista de informação do país.
Quando Victor Civita morreu, seus dois filhos, Richard e Roberto, estavam brigados. O segundo, jornalista, ficou com o negócio das revistas e manteve a tese formulada pelo pai, um judeu italiano que, inteligente e perspicaz, buscou Mino Carta no “Jornal da Tarde”, onde fazia jornalismo de primeira linha, para editar a “Quatro Rodas” e, depois, a “Veja”. Falem bem ou mal de Mino Carta, mas é um grande editor.
Com a morte recente de Roberto Civita, um de seus filhos, Giancarlo Civita, assumiu o comando da Editora Abril e, com o apoio de executivos do setor financeiro — os famosos mãos de tesoura —, está extinguindo várias revistas, como “Playboy”, “Men’s Health” e “Women’s Health”. O objetivo, afirma, é tornar o Grupo Abril mais enxuto e focado nos produtos mais lucrativos, como “Veja”, “Exame” e “Quatro Rodas”.
Giancarlo Civita, do ponto de vista exclusivo do mercado, está certo. Mas pode estar destruindo o legado do avô, Victor Civita, e do pai, Roberto Civita. Que ninguém estranhe, se amanhã, o empresário vender um de seus produtos mais importantes, como a “Veja”, para grupos internacionais.
(Na foto: Giancarlo Civita e Roberto Civita; da revista "Exame")
Alex era um craque relutante? Brilhava na maioria dos jogos, tinha uma visão integral da partida, como se fosse um observador externo, fazia belos gols e dava passes incríveis. Porém, por não ser marqueteiro de seu futebol e por não disputar espaço, não se tornou um cracaço de seleção. “Alex — A Biografia” (Planeta, 256 páginas), de Marcos Eduardo Neves, tenta explicá-lo.
Alex jogou, sempre muito bem, no Coritiba, no Palmeiras, no Cruzeiro e no Fenerbahçe, da Turquia. Era um ídolo incontestável dos torcedores de seus times, mas também era respeitado e admirado pelos torcedores dos clubes adversários. Seu futebol vistoso e produtivo, ao estilo de Leonel Messi, sempre agradou todos aqueles que iam aos estádios ou assistiam jogos pela televisão, independentemente se torciam para seu time ou não.
Quando fui ao Japão em março de 1996, encontrei-me com Zico, o estelar jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, e percebi que os japoneses falavam muito bem dele (utilizei como intérprete o brasileiro Manzo, professor de uma universidade em Tóquio). Eles sabiam que era um grande jogador e um técnico capacitado. Mas o que mais ressaltavam era o “caráter” do homem. Zico era bem-visto como cidadão.
Alex não é muito diferente de Zico. Além de jogador de primeira linha, é um cidadão exemplar, o que não quer dizer perfeito (perfeito nem Deus). Ninguém discordaria se a biografia tivesse o título de “Alex — Um Jogador, Um Homem”.
Aloy Jupiara e Chico Otávio lançam o livro-reportagem “Os Porões da Contravenção: O Jogo do Bicho e Ditadura Militar — A História da Aliança Que Profissionalizou o Crime Organizado” (Record, 266 páginas). A obra mostra as relações de Anísio Abrahão, o “Papai” da escola de samba Beija-Flor, de Castor de Andrade, financista da Mocidade Independente, e de Capitão Guimarães com a ditadura civil-militar.
O Capitão Guimarães, militar de fato, era um dos torturadores mais “eminentes” da ditadura, atuando com firmeza à luz do dia e nos porões. Os “banqueiros” do jogo do bicho cresceram à sombra dos governos ditatoriais e, como aliados, não eram incomodados.
Na sinopse distribuída pela editora, fala-se que “o regime não apenas protegeu, mas permitiu e mesmo estimulou o desenvolvimento sustentável do crime organizado no Rio de Janeiro e, logo, no Brasil”. Talvez haja algum exagero na interpretação, os autores talvez tenham forçado a barra, mas, de fato, a relação entre bicheiros e ditadura é incontestável.

Os pré-candidatos do PTB e do PSB falaram sobre soluções para os principais problemas da capital goiana
O suplente de deputado pelo PT e ex-reitor da UFG é o novo secretário de Ciência e Tecnologia Para Inclusão Social do governo federal
Há mais de uma dezena de erros num texto de apenas meia página

O ex-deputado federal está puxando o debate menos para nomes e mais para ideias e projetos

O senador de 2018 não quer ser o Demóstenes Torres de 2006
O prefeito de Aparecida de Goiânia sabe que, para mudar o PMDB, é preciso retirar Iris Rezende do páreo. Não há outra saída
Ao sugerir a manutenção da aliança com o PT do prefeito de Goiânia e de Rubens Otoni, o prefeito de Aparecida rejeita composição com o caiadismo
Há resistência de setores do PMDB, mas a maioria quer legalizar a infidelidade partidária
A ex-deputada federal alegou que falaria como representante das mulheres do PMDB. A cúpula do partido escalou deputada do Amapá

Software adquirido por Raquel Teixeira deu problema e a Seduce não conseguiu nem hospedagem para os pareceristas. Dinheiro só sairá em 2016?
A presidente da República vai confirmar a criação de universidades federais em Catalão e Jataí
A presidente Dilma Rousseff avisou ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que virá mesmo ao Estado na quinta-feira, 26.
A intenção inicial da presidente era fazer um ato rápido no Palácio do Planalto para a assinatura de uma medida provisória e transmiti-lo via teleconferência. Mas Marconi Perillo insistiu na visita a Jataí e Catalão e a petista-chefe topou.
A visita da presidente da República está confirmada para o lançamento das duas novas universidades federais. Marconi, segundo a própria Dilma Rousseff, foi decisivo para a criação das federais.