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Gaguim recorre a correligionários de outros Estados na tentativa de emplacar lei que impediria candidatura de Amastha | Foto: Divulgação[/caption]
Em política, quando não há fatos, proliferam os factoides, ou seja, aquelas informações que se divulgam ou aceitam como fatos verdadeiros devido a forma como são apresentadas ou repetidas, mas cujo fundamento real é duvidoso.
Um conhecido e popularesco jornal da capital tocantinense publicou nesta última semana, uma “pesquisa” do Instituto Vope, que traz um hipotético cenário para a disputa do governo do Estado do Tocantins e, também, do Senado Federal em 2018, quando estará em disputa, dois terços das vagas.
Segundo aquele semanário, o deputado federal Carlos Gaguim (PTN) possuiria 7% das intenções de voto para governador, aparecendo em quarto lugar e, caso o cargo disputado fosse o de senador, estaria em terceiro lugar, com 9%.
O parlamentar compartilhou e repercutiu a referida pesquisa em suas redes sociais, enfatizando que “obteve um resultado positivo para uma possível candidatura ao Senado”. Já os outros nomes que apareceram na lista permaneceram silentes.
O certo é que nesta linha de raciocínio, resta claro que Gaguim não pretende se reeleger deputado federal. Pelo andar da carruagem, ele almeja uma vaga no Senado da República ou mesmo disputar, novamente, o governo do Tocantins, desde que o cenário se mostre favorável, face a rejeição dos pretensos candidatos que já se apresentaram.
Entretanto, o deputado não é do estilo que aguarda os acontecimentos para ver como é que fica. Gaguim é do tipo que “mexe os pauzinhos”, como diz o adágio popular. A última cartada dele foi o voto favorável, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, pela admissibilidade da polêmica PEC que insere no rol de cargos privativos de brasileiros natos os de senador, governador, vice-governador e de ministro das Relações Exteriores. A matéria foi, inclusive, batizada no Congresso Nacional de “PEC Amastha”, numa referência a um possível ardil para impedir a candidatura do prefeito de Palmas ao Palácio Araguaia ou ao Senado, uma vez que chefe do Executivo palmense, após sua reeleição, se tornou uma “pedra no sapato”.
O parecer pela admissibilidade, de lavra da deputada carioca Soraya Santos (PMDB-RJ), foi aprovado por ampla maioria, com apenas três votos contrários. Gaguim justificou seu votou enfatizando a necessidade da medida para “resguardar a segurança nacional” diante das ações de grupos terroristas, que, segundo ele, têm se intensificado no País e no mundo.
Quando questionado se a PEC não era uma manobra para travar uma possível candidatura de Amastha, o parlamentar saiu pela tangente e disse, em tom sarcástico, que a situação “é fácil de resolver, é só o prefeito renunciar à cidadania colombiana e se tornar um cidadão somente brasileiro”.
É sabido e notório que não é tão simples assim, como o deputado quis levar a crer. Para não parecer tão óbvio qual era o alvo – uma vez que não há nenhum outro político estrangeiro que tenha tamanha intenção de votos, hoje, no país – a PEC foi proposta por um aliado do Maranhão, Hildo Rocha (PMDB-MA), e o parecer de admissibilidade proferido por outra aliada, do Rio de Janeiro, também do PMDB, partido em que Gaguim tem muitos parceiros, vez que sua eleição à Câmara Federal se deu por esta sigla.
Ressalta-se que não é que o deputado federal tocantinense seja o único interessado em alijar Amastha da disputa. Longe disso. Há muitos outros “companheiros” engajados nessa luta, entretanto, Gaguim tem empunhado essa bandeira explicitamente. O parlamentar vem rompendo em duas frentes e, no momento adequado, escolherá a opção menos arriscada, governo ou Senado. Contudo, desde já, atua nos bastidores, com a finalidade de “excluir legalmente” o possível futuro concorrente que, ameaçadoramente, pode contrariar seus interesses. (Dock Jr.)
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O samba do crioulo doido chegou à política de Goiás? Não é bem assim. Política é articulação, em variados sentidos, e por isso soa, por vezes, como confusão e excesso. Quem não articula, em vários níveis, costuma estrumbicar-se. Por isso, quem está de fora, e não consegue compreender as facetas e singularidades da vida política, fica, não raro, com a impressão de que há, mais do que certo delírio, uma loucura coletiva entre os políticos. Trata-se de um engano. O que ocorre de fato é que, a partir de determinado momento, dadas as datas-chaves, como a das convenções, a política acelera-se. Aí, além dos balões de ensaio convencionais — a vida é frequentemente avessa ao planejamento totalizante —, há as jogadas reais. Ao final, assenta-se tudo, ou quase tudo, e prevalece, quase sempre, o bom senso.
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O que se está sugerindo com o arrazoado acima? Que, na impossibilidade de uma aliança do PSDB com o PMDB — porque 2018 está acopladíssimo com 2016 —, o alto tucanato tende a fechar uma aliança com Vanderlan Cardoso, candidato do PSB a prefeito de Goiânia. O PSDB lançará, tudo indica, seu vice — que pode ser tanto Thiago Albernaz, dado ao fato de ser jovem e neto de Nion Albernaz, ex-prefeito da capital (de rara excelência), ou o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira. O deputado estadual Manoel Oliveira também estaria à disposição.
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