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Com entrada gratuita, evento será realizado no dia 9 deste mês, às 19h30, no MIS, sob a batuta do maestro e compositor Musa Göçmen

18ª edição conta com shows de jazz, blues, MPB, instrumental, samba e música erudita

Com novo álbum, lançado em 24 de agosto, os velhos ícones não criam; soam recursos estilísticos já desbotados, surrados, suados
[caption id="attachment_104486" align="aligncenter" width="620"] Tribalistas: Carlinhos Brown, Marisa Monte e Arnaldo Antunes | Foto: divulgação
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André Luiz Pacheco da Silva
Especial para o Jornal Opção
Os talentos individuais de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown e suas respectivas carreiras são incontestáveis. Suas posições, funções e contribuições para o surgimento do Tribalismo na música brasileira fizeram do projeto um happening, genial. Fizeram um espetáculo, saíram do palco sem bis, imaculados e amados. No entanto, a relevância do novo trabalho em conjunto é questionável.
Após o boom que causaram, o trio fez jus aos versos da canção que o apresenta enquanto um antimovimento, desintegrando-se logo em seguida e desiludindo a nação. Ainda que as parcerias tenham se mantido nos respectivos projetos individuais, o retorno dos Tribalistas era apenas uma expectativa e, depois de tantos anos, restava apenas se contentar com aquelas treze faixas. Porém, no fim do ano passado, os três se apresentaram juntos e surgiram rumores de um novo álbum acontecer. E aconteceu. Antes não tivesse acontecido.
Os três são mais que um grupo, são uma tribo com identidade musical própria, costumes sonoros próprios, método de composição instituído e pouca amplitude criativa. Como eles mesmo dizem, na segunda faixa do novo álbum, juntos são um só. Um só artista com dificuldades criativas, com recursos artísticos desbotados, que vive na sombra dos louros de outra época.
Em 2002, quando Arnaldo, Marisa e Brown se apresentaram como “Tribalistas”, as testemunhas do fenômeno Marisa no Jazzmania, os reminiscentes do Rock Brasil, os emepebistas, bossanovistas, os fãs do axé music, os viúvos do tropicalismo e as torcidas de Flamengo e Corinthians puseram seus olhos grandes sobre eles. O hit “Já sei namorar” estourou nas rodas de violão, nas rádios e nas boates: na crista da onda da febre do remix, embalava os solteiros.
Do outro lado, o clássico da MPB deste século, “Velha Infância” fascinava todo mundo, era trilha de paixões secretas e declaradas; com seus quatro acordes, soava de todo e qualquer violão; quem não tinha um amor, queria ter só para cantar de um coração para outro. Manifestos como as faixas “Carnavália”, “Carnalismo” e “Tribalistas” mexeram com a nostalgia dos saudosos e atiçaram a fraca brasa da esperança do surgimento de um movimento na música brasileira. Versos como “segredos de liquidificador” e “um dia eu já fui chimpanzé” eram familiares a quem se deliciou em saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina e que respondia de peito inflado: “Yes, nós temos banana!”. Na cozinha da música brasileira, os tropicalistas já haviam deixado receitas e ingredientes para fazer a salada e os tribalistas aproveitaram.
A neobossa “Pecado é lhe deixar de molho” é uma bonita homenagem, sem excessos, com um arranjo para João Gilberto nenhum botar defeito. Além disso, ao longo daquele álbum, as dissonâncias ressoam bem distribuídas. Outras canções encorpam o debut com bom desenvolvimento, com leveza e peso, simplicidade e sofisticação, ingenuidade e maturidade. Enfim, há 15 anos, essa tríade, esse trinômio, essa trindade, esse trímero mostrava a extensão de seu talento, suas matizes estéticas e sua capacidade inventiva, agradando a gregos, troianos, egípcios. Republicanos, monarquistas, tribalistas aplaudiam enquanto o trio saía de cena.
