Prefeitura rebate relatório sobre situação fiscal da capital
20 fevereiro 2020 às 20h55
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Segundo cálculo realizado pela Prefeitura, Goiânia deveria receber nota 8,47, não 4,56 como considerado pela consultoria que realizou pesquisa
A Prefeitura de Goiânia divulgou comunicado, nesta quinta-feira, 20, em que rebate relatório produzido pela consultoria Tendências sobre capitais que chegam no fim do mandato com situação fiscal agradável. O relatório colocou a capital goiana com nota 4,56 considerada fraca dentro da classificação elaborada pela instituição que fez a pesquisa.
O comunicado afirma que a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) teve seu pedido para acesso à memória de cálculo e dados utilizados negado. No entanto, utilizou metodologias estatística de escala, notas ponderadas por indicador e pelo ano, para chegar avaliar as finanças da capital.
Segundo o cálculo feito pela Sefin, Goiânia deveria ter obtido nota 8,47 no ranking nacional das Capitais. Número que é quase o dobro do 4,56 informado pela Tendências. O comunicado diz que a Secretaria identificou um grave erro metodológico na análise dos números da contabilidade pública.
A consultoria Tendências compara exercícios fechados (de janeiro a dezembro) em 2017 e 2018 com dados parciais de 2019. No setor público, conforme argumenta a Sefin, a sazonalidade das receitas e despesas não garante proporcionalidade entre o período avaliado pela consultoria e o exercício inteiro.
Assim, a Sefin diz que solicitará, ainda extra-judicialmente, à Tendências Consultoria Integrada o acesso à memória de cálculo e aos dados utilizados para obtenção do ranking sobre a situação fiscal das Capitais do Brasil. Segundo o comunicado da secretaria, os “resultados são questionáveis e, por isso, a Secretaria de Finanças busca informações seguras quanto ao rigor técnico que embasou os dados divulgados pela consultoria à imprensa nacional”.
Ranking
Segundo o levantamento da Tendências, as prefeituras de Rio Branco, Palmas, Boa Vista, Curitiba, Porto Velho, Vitória, Aracaju e Manaus são as que estão com as contas públicas mais ajustadas entre todas as capitais do país.
As prefeituras receberam notas de 0 a 10 com base em seis indicadores: endividamento; poupança corrente, liquidez, resultado primário, despesa com pessoal e encargos sociais e investimentos. Cada item recebeu um peso diferente e, em seguida, foi feita uma média para cada. O estudo engloba o período de 2017 ao primeiro semestre de 2019.