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Nigerianas sequestradas em junho pelo Boko Haram conseguem fugir

Jovens e crianças escaparam quando os rebeldes islâmicos saíram para mais um ataque. Outras 200 pessoas seguem em domínio do grupo, acusado de estupro e recrutamento de crianças

Funcionário do serviço de inteligência alemão é preso suspeito de passar informações para os EUA

Um alemão de 31 anos, cujo nome não foi revelado, funcionário do Serviço Federal de Inteligência (BND, sigla alemã) do país europeu foi preso nesta semana acusado de espionagem para os Estados Unidos da América. A imprensa informou que o suspeito teria passado informações de uma comissão da Alemanha que investiga ações de agência de inteligência de outros países, entre eles os EUA. O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse que a chanceler Angela Merkel conversou com o presidente Barack Obama por telefone na última quinta-feira (3/7). O porta-voz não confirmou se o caso de espionagem foi mencionado na ligação. Um jornal alemão publicou que o homem foi preso inicialmente por suspeita de espionagem para a Rússia. Citando fontes governamentais não identificadas, o veículo de comunicação disse que o funcionário do serviço de inteligência, ao ser preso, admitiu que foi abordado várias vezes por agentes norte-americanos, e que passou informações ao menos uma vez. O gabinete do procurador-geral confirmou a prisão do homem, mas não divulgou maiores detalhes. A ordem de prisão veio somente um dia depois que dois americanos, que já trabalharam para a Agência Nacional de Segurança, testemunharam para o parlamento alemão sobre o monitoramento de dados eletrônicos dos Estados Unidos. Em outubro do ano passado, as relações entre Washington e Berlim sofreu um choque, quando se tornou claro que um celular usado por Merkel havia sido grampeado, quando foi revelado vasto sistema de espionagem dos EUA. A prisão do alemão foi divulgada um dia depois de um estudante de 27 anos ser o primeiro cidadão alemão identificado por ser espionado pela Agência Nacional de Segurança (NSA). Ele estava sendo espionado porque usava um programa de criptografia que permite que o usuário permaneça anônimo.

Ucrânia: Rússia vai contestar sanções impostas pelos Estados Unidos

A Rússia vai contestar, na Organização Mundial do Comércio (OMC), as sanções impostas a Moscou pelos Estados Unidos devido à crise na Ucrânia, anunciou hoje (20) o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev. "Os Estados Unidos aplicaram sanções contra a Rússia que vão ter consequências negativas para o comércio externo. Decidimos contestar essas sanções na OMC", declarou Medvedev durante um fórum internacional em São Petersburgo, transmitido pela televisão. O chefe do governo russo considerou que o procedimento não será "simples, porque os Estados Unidos dominam a OMC". Membro da OMC desde o verão de 2012, a Rússia deu já início a vários procedimentos contra a União Europeia, mas nenhum contra os EUA. Os EUA impuseram várias sanções que visam diretamente a personalidades russas e ucranianas e empresas próximas do poder russo, desde o início da crise e da anexação da Crimeia (península da Ucrânia). Medvedev acrescentou que esse procedimento "permitiria avaliar a imparcialidade e objetividade" da OMC.

China proíbe jornalistas de fazerem “trabalhos críticos” sem autorização prévia

Autoridades chinesas têm controlado informação censurando meios de comunicação e redes sociais online. Recentemente, foi lançado uma forte ofensiva contra “rumores online"

