Por Euler de França Belém
Num processo de mudança estrutural dos comandos, o presidente do Grupo Jaime Câmara, Cristiano Câmara, apresentou o novo gerente financeiro da empresa, Paulo Ricardo Caragelasco (foto acima). Câmara trabalha para profissionalizar a empresa.
Formando em Ciências Econômicas pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, Paulo Ricardo é pós-graduado em Gestão de Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). O executivo trabalhou no Banco América do Sul e na Itautec, foi auditor na empresa Campiglia e Bianchesi Auditores Independentes.
No comunicado, o GJC informa que Paulo Ricardo trabalhou durante 24 no Grupo Abril, como diretor de Planejamento, Controle e Gestão. Ele foi diretor financeiro do BSB Brumoro Sport and Business.
O portal da revista “Imprensa” relata que o jornal americano “Los Angeles Times” afastou o repórter investigativo Jason Felch “após descobrir que ele matinha relações amorosas com uma fonte, de identidade não revelada, que o ajudou na produção de uma reportagem”. No comunicado à redação, o editor do jornal, Davan Maharaj, explicou “que o relacionamento de Felch com a fonte e a não divulgação do caso constituíam ‘um lapso profissional que nenhuma organização noticiosa pode tolerar”. Felch admite que não agiu com a devida correção, mas, num “comunicação à Agência Associated Press”, disse que “a história foi publicada semanas antes do início do relacionamento”. O repórter acrescentou uma informação absolutamente implausível: “quando a relação começou, deixou de confiar” na namorada “como fonte de informação”. “Eu me responsabilizo pelo que fiz”, afirma. “A matéria em questão, publicada na capa do jornal no dia 7 de dezembro do ano passado, revelava que a Universidade Occidental, em Los Angeles, não informou às autoridades a existência de 27 alegados crimes sexuais que teriam ocorrido em 2012 na instituição”, relata a “Imprensa”. Na verdade, o repórter foi apenas descoberto. Possivelmente, há dezenas de grandes reportagens que foram feitas a partir de relacionamentos pouco ortodoxos — a se observar pelo prisma da moralidade — e nada aconteceu. Pego em flagrante, o repórter saiu com uma explicação nada crível. Repórteres, se verdadeiramente investigativos, fazem coisas que, às vezes, não combinam com as regras estabelecidas em manuais de redação elaborados por jornalistas que, quem sabe, nunca foram repórteres.
A repórter Inés Martín Rodrigo, do jornal “ABC”, de Madri, entrevistou longamente o escritor americano James Salter. A entrevista, com 17.112 caracteres (o que prova que os espanhóis valorizam o texto de qualidade), saiu na edição de 3 de março deste ano. Quem quiser lê-la integralmente deve recorrer ao link http://www.abc.es/cultura/cultural/20140303/abci-cultural-libros-entrevista-james-201403031211.html. A entrevista foi feita a propósito do novo livro de Salter, “Todo lo que hay”. Depois de longo inverno, ele diz que está de volta ao batente – tanto que o título da entrevista é: “Tenho 88 anos e estou pronto para começar de novo”. (A fotografia acima é de Corina Arranz.)
De Salter as editoras brasileiras publicaram “Última Noite e Outros Contos” (Companhia das Letras, tradução de Samuel Titan Júnior), “Um Esporte e um Passatempo” (Imago) e “Dias Intensos – Reminiscências” (Imago). São livros de alta qualidade; Salter merece ser mais conhecido e editado no Brasil.
Trechos da entrevista:
Inés Martín Rodrigo – De volta ao mundo anglo-saxão: por que há tanta obsessão com a ideia do Grande Romance Americano?
James Salter – Não sei quem formulou essa frase pela primeira vez, mas os escritores que surgiram depois da Guerra [Segunda Guerra Mundial, 1939-1945], ao menos a minha geração (Saul Bellow e Philip Roth, entre outros), tinha a ideia de que o Grande Romance Americano ainda estava por escrever e um deles poderia escrevê-lo. A ideia persiste, mas não sei se existe tal coisa. O Grande Romance Espanhol é provavelmente “Dom Quixote” [Salter diz “O Quixote”, de Miguel de Cervantes] e se há um Grande Romance Americano é “Huckleberry Finn” [de Mark Twain]. Não sei, mas a gente sente que ainda pode escrevê-lo [ou alcançá-lo, o que confere um sentido mais dúbio à fala de Salter. Convém ressaltar que, na tradução, uso “é”, mas, na verdade, o escritor prefere “seria”].
