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Nesta semana, o Jornal Opção publicou com exclusividade que o IMAS acumula uma dívida de R$ 227,1 milhões

O documento foi protocolado pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres

Mabel participou, nesta sexta-feira, 6, de uma reunião com a equipe de transição de governo na capital

A Justiça decide nesta sexta-feira, 6, se o ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, será solto ou se continuará preso. O antigo titular da pasta foi preso temporariamente no último dia 27 de novembro, em operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).
O prazo da prisão temporária de Pollara se encerra nesta sexta, e caberá à Justiça decidir se o ex-secretário continue preso, agora por prisão preventiva, ou se será solto. Ao Jornal Opção, a defesa do médico disse que aguarda a soltura e, em caso de manutenção da detenção, entrará com um habeas corpus.
Na manhã desta sexta, Wilson Pollara deixou a Casa do Albergado, onde se encontra preso, para prestar esclarecimentos na sede do Ministério do Público. A expectativa é que a decisão da Justiça saia até 17h.
Operação do MP
Além de Pollara, o secretário executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo, também foram detidos e conduzidos à Casa do Albergado suspeitos de associação criminosa e pagamento irregular em contrato administrativo no âmbito da SMS.
Foi determinado ainda o afastamento cautelar e, consequentemente, a suspensão do exercício das funções públicas dos três investigados. O órgão também cumpriu, com o auxílio da Polícia Militar de Goiás (PMGO), oito mandados de busca e apreensão na sede da SMS, nas residências dos alvos de prisão e de um empresário que presta serviços à pasta.
Um dos alvos estava em posse de mais de R$ 20 mil em espécie. A investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP), aponta que a prática reiterada de crimes por parte dos investigados, como a concessão de vantagens em contratos, ocasionando prejuízo para a administração pública.
Foi constatada a existência de pagamentos irregulares, inclusive com preterição da ordem cronológica de exigibilidade. Em meio à operação, Pollara ainda descobriu, após realizar uma tomografia de tórax, a presença de um nódulo no rim direito.
Segundo a defesa do ex-secretário, as autoridades foram informadas sobre o agravamento do quadro de saúde de Pollara. “Desde sexta-feira estou avisando o Ministério Público, o Judiciário e a administração penitenciária que ele estava passando mal. Ontem [domingo] à noite ele precisou de uma intervenção cardíaca, fez cateterismo e está na UTI se recuperando”, detalhou anteriormente à reportagem.
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A dívida do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores de Goiânia (IMAS) com prestadores de serviços é de R$ 227,1 milhões. O Jornal Opção teve acesso exclusivo ao relatório entregue pelo instituto à comissão de transição do prefeito eleito na última segunda-feira, 2, e a informação também foi confirmada pelo futuro secretário de Finanças, Valdivino de Oliveira.
O relatório revela que "as despesas foram maiores que as receitas informadas, evidenciando déficit orçamentário constante, que contribuiu com o endividamento do Imas". A reportagem ouviu interlocutores da Prefeitura e também da equipe de transição que afirmam que a dívida foi gerada por repasses insuficientes para o custeio do plano de saúde além da ingerência no instituto.
O Imas tem 33.415 titulares, que são servidores da ativa, aposentados, pensionistas e servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Dependentes somam 36.568 pessoas que incluem cônjuges e filhos menores de 21 anos; já os agregados são 8.636 que são filhos maiores de 24 anos, pais, irmãos, netos de servidores efetivos. Ao todo são 78.619 beneficiários.
A falta de repasses do valor patronal além do que é descontado direto no salários dos servidores é o principal problema. Conforme apurado pela reportagem, os valores ficam retidos ou não são repassados pelas secretarias. Entre as pastas com mais beneficiários estão a Educação com 9.825 pessoas, Saúde com 5.534 e a Comurg com 3.616 beneficiários.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é a pasta que tem a maior dívida com o Imas, mas o relatório ao qual a reportagem teve acesso não detalha o montante. Oliveira confirmou que a SMS tem valores pendentes para serem repassados ao Imas. Um interlocutor da Prefeitura disse, sob reserva, que a pasta não faz as ordens de pagamento e o valor fica retido na Secretaria de Finanças.
Ainda segundo o relatório, a rede credenciada do Imas tem 503 prestadores cadastrados, mas apenas 257 estão atendendo.
A reportagem entrou em contato com a SMS para pedir um posicionamento, mas até o momento não tivemos retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Crise no IMAS
Ao longo do ano o Jornal Opção mostrou que o instituto sobre com várias paralisações de prestadores de serviços. Em maio usuários do Imas com câncer ficaram sem atendimento no Ingoh e Hemolabor.
Nos meses de março e abril, o Hospital Infantil de Campinas (HIC) suspendeu os atendimentos, que retornaram após a troca do presidente Marcelo Teixeira pela médica Gardene Moreira, e os pagamentos de duas de oito parcelas atrasadas. Agora, a crise se agravou com o atendimento de pacientes para prevenir e tratar casos de câncer. A dívida com a unidade de saúde chegou a R$ 137 mil segundo a diretoria.
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