Por Alexandre Parrode
Pergunta para um caiadista não filiado ao DEM: “Por que o senador Ronaldo Caiado, pré-candidato do DEM a governador, insiste tanto em obter o apoio do MDB?”
O caiadista, de matiz intelectual, apresenta algumas respostas:
“1 — Ao contrário do DEM, o MDB tem capilaridade eleitoral em todo o Estado. Conquistado seu apoio, o postulante do DEM teria defensores de sua campanha nos municípios. Hoje, apresenta-se numa cidade e, quando vai embora, não há ninguém para manter sua mensagem viva, reverberando;
“2 — Caiado acredita que, se tiver o apoio do MDB, circunscrevendo a disputa a ele e a José Eliton, do PSDB, pode liquidar a fatura no primeiro turno;
“3 — A federação de nanopartidos — que, juntos, não valem 20% do MDB —, que praticamente não têm tempo na televisão, não têm votos nem estruturas no Estado, eventualmente poderá mais atrapalhar do que ajudar Ronaldo Caiado;
“4 — Partidos maiores chegam a conversar com Ronaldo Caiado, mas dificilmente fecharão aliança com ele. Restam-lhe, portanto, os nanopartidos e a tentativa de consolidar uma aliança com o MDB.”
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O ex-deputado e líder evangélico Daniel Messac é otimista com a candidatura de José Eliton. “Quando assumir o governo, em abril, sua candidatura ganhará corpo e visibilidade. O eleitorado poderá verificar que, além de político determinado, o jovem tucano é competente. Defendo a tese de que candidatura que nasceu forte tende a se tornar problemática durante a campanha, porque há uma tendência à desidratação. A candidatura deve se fortalecer durante a campanha, à medida que vai se aproximando as eleições. Zé Eliton é agregador, tem discurso afiado e conhece o governo e o Estado. Além disso, tem como mestre o general eleitoral Marconi Perillo.”
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Michel Temer e Daniel Vilela[/caption]
O presidente Michel Temer confidenciou a dois políticos goianos que vai se envolver na eleição de Goiás este ano. O líder frisou que vai colaborar com a companha de Daniel Vilela, pré-candidato do MDB a governador, e para afastar emedebistas da campanha de Ronaldo Caiado. Não está descartado nem mesmo expurgos.
Em Goiás, segundo os dois políticos, Michel Temer considera que o adversário — quase inimigo — é Ronaldo Caiado. O presidente não tem resistência nenhuma ao candidato do PSDB a governador, dada sua vinculação com o governador Marconi Perillo.
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Júlio da Retífica | Foto: Alego/ Ruber Couto[/caption]
O Pros do deputado Lincoln Tejota — pré-candidato a deputado federal — trabalha, em tempo integral, para conquistar o passe político do deputado estadual Júlio da Retífica.
Júlio da Retifica obteve quase 30 mil votos, na disputa de 2014, mas ficou como suplente. Sérgio Bravo, do Pros, foi eleito com menos de 10 mil votos. A pedra no caminho é que o tucano, representante político do Norte de Goiás, notadamente de Porangatu, é ligado umbilicalmente tanto ao governador Marconi Perillo quanto ao deputado federal Jovair Arantes. Entretanto, se permanecer na chapa Globo da Morte, a do PSDB, dificilmente retornará para a Assembleia Legislativa.
A procuradora-geral do Município é vista como artífice do aumento abusivo do IPTU
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Comportando-se como general sem farda, o prefeito de Catalão tenta impor candidato de seu grupo e vetar candidato de Daniel Vilela
Três características são marcantes no presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti (PSDB): discrição, eficiência e diplomacia. Trabalhando de maneira silenciosa, tem circulado por vários municípios, fincou pé em Goiânia — o vereador Romário Policarpo, da base do prefeito Iris Rezende, o apoia —, e almeja, sem alarde, ser o mais bem votado na eleição de outubro deste ano. Ele é visto como uma “máquina de fazer política” — incansável, como Marconi Perillo.
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Maguito Vilela e Daniel Vilela| Foto: Alexandre Parrode[/caption]
O ex-prefeito Maguito Vilela é o principal articular da candidatura de seu filho, Daniel Vilela, a governador de Goiás. Ele conversa com os principais líderes dos partidos, sugerem acordos, composições e àqueles que tentam incensa-los como possível candidato, é transparente: “O candidato é Daniel Vilela”.
Maguito Vilela tem conversado inclusive com líderes de partidos que participam da base governista. Nada conseguiu até agora, mas as portas continuam abertas.
Ao mesmo tempo, Maguito Vilela tem procurado manter seu filho animado, assegurando-lhe que o momento de crescer é durante a campanha, a partir de maio. Ele costuma lembrar ao pupilo que, em 1994, começou bem atrás, com Ronaldo Caiado liderando, e ganhou a eleição para governador. Caiado, por sinal, ficou em terceiro lugar, atrás de Lúcia Vânia.
