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Com mais capacidade de agregar, a possível postulante da centro-direita pode ser a principal rival do senador da centro-esquerda

O senador José Antônio Reguffe é o favorito, disparado, na disputa pela vaga do Senado em 2022
[caption id="attachment_202780" align="aligncenter" width="620"] Leila do Vôlei, senadora pelo Distrito Federal | Foto: Reprodução[/caption]
A eleição para governador será disputada daqui a dois anos e nove meses, mas as pesquisas já começam a ser feitas. Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha faz um governo mediano, mas considerado idiossincrático e pouco proativo pelos eleitores. O gestor emedebista é tido como imprevisível e muda de ideia toda hora. Ele seria mais midiático do que um administrador efetivo, um realizador. Talvez por isso a senadora Leila do Vôlei, do PSB, começa a deixá-lo para trás.
Se a eleição fosse realizada hoje, Leila do Vôlei seria eleita com facilidade, deixando Ibaneis Rocha bem para trás. Para piorar a situação do governador, o senador José Antônio Reguffe, do Podemos – e não pertence ao seu grupo político –, aparece disparado para a única vaga do Senado, em 2022. No momento, Reguffe é hors concours. O senador Jorge Kajuru (Cidadania) é peremptório: "Leila e Reguffe vão ser eleitos. As ruas querem".
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José Antônio Reguffe, senador pelo Distrito Federal: favorito para mais um mandato | Foto: Moreira Mariz/Agência Senado[/caption]
Até aliados dizem que Ibaneis Rocha, dado seu estilo trator de esteira, no lugar de aglutinar, de conquistar novos aliados, está perdendo apoio. “A palavra agregar não consta do dicionário político de Ibaneis”, afirma um deputado distrital. “Ibaneis é o típico político de um só mandato”, frisa outro parlamentar. Os dois deputados sublinham que, em Brasília, muita gente já começa a sentir “saudade” do ex-governador Rodrigo Rollemberg – que, ao deixar a gestão, era mal avaliado.
Já Leila do Vôlei é vista como uma política decente e que tem visão para o social. “Ibaneis Rocha, talvez por ser rico, não pensa nos pobres. O social, para ele, praticamente não existe”, diz um deputado. “Leila é mais, por assim dizer, ‘humana’”, acrescenta.

Joe Valle e o presidente do PTB-DF, Alírio Neto, conversaram longamente na tarde de quinta-feira (22/2). Na pauta, a sucessão no Distrito Federal.
Segundo uma fonte, as conversas caminham para desfecho promissor para ambos. A aproximação dos dois incomoda o Buriti, mas incomoda muito mais ao grupo de Jofran Frejat (PR).

[caption id="attachment_88211" align="aligncenter" width="620"] Foto: reprodução[/caption]
Filippelli, raposa velha na política, vendo as chances de Ibaneis Rocha ir por água abaixo, decidiu se unir a Jofran Frejat para derrotar o grupo de Rollemberg nas próximas eleições.
Chegou mesmo a traçar a chapa ideal: Alírio de vice e Fraga para o Senado. O próprio Filippelli disputará uma cadeira na Câmara dos Deputados, levando a tiracolo Izalci e Paulo Octávio.

Por 5 votos a 1, os ministros do TSE rejeitaram na última quinta-feira os embargos de declaração da defesa de Arruda, não havendo mais a possibilidade de recursos nessa instância
Nem mesmo José Roberto Arruda acredita mais que poderá ser candidato a governador do Distrito Federal e seus aliados não querem participar de uma aventura de resultados imprevisíveis. Se puder disputar, o integrante do PR pode encomendar o terno da posse. O problema é que, depois, pode não assumir o mandato. Quem vai investir recursos políticos e financeiros num candidato assim? Nesta semana, os aliados do ex-governador estão articulando uma espécie de movimento “Adeus, Arruda” e preparam o lançamento de outro candidato.
Se dependesse exclusivamente de Arruda, a candidata seria sua mulher — a bela Flávia Carolina Peres, conhecida como Arrudinha. Mas os principais líderes da aliança, como o ex-senador Luiz Estevão e o grupo Roriz, avaliam que Arrudinha não tem experiência política nem administrativa. Por isso, a aliança listou outros nomes, que estão sendo submetidos ao ex-governador. A lista: Jofran Frejat (atual vice de Arruda), do PR, Gim Argello, do PTB, Alberto Fraga, do DEM, e uma filha de Joaquim Roriz (Jaqueline Roriz, do PMN).
Aliados de Arruda não se empolgam com os nomes apresentados. Frisam que Jofran não agrega e não tem densidade eleitoral. Dadas sua riqueza e denúncias, Argello seria um candidato tão vulnerável quanto o governador Agnelo Queiroz (PT). Alberto Fraga pertence ao partido mais desgastado em Brasília, o DEM, ao qual pertencia Arruda. Jaqueline Roriz (foto) é filha de Joaquim Roriz, político que, apesar do desgaste e vários denúncias, ainda tem certo apelo entre os eleitores mais pobres.