Inés Martín Rodrigo – Quando Jonathan Franzen lançou “Liberdade”, a revista “Time” publicou o título: “O grande romancista americano”.
James Salter – Bom, é demasiado cedo para julgá-lo. Não o li.
Livros de James Salter em português
De Salter as editoras brasileiras publicaram “Última Noite e Outros Contos” (Companhia das Letras, tradução de Samuel Titan Júnior), “Um Esporte e um Passatempo” (Imago) e “Dias Intensos – Reminiscências” (Imago).Mulher de presidente quis escrever o Grande Romance Americano
"Como tanta gente, eu sonhava em escrever o Grande Romance Americano”. Quem disse isto? Norman Mailer, Truman Capote, John Updike? Nada disso. A frase é de Jacqueline Kennedy. A história está contada na página 30 do livro “Jackie Editora – A Vida Literária de Jacqueline Kennedy Onassis” (Record, 432 páginas, tradução de Clóvis Marques), de Greg Lawrence.
Andréia Bahia foi contratada como repórter full time do “Pop”. Ela vai trabalhar na editoria de “Cidades”. Ex-repórter do Jornal Opção — competente e ética —, Andréia Bahia começa na segunda-feira, 17. Trata-se de uma grande contratação.
Ela substitui Alfredo Mergulhão, que vai trabalhar no Rio de Janeiro (sua namorada vai fazer doutorado no Rio).

“Calculo que devo ter passado quase 20.000 horas escrevendo ‘Ulysses’”, disse o escritor irlandês James Joyce

Beckett não compartilhava a ironia de Seaver em relação a Buster Keaton. "Assistia a cada tomada com isenção, encantado com a compreensão intuitiva" do ator

[caption id="attachment_317" align="alignleft" width="620"] Boadyr Veloso e Camila Lagares: a Força Nacional terá “coragem” e “liberdade” para investigar o assassinato destes dois seres humanos?[/caption]
“O Hoje” (reportagem de Eduardo Pinheiro), o “Diário da Manhã” (texto de Nayara Reis) e o “Pop” (matéria de Cleomar Almeida) deram destaque à prisão dos policiais militares Rones Cruvinel de Melo, Roberto Caetano de Sousa, Nelson Balbino do Sacramento e Manoel Messias de Oliveira. A Força Nacional os prendeu em Rio Verde. O quarteto é suspeito de ter cometido três homicídios (é possível, segundo a polícia, que tenha matado bem mais), extorsão e associação para o tráfico de drogas. A pergunta que os jornais não fizeram, limitando-se a publicar o resultado da investigação da Força Nacional, é até prosaica: a Polícia Civil e a Polícia Militar de Goiás não sabiam o que estava acontecendo em Rio Verde? Segundo o repórter Cleomar Almeida, o cabo Roberto Caetano de Sousa é suspeito de participar do assassinato de Divino Roberto em 1996. Há 18 anos! Quase duas décadas.
Os três jornais, que mantêm uma cobertura policial azeitada, com equipes específicas e experientes, deveriam produzir reportagem mostrando que, quando investiga de fato — sem receios ou supostas maquiagens —, a polícia consegue prender os responsáveis pelos assassinatos. Quando não quer, por variados motivos — medo talvez seja um deles, pressão talvez seja outro —, a polícia obviamente nada descobre. Os assassinatos do médico, político e bicheiro Boadyr Veloso, de Túlio Jayme e da estudante Camila Lagares não foram investigados com rigor. A Força Nacional teria condições de investigá-los? Tudo indica que sim, pois está mostrando que não tem qualquer receio de prender policiais militares, desde que tenham se tornado criminosos.
