Docente tentou convencer menina de apenas dez anos a apagar mensagens que o incriminavam

Um professor da rede estadual de ensino foi condenado a 13 anos prisão por abusar sexualmente de uma aluna de apenas 10 anos, na cidade de Jaupaci (a 200 km da capital).

Segundo a decisão do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, o docente teria marcado um encontro com a criança e alguns amigos em um pit dog da cidade. Na ocasião, ele combinou com a menor para se encontrarem, posteriormente, em uma casa abandonada próximo a uma igreja, local onde cometeu o crime.

Após o ocorrido, eles se comunicaram por meio de mensagens no aplicativo WhatsApp e a menina contou a uma amiga que havia sido abusada pelo professor. Apesar de a irmã ter ficado sabendo, a mãe da vítima só descobriu quando leu a conversa no celular da filha. Com isso, ela procurou o Conselho Tutelar e a delegacia da cidade e o denunciou.

Ainda segundo o processo, a menina não era aluna do acusado, ele lecionava em uma escola da rede estadual, enquanto ela estudava em escola municipal. Ao ser interrogado em juízo, o professor negou os fatos e disse que não conhecia a criança.

Ao analisar o caso, o juiz chamou atenção sobre o comportamento da pessoa pedófila: “Individuo que apresenta distúrbios libidinosos voltados para a prática de atos sexuais com crianças e é mentalmente são, na grande maioria dos casos, sendo normalmente pessoa com vida social aparentemente regular e acima de qualquer suspeita. Em geral, o pedófilo age às espreitas e não deixa transparecer suas preferências sexuais às pessoas com quem convive, sobretudo familiares próximos e colegas de trabalho.”

Marcos Boechat ressaltou que o professor tinha plena consciência da idade da criança e da responsabilidade penal, tanto que tentou convencer a vítima a apagar as mensagens do WhatsApp porque poderia ser preso se alguém descobrisse.

Assim, o professor foi condenado pelo crime de conjunção carnal ou pratica de ato libidinoso com menor de 14 anos.