Vice-líder do PSD na Câmara dos Deputados, ele fez um discurso contundente e disse considerar que Dilma não tem mais condições morais ou administrativas de conduzir o país

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O deputado federal goiano Thiago Peixoto (PSD) fez, no início da tarde de sexta-feira, 15, a defesa de seu voto no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Para ele, a petista não tem mais condições administrativas ou morais de continuar administrando o País. “A presidente não tem mais condições ou força para conseguir tirar o país do atoleiro em que ele se encontra”, discursou, da tribuna, frisando que votará pelo impedimento no domingo, 17. Thiago falou como vice-líder do partido na Câmara dos Deputados.

O parlamentar disse que em tempo de grandes crises, especificamente de crise moral, como o atual, a pior posição possível é a da neutralidade. “Esse não é o meu caso. Eu já tenho posição definida”, destacou. Thiago Peixoto já tornou público seu voto a favor do impeachment há vários dias, seja em entrevistas ou nas redes sociais, antes mesmo que seu partido decidisse orientar a bancada no mesmo sentido.

Em seu pronunciamento, o deputado destacou o fato de ter retomado o mandato há uma semana depois de ter pedido licença da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás (SED), onde é titular. “Eu fiz isso por entender que é a coisa correta. Faço por acreditar que é o caminho certo, dado o estado lamentável que as coisas tomaram”, avaliou.

Para Thiago Peixoto, o relatório do colega goiano Jovair Arantes (PTB), relator do processo, tem embasamento. “Que as pedaladas fiscais ocorreram é indiscutível. E a Lei 1.079/50 é clara: infração à lei orçamentária caracteriza crime de responsabilidade. Além disso, a frequência das pedaladas se tornou uma política de governo que gerou a desorganização das finanças públicas e da economia”, acrescentou.

O deputado entende que a situação do Brasil chegou num ponto insustentável. Nesse sentido, a presidente não teria mais condições ou força suficientes para conseguir tirar o País do atoleiro. “Temos um quadro de redução nos investimentos na área social, desemprego, além da volta da inflação”, reforçou.

“Impeachment é previsto nas mais maduras e saudáveis democracias. A posição que defendo é a do futuro, a de um país que quer emergir desse turbilhão, a de toda uma nação que não pode mais esperar. O impeachment não resolve o problema por si só, mas representa o primeiro passo para tirar o Brasil desse caos econômico, social e político”, frisou.

Íntegra do discurso de Thiago Peixoto

Em tempos de grandes crises e especificamente de crise moral, a pior posição é a da neutralidade.

Não é o meu caso.

Retomo o mandato na Câmara dos Deputados para votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Faço isso por acreditar que é o caminho certo, dado o estado lamentável que as coisas tomaram.

Que as pedaladas fiscais ocorreram é indiscutível. E a Lei 1.079/50 é clara: infração à lei orçamentária caracteriza crime de responsabilidade.

Além disto, a frequência das pedaladas se tornou uma política de governo que gerou a desorganização das finanças públicas e da economia.

A presidente não tem mais condições ou força para conseguir tirar o país do atoleiro em que ele se encontra. Redução nos investimentos na área social, desemprego, além da volta da inflação.

A tese de golpe vem dos cegos a realidade. O impeachment é previsto nas mais maduras e saudáveis democracias.

A posição que defendo é a do futuro, a de um país que quer emergir deste turbilhão, a de toda uma nação que não pode mais esperar.

O impeachment representa o primeiro passo para tirar o Brasil do caos econômico, social e político.