Por Euler de França Belém
O médico Iron Dangoni — que perdeu a eleição em 2012 — apoia Carlão Alberto Oliveira e Christian Pereira para, respectivamente, prefeito e vice-prefeito de Goianira. Numa reunião feita na casa de Christian Pereira, com a presença de Carlão Alberto, Iron Dangoni sugeriu o primeiro para vice do segundo. Renato Bernardes, do PP, que estava na casa disse que nunca viu tanto entusiasmo com um candidato.
Que Carlão Alberto Oliveira tende a ser eleito prefeito de Goianira, município nas proximidades de Goiânia, até os postes, as pedras e as crianças de 2 anos já sabem. Mas o postulante pelo PSDB não quer uma vitória por W. O. É que o prefeito Miller Assis, se perceber que sua derrota será acachapante, pode desistir da disputa e bancar um laranja qualquer. Carlão Oliveira prefere derrotar Miller Assis nas urnas.
Recentemente, um tucano encontrou dezenas de pessoas de Goianira fazendo peregrinação para Trindade. Ele perguntou: “Qual a razão da romaria?” A resposta: “Pela derrota do prefeito Miller Assis na eleição de outubro”. Ao mesmo tempo, todos prometem pagar os impostos em dia.
O prefeito de Caldas Novas (PP), Evandro Magal, e Alison Maia, mesmo antes da campanha, estão travando uma guerra federal. O que se comenta, fora e nos bastidores, é que a ascensão de Alison Maia preocupa o pepista Evandro Magal. A história de que o sargento é o “Waldir Soares das águas quentes” está pegando em Caldas Novas. Mas Magal é experimentadíssimo.
O senador Wilder Morais banca Eurípedes Pankão para prefeito de Acreúna. O pré-candidato do PP conquistou o apoio do PPS, PC do B, PSL e PDT. Visto por muitos como carta fora do baralho, Eurípedes Pankão começa a conquistar espaço e tem possibilidade de ser eleito. “Pankão é articulado, tem o apoio de Wilder Morais, que é forte, e deve ser eleito”, aposta Renato Bernardes, do PP.
Diego Aidar, vereador em Goianira, trocou o PT pelo PPS e disputa a reeleição. Ele é parente do deputado estadual Humberto Aidar. O PT está se tornando sinônimo de derrota eleitoral. Por isso Diego Aidar deixou o partido, mas procurou outra legenda de esquerda, com imagem positiva.
Petistas decentes contam que, quando andam nas ruas, se identificados, são chamados de “ladrões” e há quem chegue perto com o objetivo de agredi-los. Pode-se criticar os petistas, mas a tolerância é fundamental numa sociedade democrática.
O que mais ajuda Adriana Accorsi, pré-candidata do PT a prefeita de Goiânia, é o fato de ser delegada, não o de ser deputada estadual. Políticos tradicionais estão sendo execrados. Ela não é vista como “política”. Porém, quando se fala ao eleitor que será candidata pelo PT, sua popularidade cai em progressão geométrica. Adriana Accorsi tornou-se maior do que o PT e, portanto, nem é vista pelo eleitorado como petista. É o que a salva — se a salva.
Quem aceita o apoio do presidente do PR nacional, o mensaleiro Valdemar Costa Neto, não é necessariamente corrupto. Mas e se o eleitorado pensar diferente?
O fazendeiro Fausto Ferreira, do PSD, deve ser candidato a prefeito de Nova Aurora — com Neusa Alcino, do PSDB, na vice. O prefeito do município saiu do PT, mas carregou o desgaste.
Dois iristas disseram ao Jornal Opção que está praticamente certo que Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia. Por que não anuncia logo? “Porque Iris Rezende é pão duro e quer verificar, bem antes, quanto terá de desgastar na campanha e como fará o financiamento de sua campanha”, afirma um irista.
Uma coisa é certa: se Iris Rezende não for candidato a prefeito de Goiânia, Iris Araújo vai mesmo disputar mandato de vereadora. A tese do irisaraujismo é que um integrante da família Rezende Machado precisa ter mandato a partir de 2016, para se posicionar e ter força política na capital e no Estado. Se Iris Araújo não quiser disputar, a advogada Ana Paula Rezende, casada com o empresário Frederico Peixoto, dono da FGR Construtora, deverá ser candidata a vereadora.
Há quem aposte que Iris Rezende vai investir na renovação em Goiânia. Um irista aventa a possibilidade de o decano peemedebista bancar a candidatura de Agenor Mariano — daí ter incentivado o vice-prefeito a criticar, de maneira acerba, o prefeito Paulo Garcia, do PT — e sair como seu vice. Pode parecer loucura, talvez seja maluquice, mas fica o registro da opinião especulativa de um irista de carteirinha.
Permanece azedíssima e espinhosa o relacionamento da secretária da Fazenda, Ana Carla Abraão, com os secretários do Desenvolvimento Econômico, Thiago Peixoto, e do Gabinete Civil, João Furtado, e o presidente da Adial, César Heloul. Motivo: o acordo entre governo e empresários sobre os incentivos fiscais.

De um deputado federal: “Vem chumbo grosso contra quatro políticos da oposição goiana devido doações da Odebrecht, nenhuma delas contabilizadas na prestação de contas oficial da campanha. Ao contrário, diga-se, do que ocorreu com o governador Marconi Perillo”. Codinomes de três dos quatro políticos que vão aparecer em breve nas planilhas bombásticas da Odebrecht: Boiadeiro, Matusalém e Padre (no caso, pai em espanhol). Acredita-se que a lista da Odebrecht é maior do que a foi divulgada. O escritório de propinas — um propinatório — era bem amplo e, por isso, aposta-se que vários outros, até de arraia miúda, vai aparecer na lista.