Segundo estudo dinamarquês publicado na revista científica JAMA Network, o risco de autismo (TEA, o transtorno do espectro autista) pode ser maior em áreas com mais lítio na água potável. Segundo os especialistas, mulheres grávidas que beberam essas águas carregadas com a substância química mostraram um risco aumentado em até 50% de seus filhos serem diagnosticados com autismo.

O lítio é um metal alcalino que pode ser encontrado naturalmente em alguns alimentos e águas subterrâneas, usado em baterias, graxa e condicionadores de ar. Atualmente é usado em uma variedade de medicamentos devido aos seus efeitos estabilizadores do humor e uso no tratamento de mania.

Eventualmente, é prescrito para depressão e transtorno bipolar, mas as recomendações atuais afirmam que as pessoas que estão grávidas ou planejam engravidar não devem tomar lítio, pois pode aumentar a probabilidade de aborto espontâneo e anomalias no nascimento.

Os especialistas, entretanto, pedem cautela ao interpretar os dados e afirmam que estudos mais minuciosos precisam ser feitos para afirmar com veemência que o risco de autismo desses bebês está associado a níveis de lítio nas águas, pois os diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) variam muito.