Hillary Clinton: Minha família saiu falida da Casa Branca

Segundo a esposa do ex-presidente Bill Clinton, sua família tinha uma dívida entre US$ 2,28 milhões e US$ 10,6 milhões quando deixou a Casa Branca Hillary Clinton, ex-primeira dama dos Estados Unidos da América disse em entrevista a uma rede de televisão nessa segunda-feira (9/6), que sua família saiu inteiramente falida e com dívidas quando deixou a residência oficial da presidência norte-americana. [caption id="attachment_6655" align="alignleft" width="266"]Untitled-1 Hillary foi a 67ª Secretária de Estado dos Estados Unidos, servindo no governo do presidente estadunidense Barack Obama | Foto: Divulgação[/caption] A família Clinton chegou à Casa Branca em 1993. Bill Clinton, esposo de Hillary Clinton, foi presidente por dois mandatos seguidos. Os Clinton’s deixaram o governo no final de 2001. "Deixamos a Casa Branca não só falidos, mas com muitas dívidas. Não tínhamos dinheiro quando chegamos lá e custamos para reunir os recursos para as hipotecas, as casas, a educação de Chelsea (sua filha única). Não foi fácil", admitiu a ex-primeira dama. Quando deixou a Casa Branca, a família tinha uma dívida estimada entre US$ 2,28 milhões e US$ 10,6 milhões, segundo dados da emissora CNN. Para se restabelecer, ela e o marido começaram a cobrar por palestras e conferências. Nesta terça-feira (10/6) Hillary lança seu novo livro “Decisões Difíceis”. Nesta semana a ex-primeira dama viajará pelos Estados Unidos para divulgar o material de memórias, no qual conta seus anos à frente das relações exteriores do país. [caption id="attachment_6656" align="alignleft" width="630"]No livro, Hard Choices, lançado nesta terça-feira (10/6), Hillary Clinton, elogia trabalho de Dilma Rousseff em manifestações de junho de 2013, como um "exemplo de democracia" | Foto: Divulgação No livro, Hard Choices, lançado nesta terça-feira (10/6), Hillary Clinton, elogia trabalho de Dilma Rousseff em manifestações de junho de 2013, como um "exemplo de democracia" | Foto: Divulgação[/caption] Hillary elogia no livro a forma como a presidente  Dilma Rousseff  tratou os protestos do ano passado. Para a ex-primeira dama, Rousseff é uma governante que respeita a democracia. “Em vez de desprezar ou bater e prender manifestantes, como fizeram muitos outros países, incluindo a Venezuela, Dilma se juntou a eles, reconheceu as suas preocupações e pediu que trabalhassem com o governo para resolver os problemas”, afirmou.

Rússia, Ucrânia e União Europeia voltam a negociar solução para crise do gás

A Rússia e a Ucrânia se reunirão novamente na próxima segunda-feira (9/6) com a União Europeia (UE) para encontrar uma solução para o conflito em torno do preço do gás russo, que ameaça o abastecimento da Europa. Um porta-voz do ministério da Energia russo confirmou hoje às agências locais que as três partes vão se reunir em Bruxelas na véspera do fim do prazo dado pela Gazprom, empresa russa de gás, à Ucrânia para o pagamento da dívida, antes do corte do abastecimento. Será a quinta reunião ministerial em Bruxelas, mas até agora Moscou e Kiev não cederam nas exigências sobre o pagamento de dívidas e a revisão das taxas de gás, respectivamente. Na última reunião, no dia 2 de junho, os dois países chegaram a lançar as bases para um novo plano de pagamento das dívidas da Ucrânia e um método para a fixação do preço do gás russo, de acordo com o comissário europeu para a Energia, Günther Oettinger. A Gazprom estendeu até 10 de junho o prazo para o corte do abastecimento energético à Ucrânia, depois de Kiev ter pago as dívidas relativas a fevereiro e março, num total de 786 milhões dólares. A Ucrânia ainda deve 1,45 milhão de dólares, relativos aos meses de novembro, dezembro e janeiro, além da fatura de maio para evitar a introdução do pagamento antecipado, o que incluiria a interrupção do abastecimento. A Naftogaz, estatal ucraniana de gás, propôs à Gazprom a revisão do contrato de fornecimento celebrado entre as duas empresas, em 2009, com o objetivo de estabelecer novos parâmetros de preços, volumes e condições de venda. Kiev exige a volta do preço de 268 dólares por 1 mil metros cúbicos, que pagava até a deposição do Presidente Víktor Yanukóvich em fevereiro. Já a Rússia insiste que o atual preço de mercado para a Ucrânia é de 485 dólares. A União Europeia propõe um preço intermediário, de cerca de 350 dólares por mil metros cúbicos, o mesmo pago por outros clientes europeus da Gazprom. O novo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que o país quer a “independência energética” e não vai pagar “preços loucos” exigidos pela Gazprom. Poroshenko, que tomou posse no último sábado (7/6), lembrou que a Ucrânia assinou um acordo com a Eslováquia para o fornecimento de gás, que atingir o 8 milhões de metros cúbicos. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que este fornecimento não resolverá os problemas da Ucrânia e que, se ocorrer uma violação do contrato com Moscovo será obrigado a cortar o gás, afetando também a União Europeia. O bloco europeu está particularmente interessado na resolução deste conflito, uma vez que importa 40% do seu gás da Rússia e metade deste total chega ao território europeu por gasodutos ucranianos.