Em sua diáspora tribalista para o Novo Mundo fonográfico, o novo álbum começa com uma canção tratando sobre retirantes, refugiados. Logo de início, há a presença de dois recursos típicos dos Tribalistas já explorados à exaustão: a gravíssima voz de Arnaldo recitando versos e as agudíssimas e manjadas vocalizações de Marisa. Cada um se repete posteriormente. Nem mesmo as referências às obras O Guesa e Vozes d’África dos poetas românticos Sousândrade e Castro Alves, respectivamente, desviam a atenção da já cansada fórmula tribal de cantar. Com letra instigante e reflexiva, com exceção do desnecessário refrão em inglês, a primeira canção política dos Tribalistas deixa a desejar.
A quarta faixa do álbum é irmã de outra canção gravada por Marisa em seu “Infinito Particular”, lançado em 2006. “Vilarejo” é composta pelo trio em parceria com Pedro Baby; Pretinho da Serrinha se junta aos compositores para assinar a apaixonada “Aliança”, que encaixa com a mesma proposta de “Velha Infância” no álbum anterior. O arranjo requentado não é nada criativo, tampouco o é a letra, mas a faixa é amorosa, cativante, bonitinha e gruda como chiclete, é forte candidata a cair no gosto popular.
Ao longo do disco, encontramos a interessante “Baião do Mundo”, uma oração tribalista ao elemento água. Os versos vazam para dentro dos nossos ouvidos e trazem na correnteza uma sensibilidade estética, com a percussão de Brown marcando o jorrar rítmico. Uma das poucas faixas originais deste álbum, pode passar despercebida em meio a tanta repetição estilística por ser, ironicamente, destoante do conjunto.
Ao ouvir “Feliz e Saudável”, é possível que soe familiar, isso porque a introdução tem como referência “A Minha Menina” d’Os Mutantes. Ambivalente, ora amorosa, ora vingativa, essa faixa nos faz lembrar a versatilidade com a qual os Tribalistas surgiram no início do século. Um background tropical, arranjo criando diferentes ambientes para casar letra e música e sem perder o fio da meada, tudo isso em menos de três minutos.
De forma geral, cada faixa tem a tatuagem tribal. “Ânima” e “Fora da Memória” não fogem ao quadrado e “Peixinhos”, tal como “Mary Cristo” em 2002, parece corresponder à cota de ingenuidade e leveza presente nas obras do trio, sobretudo, nas de Marisa. A participação da cantora portuguesa Carminho é um charme para a canção. Ponto positivo. A vocalização de Marisa se repetindo em todas as faixas cansa, aqui não será diferente. Ponto negativo. E por falar em características individuais que se sobressaem, a faixa “Trabalivre” é a cara de Arnaldo, tem o seu DNA, figuraria em um de seus álbuns solo sem nenhum estranhamento.
Se a última faixa do álbum de 2002 era um cartão de visitas que inspirava, que animava, que colocava mão no teto e chão no pé, o mesmo não acontece agora com “Lutar e Vencer” que convida a participar dessa “ocupação tribalista”. E, apesar de parecer ser um b-side de “Tribalistas”, não convence, não tem a mesma força, nem a mesma jovialidade. Um retorno já não era tão necessário, um álbum novo menos ainda. Caíram no erro do revival. Time que vence no tempo regulamentar não volta a campo para mais alguns minutos.
André Luiz Pacheco da Silva é estudante de psicologia e psicanálise, escritor e melômano.