Os três diários publicaram reportagens corretas, mas há pequenos problemas:
1 — O “Pop” escreve Operação Quarteto. “O Hoje” e o “Diário da Manhã” publicam o nome completo, Operação Quarteto Fantástico. O “Pop” errou.
2 — Nayara Reis, do “DM”, anota “PM’s”. O “Pop” e “O Hoje” acertam ao optar por PMs. O apóstrofo é desnecessário.
3 — “O Hoje” deu a patente do cabo Roberto Caetano, mas omitiu as patentes dos policiais militares Rones Cruvinel de Melo (cabo), Nelson Balbino do Sacramento (cabo) e Manoel Messias de Oliveira (sargento).
4 — A seguir exponho mais uma dúvida do que erro. “O Hoje” e “Pop” dizem que o delegado Rossilio Souza Correia coordenou a Operação Quarteto Fantástico. O “DM” assinala que o delegado Fábio Rogério é o coordenador da operação. O “Pop” garante que o delegado Fábio Rogério da Silva é o coordenador da Força Nacional de Segurança no Estado. Em seguida, o “Pop” assegura que o delegado Alexandre Lourenço é o coordenador da Força Nacional em Goiás pela Polícia Civil.
5 — O “DM” informa que “setenta homens da Força Nacional participaram da Operação Quarteto Fantástico”. “O Hoje” apresenta outro número: “A operação montada para a prisão dos militares reuniu 50 homens da Força, com apoio da Corregedoria da PM e da Polícia Civil”.
Pelé, Ayrton Senna e Lula são os brasileiros mais conhecidos no exterior? É provável. Talvez seja possível incluir o fotógrafo Sebastião Salgado na lista, quem sabe, em nada imodesto terceiro lugar, atrás de Pelé e Senna. Sabe-se muito sobre suas fotografias e, com o livro “Da Minha Terra à Terra” (Paralela, 176 páginas), de Sebastião Salgado e Isabelle Francq, se ficará sabendo um pouco mais do homem.
Sinopse divulgada no site da Livraria Cultura:
“As fotos de Sebastião Salgado são famosas no mundo inteiro. Suas imagens em preto e branco de trabalhadores e refugiados já ganharam inúmeros prêmios e são reconhecidas pela profunda dignidade que despertam no interlocutor.
“Em 2013, depois de oito anos de reportagens, Salgado expôs pela primeira vez o celebrado Projeto Gênesis, que deu origem ao livro de mesmo nome. Em uma jornada fotográfica por lugares intocados, onde o homem convive em harmonia com a natureza, o fotógrafo pôde declarar seu amor à Terra, em sua grandeza e fragilidade.
“Mas apesar das imagens de Sebastião Salgado já terem dado a volta ao mundo, sua história pessoal, as raízes políticas, éticas e existenciais de seu engajamento fotográfico permaneciam ignoradas.
“Em 'Da Minha Terra à Terra', é seu talento como narrador que surpreende. A autenticidade de um homem que sabe como poucos combinar militância, profissionalismo, talento e generosidade.”
(Apesar do que diz a sinopse, ao elogiar a capacidade narrativa do fotógrafo, outra profissional o ajudou na feitura do livro.)
“Joseph Goebbels — Uma Biografia” (Objetiva, 816 páginas, tradução de Luiz A. de Araújo), de Peter Longerich, custa caro, R$ 79,90. Mas vale a pena. O historiador alemão é um pesquisador infatigável e tudo que é importante arrola em seus livros. Sobretudo, é um grande analista da história alemã, explicando, com rara competência, porque surgiram, além de Himmler (que biografou), Hitler e Goebbels
Sinopse divulgada pelo site da Livraria Cultura:
“Joseph Goebbels, antissemita radical e idealizador do nazismo, gostava de se ver no papel de um intelectual, e suas funções não se limitaram ao Ministério da Propaganda. Dada sua capacidade retórica, seu desejo de ser protagonista e sua absoluta lealdade ao Führer, ele se converteu em um dos principais dirigentes nazistas e, assim, contribuiu para a radicalização da política antissemita e totalitária do regime. Supostamente, seu objetivo primordial era ser o guia de um aparato de propaganda colossal e onipresente, capaz de produzir uma absoluta harmonia entre o povo e seu Führer.