Governo norte-americano quer reduzir emissões poluentes em 30% até 2030

O governo de Barack Obama anunciou, nessa segunda-feira (2), um plano para reduzir as emissões de carbono em cerca de 30% até 2030 nas centrais termoelétricas do país. Com a proposta, o governo espera  “liderar” as negociações internacionais sobre o tema. A proposta, apresentada pela Agência de Proteção do Meio Ambiente e que não terá início, pelo menos, até junho de 2016, toma como referência os níveis de 2005 e procura dar flexibilidade aos estados para alcançar esse objetivo. “Isso é como se conseguíssemos eliminar a contaminação anual de carbono de dois terços dos automóveis e caminhões dos Estados Unidos”, disse Gina McCarthy, diretora da agência, ao anunciar o plano. O documento, considerado peça-chave da agenda de Obama contra as alterações climáticas, conta com a oposição de grande parte da ala republicana do Congresso, a indústria do carvão e a Câmara de Comércio dos Estados Unidos. “Como resultado desse plano, as faturas de eletricidade irão baixar de preço à medida que esses padrões atraiam investimento em eficiência energética e no corte de resíduos; e, possivelmente, poupar dinheiro nas casas e nas empresas”, defendeu Barack Obama em conversa telefônica com grupos de saúde pública. Para facilitar a aplicação do plano, o governo dos Estados Unidos procurou dar flexibilidade aos estados, que em vez de encerrarem imediatamente as centrais termoelétricas, consideradas as mais poluentes, podem, por exemplo, aumentar a sua produção em energias renováveis ou permutar autorizações de poluição com outros estados. Segundo Gina McCarthy, a chave para que o plano funcione é que a meta de cada estado seja ajustada às suas próprias circunstâncias, e os estados podem alcançar os objetivos da melhor forma. Cerca de 40% da poluição nos Estados Unidos é oriunda das centrais de energia, e a norma vai regular as emissões de carbono em centenas de centrais, entre elas 600 alimentadas a carvão.