Drake, Ed Sheeran, The Chainsmokers e Major Lazer estão na lista

Grupo de mulheres realiza sarau para arrecadar agasalhos e cobertores para pessoas em estado de vulnerabilidade. Quem ajudar pode sair de lá com um terno ou roupa de festa

Simpósio oferece aulas e concertos gratuitos, atividades que integram calendário mundial voltado para celebrar o instrumento
[caption id="attachment_90772" align="alignleft" width="300"] Wagner Poulistchuk, primeiro-trombone da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), é um dos convidados do evento[/caption]
De 3 a 7 de abril, Goiânia recebe o 4º Simpósio de Trombones do Estado de Goiás, com professores renomados, músicos talentosos e amantes do instrumento. A programação reserva espaço para aulas especiais – chamadas de “masterclasses” – e concertos. As atividades têm formatos e locais variados, mas uma coisa em comum: são gratuitas.
Os convidados desta edição do simpósio são Wagner Poulistchuk, primeiro-trombone da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp); Raphael Paixão, da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB); e Ricardo Santos, também da OSB.
Eles ministrarão masterclasses e participarão de um concerto especial na quarta-feira, 5, às 18 horas, no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), na Praça Universitária.
O evento é realizado por meio da Lei Goyazes e coordenado pelos professores Marcos Botelho, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Roberto Milet, do Instituto Federal de Goiás (IFG).
O simpósio está ligado à International Trombone Association (ITA) e inclui na programação a BoneWeek Goiânia, dentro do calendário da International Trombone Week (ITW), realizada simultaneamente em vários países com objetivo de congregar trombonistas amadores e profissionais, além de divulgar e desenvolver o instrumento.
Serviço:
Evento: IV Simpósio de Trombones do Estado de Goiás/BoneWeek Goiânia
Data: de 3 a 7 de abril de 2017
Locais: vários (ver programação)
Entrada franca
Site oficial: http://trombone8.wixsite.com/boneweekgoiania/
Facebook: https://www.facebook.com/boneweekgoiania/
Programação completa
● 3 de abril – segunda-feira
19 horas – Teatro Goiânia - Concerto de abertura com participação de Corporação Musical Cemadipe, Banda Marcial C.E. Jose Lobo, Banda Marcial CPMG Ayrton Senna, Grupo Heróis de Botequim e professores de trombone.
● 4 de abril – terça-feira
15 horas – IFG - Masterclasses
18 horas – Teatro IFG - Concerto de música de câmara com professores locais
● 5 de abril – quarta-feira
15 horas – Centro Cultural UFG - Masterclasses com professores convidados
18 horas – Centro Cultural UFG - Concerto com professores convidados
● 6 de abril – quinta-feira
9 horas – EMAC/UFG (Praça Universitária) - Masterclasses avançados com professores convidados
14h30 – CPMG Ayrton Senna - Masterclasses
● 7 de abril – sexta-feira
9 horas – EMAC/UFG (Praça Universitária) - Masterclasses avançados com professores convidados
14h30 – IFG - Masterclasses com professores convidados
18 horas – Teatro IFG - Concerto de encerramento com Banda Sinfônica Jovem de Goiás e Banda Sinfônica do Estado de Goiás

Disputa por espaço em um universo nem sempre leal e ético, mas que conquistou jovens de todo o Brasil e parece se consolidar ainda mais nos últimos oito anos

Canção de letra mais forte do disco Princesa, música de 6 minutos e 38 segundos é representada em bom roteiro de Bruno Alves, Pedro Ferrarezzi e Salma Jô

[caption id="attachment_85658" align="aligncenter" width="620"] Tom Jobim, gênio da música não apenas brasileira, mas internacional, faria 90 anos neste 25 de janeiro | Foto: Otto Stupakoff[/caption]
Nesta quarta-feira, 25 de janeiro de 2017, o músico Antônio Carlos (“Tom”) Jobim completaria 90 anos de idade. Para celebrar a data, segue abaixo cinco vídeos do grande músico em momentos de descontração, junto a amigos e parceiros de composição, como Chico Buarque e Vinícius de Moraes.
“Eu quase que me cortei”
Diz Tom, ao lado de Vinícius de Moraes, ambos já “pra lá de Bagdá”, que quase se cortou na ocasião em que sua esposa quebrou duas garrafas de whisky, na pia, diante dele. Detalhe: repare nos dois amigos cantando (ou melhor, tentando cantar) a música “Pela luz dos olhos teus”...
https://www.youtube.com/watch?v=A6MfF4v9ZD0&w=640&h=360
“Chama o Tomzinho pra ajudar…”
Durante a festa de entrega dos prêmios do Festival Internacional da Canção, de 1968, vencido pela dupla Tom Jobim e Chico Buarque, com a música “Sabiá”, Chico, entrevistado por Nelson Mota, diz que está um tanto atordoado e diz: “Chama o Tomzinho para ajudar”. Tom, além de parceiro de composição, era também parceiro de copos de Chico, como podemos perceber no vídeo.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=4hyKYhn59b4&w=640&h=360]
“É pau, é pedra…”
Aqui, Tom e Elis Regina, gravando “Águas de Março”, em meados da década de 1970, em clima de total descontração.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=E1tOV7y94DY&w=640&h=360]
“Aqui está um marco da música brasileira...”
Tom Jobim foi recebido na Escolinha do Professor Raimundo, em 20 de novembro de 1993, e fez piada com o fato de fumar charuto (“Esse charuto é de alface, para não poluir”) e com os títulos de suas músicas — que acabam se tornando respostas para questões sobre política, formuladas pelo personagem de Chico Anysio.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SclxJjRQ-xA&w=640&h=360]
“Que é para o rock não entrar...”
Mais uma vez com Chico Buarque, Tom, além de tecer elogios ao parceiro, fala também de detalhes de sua vida familiar e acaba revelando que “não é contra o Rock’n Roll”, mas “já mandou fazer um estúdio”, para o “rock não entrar”...
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=JNafHwjJfBU&w=640&h=360]

