Últimos dados do IBGE revelam aumento no PIB goiano
19 novembro 2015 às 18h16
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Em 2013, Produto Interno Bruto de Goiás ultrapassou R$ 151 bilhões, valor que representa um crescimento de 3% em relação ao ano anterior
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Mauro Borges (IMB) divulgaram, nesta quinta-feira (19/11), os dados do Produto Interno Bruto (PIB), em 2013. Goiás, graças principalmente ao aumento da produção industrial e pela diversificação na oferta de serviços, apresentou bom resultado, alcançando um total de R$ 151 bilhões.
Esse valor representa uma alta de 3% na comparação com 2012 (R$ 138,5 bilhões) e coloca Goiás na segunda posição no ranking dos Estados mais ricos do Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 175 bilhões). Nacionalmente, Goiás se consolida como a a 9ª maior economia do País, com um PIB que representa 2,8% de toda a produção brasileira.
Dentro da região Centro-Oeste, o Estado passou a representar 31,2% do PIB total. Para o secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, os resultados mostram o avanço de Goiás em termos de relevância. “O Estado confirmou sua importância dentro do Centro-Oeste e também entre os Estados da Região Norte do País”, disse ele.
Os números divulgados pelo IBGE apontam ainda um aumento na renda per capita no Estado, que passou de R$ 22.509,40, em 2012, para R$ 23.470,48, em 2013 –, em uma alta de 4%.
Por ter ficado acima dos R$ 150 bilhões, o resultado é considerado um excelente desempenho pelo governo, que previa essa ultrapassagem, baseando-se em projeções do próprio Estado, apenas para 2015. A antecipação em dois anos deste resultado é fruto do dinamismo interno da economia goiana e ainda da mudança da base de cálculo do IBGE.
O PIB foi calculado em 2013 conforme nova metodologia adotada pelo Instituto, que leva em conta uma classificação mais detalhada de toda produção e calcula o produto pela ótica da renda. Com isso, o Estado reduziu a distância para o 8° colocado, o Distrito Federal, e aumentou sua vantagem em relação ao 10° colocado, Pernambuco.
A superintendente do IMB, Lillian Maria Silva Prado, disse que o novo posicionamento é fruto de uma economia cada vez mais diversificada e de uma política de Estado voltada para o crescimento do setor produtivo, com a aplicação de garantidores de competitividade, como incentivos fiscais. “O Estado é o principal indutor deste processo de crescimento de produção do mercado”, defendeu.
Atividades
Em 2013, a indústria foi a atividade que se destacou na economia goiana, com crescimento de 4%, seguida do setor de serviços (3%) e da agropecuária (1,3%). A fabricação de produtos alimentícios, como temperos, molho de tomate, óleo de soja e maionese, além de bebidas (cervejas e chopes), que compõem a indústria de transformação, e de etanol e medicamentos teve peso maior no segmento, que cresceu 6,3% em 2013.
A construção avançou 5,8%, embora a atividade de geração e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana tenham recuado 9,5%. No setor de serviços – crescimento de 3% – ditaram o ritmo as atividades de comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas, transportes, armazenagem e correios, intermediação financeira e atividades profissionais, científicas e técnicas, além de administrativas e serviços complementares.
Grande parte da demanda do setor de serviço foi gerada pela atividade industrial. “A reparação de veículos automotores, por exemplo, é um tipo de serviço especializado, cada vez mais demandado pelo avanço da indústria automotiva no Estado”, analisou Lilian.
No PIB de 2013, a agropecuária apresentou desempenho inferior em relação aos demais setores, e também em comparação a anos anteriores, devido a queda na agricultura (-0,6%), por causa da estiagem prolongada, que afetou as lavouras de soja e outros cereais.
Em contrapartida, a produção de cana de açúcar e a pecuária (bovina e aves) cresceram. As exportações goianas caíram 3,7% em 2013, em relação a 2012, bem como as importações (-5,6%). Já a criação de vagas de trabalho no mercado formal (com carteira de trabalho assinada) aumentou 4,9%, acima da média nacional que foi de 3,1%.