Rei Juan Carlos anuncia que vai deixar o trono espanhol

O rei Juan Carlos anunciou a intenção de renunciar ao trono e abrir o processo de sucessão, informou hoje o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy. “Sua majestade, o rei, acaba de comunicar-me a sua vontade de renunciar ao trono e abrir o processo sucessório. Os motivos que levaram o rei a tomar esta decisão é algo que sua majestade quer comunicar pessoalmente a todos os espanhóis ainda hoje de manhã”, acrescentou Rajoy. [caption id="attachment_5899" align="alignright" width="620"]Dilma Rousseff durante encontro com Juan Carlos I no Palácio do Planalto em 2012) | Foto:  Roberto Stuckert Dilma Rousseff durante encontro com Juan Carlos I no Palácio do Planalto em 2012 | Foto: Roberto Stuckert[/caption] O chefe do governo espanhol disse que encontrou o rei "convencido de que este é o melhor momento para produzir esta mudança (…) e ceder a coroa ao príncipe das Astúrias”. Numa declaração institucional inesperada, anunciada hoje de manhã, Mariano Rajoy disse ter sido contactado pelo monarca espanhol, que o informou que quer abdicar para o seu filho, Felipe de Borbón, que reinará como Felipe VI. “Este processo vai desenvolver-se com plena normalidade, num contexto de estabilidade institucional e como mais uma expressão da maturidade da nossa democracia”, afirmou Rajoy. [caption id="attachment_5900" align="alignleft" width="302"]Foto: Domínio Público Foto: Domínio Público[/caption] O chefe de Governo anunciou a realização de um encontro, nesta terça-feira (3), de um Conselho de Ministros extraordinário para cumprir os trâmites da Constituição, esperando que em breve as Cortes possam proceder à proclamação de Felipe de Borbon como rei de Espanha. “Estou convencido de que os espanhóis saberão escrever esta nova fase da nossa história com maturidade e agradecimento à figura de sua majestada, o rei”, afirmou. Rajoy disse querer “render homenagem a quem durante estes anos encarnou o ponto de encontro de todos os espanhóis e o melhor símbolo da convivência em paz e em liberdade”, tendo sido “o principal impulsionador da democracia, tão rapidamente quanto chegou ao trono que agora abandona”. “Foi o melhor porta-voz e a melhor imagem do reino de Espanha por todos os cantos do mundo e um defensor incansável em defesa dos nossos interesses. Renuncia ao trono uma figura histórica, tão estreitamente vinculada à democracia espanhola que não se pode entender uma sem a outra”, declarou. Para Rajoy, todos os espanhóis ficam com uma “grande dívida de gratidão” ao monarca. O Twitter da Casa Real espanhola publicou às 10h41 (5h41 em Brasília) a informação da abdicação do Rei Juan Carlos, um tweet que uma hora mais tarde, já somava mais de 21 mil retweets e 3,5 mil marcações como favorito. No tweet está também a carta do palácio da Zarzuela (residência real) ao chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, em que se pode ler: "De acordo com os efeitos constitucionais, juntamente com o escrito que leio, assino e entrego ao senhor Presidente do governo neste momento, comunico a minha decisão de abdicar da Coroa de Espanha". Ainda no tweet podem ver-se fotografias do ato, em que se vê a entrega da carta por parte do monarca, e um aperto de mão entre Juan Carlos e Mariano Rajoy.

Snowden diz que recebeu treino de espião e trabalhou para a CIA

O ex-analista de informática Edward Snowden, que em 2013 revelou programas secretos de espionagem em massa, disse, na primeira entrevista a uma televisão dos Estados Unidos, que recebeu treino de espião e trabalhou para a Central de Inteligência norte-americana (CIA) no estrangeiro. [caption id="attachment_5385" align="alignright" width="2000"]Edward Snowden Gives First Interview In Russia Snowden é o autor da maior divulgação de documentos secretos dos últimos anos. | Foto: Domínio Público[/caption] “Fui treinado como espião no sentido tradicional da palavra. Vivi e trabalhei no estrangeiro, encoberto, fingindo que trabalhava em algo que não trabalhav. Inclusive, foi-me atribuído um nome que não era o meu”, disse Snowden à NBC, segundo trechos da entrevista que será divulgada hoje (28). Autor da maior divulgação de documentos secretos dos últimos anos, Snowden falou de sua experiência profissional para rebater as tentativas da administração norte-americana de desvalorizar os seus conhecimentos. “Trabalhei secretamente para a CIA no estrangeiro, trabalhei secretamente para NSA [Agência de Segurança Nacional] no estrangeiro. Trabalhei para as informações militares, como professor na Academia de Contraespionagem, onde desenvolvi as fontes e os métodos para pôr em segurança as nossas informações e os nossos cidadãos nos pontos mais hostis do planeta”, disse o analista, entrevistado em Moscou, onde está exilado desde agosto. “Sou um especialista, um perito. Trabalhei em todos os níveis, do mais baixo ao mais alto. Por isso, quando dizem – o governo – que sou um administrador de sistemas de nível inferior, não sabem do que falam, respondo que isso é um pouco enganador”, acrescentou. Edward Snowden foi acusado nos Estados Unidos de espionagem e roubo de documentos oficiais. Suas revelações sobre programas de escuta em massa de cidadãos norte-americanos, países aliados e organizações nacionais e estrangeiras reabriram o debate sobre espionagem, segurança nacional e direito à privacidade e suscitaram tensões político-diplomáticas com vários países. Leia sobre mais sobre Edward Snowden no link: https://jornalopcao.com.br/colunas/imprensa/livro-sobre-edward-snowden-sugere-que-usar-a-internet-e-falar-ao-telefone-e-como-participar-de-um-grande-comicio