“Primeiro biógrafo a se debruçar metodicamente nos diários de Goebbels, Peter Longerich penetra de forma única no círculo íntimo do poderio nazista. O autor revela as complexas relações que uniam Goebbels, sua mulher e Hitler, a personalidade maníaco-depressiva do arquiteto da propaganda nazista e seu papel como confidente do Führer até o suicídio.
“Com base nas gravações de seus discursos, Longerich explora o funcionamento do ‘método Goebbles’ de manipulação de massas e demagogia que moldou a opinião pública alemã e permitiu que ela fosse inteiramente controlada pelo Partido Nazista. Resultado de uma pesquisa minuciosa, ‘Goebbels— Uma Biografia’ desmonta a máquina nazista peça por peça e expõe a personalidade assombrosa de um dos homens mais influentes do Terceiro Reich.”
O Brasil é quase sempre o primeiro a chegar atrasado. A edição espanhola, para não contar a inglesa e a alemã, circula no mercado pelo menos desde 2011. Mas importante mesmo é que o livro finalmente chegou às livrarias dos tristes trópicos. As duas biografias, de Himmler e Goebbels, traçam um amplo painel da história alemã. São tão meticulosas quanto a biografia que Ian Kershaw escreveu sobre Adolf Hitler, publicada no Brasil pela Companhia das Letras, numa versão condensada
Marco Aurélio Vigário, do “Pop” (sexta-feira, 14), entrevistou muito bem Jorge Forbes. O psicanalista e psiquiatra diz que a psicanálise, depois de se atrasar, está tentando entender o novo mundo. Ao se fixar na heterodoxia freudiana, insistindo na tríade pai forte na família, chefe forte na empresa e um sentimento forte de pátria na sociedade civil — a ideia central do complexo de Édipo —, não percebeu, ao menos não de imediato, a vigência de um mundo novo, com “um pai relativizado, um chefe provisório e um mercado comum no lugar onde havia o sentimento de pátria”. Hoje, frisa Jorge Forbes, a pessoa vai à análise “para saber de que maneira pode inventar um futuro. É muito mais uma análise para saber se a pessoa aguenta a consequência de suas escolhas do que a revelação de histórias escondidas. É uma mudança de 180 graus”. Jorge Forbes diz que o momento é rico e afirma que a psicanálise “tem de fazer com que” as pessoas “vivam o seu tempo. E o tempo de hoje é interessantíssimo. É o tempo de um novo humanismo, um tempo em que a marca do homem é superior à marca da técnica”. Adeus a Freud? Não, pois os clássicos não morrem, são eternamente inspiradores. Trata-se de um avanço, um reconhecimento de que os tempos e os homens mudam.
De que é feita a boa ficção? De quadros ou retalhos da realidade reimaginados por escritores. “Ulysses”, de James Joyce, é uma invenção plenamente literária (sua linguagem, embora filha de tantas outras, inventivas ou não, tem um quê de novo, de avanço), mas o crítico literário e biógrafo Richard Ellmann mapeou a presença ostensiva da realidade — recriada, lógico — neste romance que reinventou a literatura. Na sexta-feira, 14, “O Hoje” e o “Pop” publicaram duas reportagens que, nas mãos de ficcionistas, poderiam resultar em contos de qualidade. Acreditando que estava sendo perseguido por criminosos — traficantes rivais, quem sabe —, Marcos Roberto Gomes Heleno, de 35 anos, dirigiu em alta velocidade, na contramão, desrespeitando as mais elementares regras de trânsito, e refugiou-se no 15º Distrito Policial, no Bairro Goiá, em Goiânia. Ora, se estava sendo perseguido por bandidos, como alegou, nada mais justo do que buscar proteção numa delegacia de polícia. Agora (provando que o “mal” contém certo humor), o choque da realidade. Os “perseguidores” de Heleno — Homero, por certo, adoraria o nome — eram, na verdade, policiais. Estavam mesmo seguindo o jovem, num automóvel descaracterizado, com o objetivo de prendê-lo. Não precisaram, é claro, porque o criminoso “se prendeu”. O nome do delegado que trancafiou o possível traficante é Eduardo Prado. Como se sabe, outro Prado, só que Paulo, foi um dos principais mecenas da Semana de Arte Moderna de 1922 e autor do livro “Retrato do Brasil — Ensaio Sobre a Tristeza Brasileira”. Provando que tem veia de escritor, Eduardo Prado, o delegado, disse a respeito de Heleno: “O rato entrou na ratoeira”. Não deixa de ser curioso que os títulos de “O Hoje” e do “Pop” sejam os mesmos: “Suspeito se refugia em delegacia”. O PC (ou retranca) do primeiro — “Drogas” — é mais preciso do que o do segundo, “Segurança”.
