PGR se manifesta a favor de manter Braga Netto preso
21 dezembro 2024 às 11h46
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta sexta-feira, 20, pela rejeição de um recurso da defesa do general Braga Netto, preso acusado de tentar interferir nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro foi detido pela PF no último dia 14.
A manifestação foi entregue no Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido pela manutenção da detenção do militar. A PGR afirma que as ações para impedir as investigações justificam a continuidade de sua prisão preventiva.
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Paulo Gonet disse que “não cogita” a revogação da prisão. Para a PGR, a medida é essencial para evitar novas interferências nas apurações.
“Somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução”, declarou a instituição.
Braga Netto está sendo indiciado pela polícia pelos crimes de “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, sob pena de 3 a 8 anos de prisão. Além disso, o militar é indiciado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão) e tentativa de golpe de estado (4 a 12 anos de prisão).