Boca de urna mostra partido de Merkel à frente nas eleições europeias

Pleito acontece desde quinta-feira na União Europeia e envolve 28 países-membros. Eleitores escolher 751 deputados que farão parte do parlamento na próxima legislatura

Militares da Tailândia anunciam golpe de Estado

[caption id="attachment_4754" align="alignleft" width="624"]Foto: AP Foto: AP[/caption] O comandante do exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, anunciou em pronunciamento na TV nesta quinta-feira (22/5) que está tomando o controle do governo para restaurar a ordem e promover reforma políticas no país. O golpe militar aconteceu dois dias após a declaração da Lei Marcial. Depois do anúncio, o chefe do exército pediu que a população permanecesse calma e que continuasse com seus afazeres diários. [relacionadas artigos="4763"] O país sofria com uma crise política há mais de oito meses, com diversos protestos antigovernamentais. O comandante afirmou que a tomada de poder não afetaria as relações internacionais. O exército anunciou, em seguida, que estava enviando tropas para retirar os manifestantes das ruas. "Nós vamos enviar tropas e veículos para ajudar os manifestantes a deixar todos os locais de protesto", disse o general Teerachai Nakwanit, primeiro comandante regional do Exército, à equipe da agência de notícia Reuters.

Fukushima começa a jogar água com baixa radioatividade no mar

A operadora da Central Nuclear de Fukushima, a Tokyo Eletric Powe (Tepco), começou hoje (21) a fazer descargas controladas para o mar de água com baixos índices de radioatividade, método que vai usar regularmente para reduzir a acumulação de líquido contaminado na fábrica. A primeira descarga foi cerca de 560 mil litros, informou a Tepco. A empresa e o governo japonês publicaram o teor de radioatividade detectado em análises feitas por três laboratórios: da Tepco, da Agência Nuclear estatal e privado. Todos estavam abaixo do limite estabelecido pela empresa para descarregar a água, que é entre 60 e 90 vezes mais restrito do que o estipulado na lei do país. A empresa e o Executivo vão publicar os níveis regularmente enquanto durarem as operações. Após meses de intensa negociação, as associações de pescadores de Fukushima acabaram por aceitar a decisão, desde que os níveis de contaminação estejam abaixo dos limites estabelecidos.

Dois terços dos lucros gerados pelo trabalho forçado vêm da exploração sexual

Dois terços dos US$ 150 bilhões anuais de lucros gerados pelo trabalho forçado, ou seja US$ 99 bilhões, provêm da exploração sexual para fins comerciais, enquanto os restantes US$ 51 bilhões resultam da exploração econômica, incluindo o trabalho doméstico (US$ 8 bilhões), a agricultura (US$ 9 bilhões) e outras atividades econômicas (US$ 34 bilhões), como a construção, as indústrias, as minas e os serviços de utilidade pública. Os números baseiam-se em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicados em 2012 e divulgados nessa segunda-feira (19), que estimam em 20,9 milhões o número de pessoas vítimas de trabalho forçado, do tráfico ou da escravidão moderna. Do total, 18,7 milhões estão no setor privado, 26% são crianças e 55% são mulheres ou meninas. Profissionais do sexo, agrícolas ou domésticos, os trabalhadores forçados do setor privado geram US$ 150 bilhões de lucros ilegais por ano em todo o mundo, mostra o levantamento. O trabalho forçado implica um elemento de coação, ou seja, a vítima exerce a atividade sem ter dado consentimento prévio e sem liberdade para deixar de fazê-la, esclarece a OIT, sediada em Genebra. Outra conclusão é que 44% das vítimas migraram dentro ou fora das fronteiras internacionais antes de serem submetidas ao trabalho forçado. Em números absolutos, a região Ásia-Pacífico tem o maior número de trabalhadores forçados (no setor privado e no Estado), com 11,7 milhões de vítimas (56%). Seguem-se a África (18%), a América Latina (9%), os países da Europa Central e do Sudeste e a Comunidade dos Estados Independentes, formada por ex-repúblicas soviéticas (7%), os países desenvolvidos e da União Europeia (7%) e o Oriente Médio (3%). Uma das conclusões do relatório é que existe correlação entre a pobreza dos lares e a maior probabilidade de serem vítimas do trabalho forçado. A OIT conclui também que foi registrado um recuo no trabalho forçado imposto pelo Estado (autoridades públicas, Exército ou forças paramilitares, participação compulsiva em trabalhos públicos e trabalhos forçados na prisão). "Devemos agora focar-nos nos fatores socioeconômicos que deixam as pessoas vulneráveis ao trabalho forçado no setor privado ", disse, em entrevista, Beate Andrees, diretora do Programa de Ação Especial da OIT para Combater o Trabalho Forçado.