“O Globo” decidiu investir pesado em internet, com fortalecimento de colunas e blogs, e produção de um jornalismo que integre texto e imagem (fotografias e gravações). O jornal demitiu 12 e contratou 22 profissionais. O objetivo é fortalecer tanto o produto impresso, com a divulgação maciça na internet, quanto o material publicado exclusivamente na rede.
Especialistas em criação de sites de jornais, brasileiros e estrangeiros, sugerem que, paralelamente ao design e a funcionalidade, é preciso pensar na criação de conteúdos. Eles dizem que, quando se preocupa tão-somente com o desenho, com sua plasticidade, costuma-se cometer um erro. Porque o design é mais meio do que fim. Do ponto de vista do desenho, da imagem, os sites estão muito parecidos. O que vai distingui-los, cada vez mais, é o conteúdo. Por isso, os especialistas indicam que, antes de se encomendar um projeto, que se apresente por escrito, e detalhadamente, o que se quer colocar no site. Um site bonito atrai, para os primeiros acessos, mas, se não encontram nada de interessante, os leitores caem fora rapidamente
O filósofo alemão Karl Marx e o bolchevique russo Vladimir Lênin acreditavam que, um dia, “dirigidos” pelo Partido Comunista, o proletariado chegaria ao poder. Já as feministas, mais modestas, apostam em igualdade de condições entre homens e mulheres, para que estas possam se desenvolver livremente. O capitalismo, que Marx avaliava como o modo de produção mais revolucionário da história — o “Manifesto Comunista” faz a apologia da burguesia e do capitalismo —, acabou por gerar uma revolução pouca divulgada, porque silenciosa e pacífica, mas absorvente e profunda. As mulheres, e não os proletários, estão ampliando seu raio de atuação em vários setores da sociedade. A Alemanha (quarta potência internacional), terra de homens durões e supostamente autoritários, é governada por Angela Merkel. O Chile, país que passou pela cruenta (e modernizadora) ditadura de Augusto Pinochet, é gerido por Michelle Bachelet. Dilma Rousseff é presidente do Brasil, sétima maior potência mundial. São três mulheres competentes, modernas e íntegras. No jornalismo, depois de Ruth Aquino no comando do jornal “O Dia” e como redatora-chefe da “Época” (é o segundo cargo mais importante da revista) e de Eleonora Lucena como editora-executiva da “Folha de S. Paulo” (cargo abaixo apenas do diretor de redação Otavio Frias Filho, um dos proprietários; ela dirigia o dia a dia do jornal), agora se tem uma mulher, Mariana Carneiro, na direção de redação de um jornal que está no mercado há 101 anos. Mariana Carneiro assumiu o comando de “A Tarde”, um dos principais diários da Bahia.
Kennedy Alencar, depois de atuação destacada na “Folha de S. Paulo”, foi contratado pelo SBT para fazer comentários políticos e organizar entrevistas. O SBT passa a impressão de que investe pouco, mal e de maneira episódica em jornalismo — como se fosse uma atividade secundária —, mas a contratação de um repórter altamente qualificado, como Kennedy Alencar, indica que a rede dirigida por Silvio Santos, embora não queira ser uma “Globo” ou uma Record, decidiu investir um pouco mais em informação de primeira linha.