Atomic Winter, Carne Doce, Boogarins, Overfuzz, Luziluzia e Black Lines lançaram clipes, discos, EPs e foram incluídas em coletânea internacional

Com exuberantes roupas e sensuais coreografias, o trio de rostos pintados formado em 1970 é um dos maiores nomes da MPB e segue para sempre inesquecível

Já há alguns meses o Opção Cultural divulga a Playlist Opção, que reúne as canções mais escutadas pela equipe do jornal durante a semana. E tem muito som bom nesta edição. Bora dar play? 4 Non Blondes - What's Up Bruce Springsteen – You Never Can Tell Diesel – Burn My Hand Green Day – American Idiot Kings Of Leon – Find Me Lemony Snicket – That's Not How the Story Goes Nick Carter – Do I Have To Cry For You Elton John & Axl Rose – Bohemian Rhapsody The Chainsmokers – Paris

Carne Doce, uma das melhores bandas goianas dos últimos tempos, lançou um novo clipe nesta quarta, 18. Trata-se de "Sublime", música do álbum lançado no fim do ano passado, "Princesa". A música, que é umas das mais serenas do álbum, ganhou o talvez mais sublime clipe da banda. [relacionadas artigos="73615"] No clipe, aparecem Salma Jô e Macloys Aquino, casal que deu origem à banda. Debaixo de um chuveiro, os dois interpretam a música, que fala justamente sobre um relacionamento. E tudo acontece de maneira muito formidável. A banda divulgou o clipe em sua página no Facebook, agradecendo à equipe: "ÊI-LO; essa coisa linda que é esse clipe, desde que o Benedito Ferreira nos mostrou a ideia já gostamos. Bene, nosso diretor, Larry Sullivan, Carol Breviglieri e Micael Vieira Bispo, com produção do Estúdio BÃO, os nossos agradecimentos a vocês que souberam traduzir tão bem nossa canção mais gracinha!" Veja: https://www.youtube.com/watch?v=_a75WXaCSOw

A Playlist Opção reúne as músicas mais escutadas por nossa equipe durante a semana, e já adianto que tem muito som do bom. Segue a lista. É só dar play! Belchior – Fotografia 3x4 Chris Cornell – Sunshower Gonzaguinha - Grito de Alerta Pabllo Vittar feat. Diplo – Então Vai Pearl Jam – Soldier of Love R.E.M. – Imitation Of Life Stryper – Yahweh Ventre – Carnaval

O primeiro final de semana do ano começa acompanhado do bom som da Playlist Opção, que reúne as canções mais escutadas pela nossa equipe. Bora dar play? Ed Sheeran – Shape Of You Madame Saatan – Devorados MC Beijinho – Me Libera Nega Megadeth – Hangar 18 Metallica – Fade to Black Sia – Move Your Body Simone & Simaria – Loka ft. Anitta The Beatles – Revolution Thin Lizzy – Cowboy Song