Síria registra mais de 162 mil mortos em três anos de conflito

ONG contabilizou que no período de pouco mais de três anos até 17 de maio deste ano, 438 mortos nas fileiras do movimento xiita libanês Hezbollah

Expectativa de vida aumentou 9 anos em países menos desenvolvidos, diz OMS

A expectativa de vida aumentou nos países menos desenvolvidos entre 1990 e 2012, com um crescimento de nove anos, em média, de acordo com as estatísticas anuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicadas hoje (15). Segundo o relatório, a Libéria foi o país que registrou maior aumento desde o início da década de 1990 (de 42 para 62 anos, em 2012), seguida da Etiópia (de 45 para 64 anos), das Maldivas (de 58 para 77 anos) e do Camboja (de 54 para 72 anos). Os dados da OMS destacam também a evolução no Timor-Leste, onde a expectativa média de vida subiu dos 50 para os 66 anos; e Ruanda, dos 48 para os 65 anos. De forma geral, a expectativa média de vida aumentou seis anos em todo o mundo: uma menina nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz, até aos 68. O Japão é o país onde as mulheres têm a maior expectativa de vida (87 anos), seguido de Espanha, Suíça e Singapura (85,1 anos), Itália (85 anos), França (84,9 anos), Austrália e Coreia do Sul (84,6 anos), Luxemburgo (84,1 anos) e, por fim, Portugal (84 anos). Quanto aos homens nascidos em 2012, os islandeses são os que vivem mais (81,2 anos), com a Suíça em segundo lugar (80,7 anos) e depois a Austrália (80,5 anos). Em Israel, Singapura, Nova Zelândia e Itália, a expectativa de vida dos rapazes é 80,2 anos; enquanto no Japão e na Suécia, a expectativa é 80 anos. Por fim, Luxemburgo tinha em 2012 expectativa média de vida para os homens de 79,7 anos. “Uma razão importante que justifica que a expectativa de vida global tenha aumentado tanto é que estão morrendo menos crianças até os 5 anos”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, na apresentação do relatório. A organização alertou, no entanto, que ainda há uma grande diferença entre países pobres e ricos: “as pessoas de países com rendimentos elevados continuam tendo muito mais probabilidades de ter uma vida longa do que as pessoas em países com baixos rendimentos”, explicou. Um rapaz nascido em 2012 em um país desenvolvido pode esperar viver até aos 76 anos, 16 anos a mais do que um rapaz que nasça em um país menos desenvolvido. Quanto às mulheres, a diferença é ainda maior: 19 anos - diferença entre os 82 anos de vida estimados nos países mais ricos e os 63 anos nos países pobres. De modo global, as mulheres vivem mais do que os homens: nos países desenvolvidos, a diferença é de seis anos, enquanto nos menos desenvolvidos é de três anos. “Nos países desenvolvidos, muito do ganho na expectativa de vida deve-se ao sucesso em lidar com doenças não transmissíveis”, informou o diretor do Departamento de Estatísticas de Saúde e de Sistemas de Informação da OMS, Ties Boerma, que acrescentou que “há menos homens e mulheres morrendo antes dos 60 anos devido a doenças cardíacas ou acidente vascular-cerebral”. Por um lado, os países mais desenvolvidos conseguem “monitorar e controlar a tensão arterial elevada” e, por outro, a redução do consumo de tabaco também permite às pessoas viverem mais anos em muitos países.