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Marcelo Miranda promete choque de gestão nos primeiros dias de governo

Eleito com mais de 51%, contra 44,7% de Sandoval Cardoso (SD), Miranda disse que a prioridade é resolver o que ele chamou de “caos” na saúde

Base governista de Goiás manda 13 deputados federais para Brasília e oposição apenas quatro

Na votação da Câmara Federal deste ano, duas surpresas: a eleição esmagadora do tucano Waldir Soares — chamado delegado Waldir; e a derrota da candidata mais votada das eleições passadas, Iris Araújo (PMDB), prejudicada pelas candidaturas de Daniel Vilela (PMDB) — segundo deputado federal mais votado — e Lucas Vergílio (SD), eleito pelos votos de legenda. A base do governador Marconi, muito devido aos 274.493 votos do delegado Waldir, elegeu 13 dos 17 deputados federais de Goiás. Além de Waldir, foram eleitos, por ordem de votação: Flávia Morais (PDT), Giuseppe Vecci (PSDB), Magda Mofatto (PR), Célio Silveira (PSDB), Alexandre Baldy (PSDB), João Campos (PSDB), Jovair Arantes (PTB), Marcos Abrão (PPS), Heuler Cruvinel (PSD), Roberto Balestra (PP), Fábio Sousa (PSDB) e Thiago Peixoto (PSD). A coligação de Iris Rezende (PMDB) elegeu três: Daniel Vilela, Lucas Vergílio e Pedro Chaves, candidato eleito menos votado (77.877 votos). O PT, que cogitava eleger dois, só conseguiu manter Rubens Otoni, que foi o sexto mais votado, com 115.874 votos — nas eleições passadas, Otoni foi o segundo mais votado, com 171.382 votos. Edward Madureira (PT) obteve 58.865 votos e Olavo Noleto (PT), 35.923. Os quatro mais votados foram: Waldir Soares (PSDB) Casado e pai de três filhos, o paranaense Waldir Soares tem, atualmente, mais do que o título de cidadão honorário goianiense: é, hoje, o deputado eleito com maior votação do Estado (274.625). Ele veio para Goiás em 1999 e logo ganhou espaço tendo como porta de entrada no Estado seu trabalho como delegado da Polícia Civil. Polêmico, Waldir tem forte ligação com a periferia e se considera um “homem do povo”. Sobre o resultado: uma surpresa. As lideranças políticas contavam, até aqui, com a eleição de Waldir, mas não que fosse o mais votado. Sua eleição, diziam os líderes, era pelo fato de que, filiado no PSDB em 2009 para disputar uma cadeira na Câmara Federal, o estreante conseguiu mais de 40 mil votos, o que o deixou como suplente. Nessas condições, o delegado chegou a assumir o mandato e, mesmo que tenha ficado por um breve período, apresentou projetos na Casa. Além disso, o delegado tem uma forte participação nas redes sociais. Apenas no Facebook, sua página tem mais de 320 mil curtidas, mais do que todos os candidatos ao governo o Estado neste ano. Eleito deputado federal, Waldir promete ser polêmico e atuar, sobretudo, na área da segurança pública. Daniel Vilela (PMDB) O segundo deputado federal mais votado por Goiás foi Daniel Vilela (PMDB). Nascido em Jataí, o político fará 32 anos no próximo dia 23 e entra na Câmara Federal como um dos parlamentares mais jovens do País. Em 2009, formou-se em Direito e no mesmo ano deu início à sua carreira político-eletiva como vereador de Goiânia, obtendo, naquelas eleições, 8.380 votos. Em 2010, disputou vaga na Assembleia Legislativa e, novamente, foi eleito, com 36.382 votos. Agora, se elege com 179.214 votos e sai dessas eleições como o mais forte nome do PMDB goiano, podendo visar novos projetos, em 2016 ou 2018. Sobre o resultado: já era esperado. O peemedebista era cogitado, por lideranças de todos os partidos, para ser o mais votado. A especulação que quase virou verdade se dá por alguns motivos: na campanha, além do apoio da força eleitoral do pai, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) e da experiência de seu coordenador de campanha, o primo e deputado federal Leandro Vilela (PMDB), Daniel contou também com um forte apoio financeiro, o que lhe garantiu presença em todas as regiões do Estado. O peemedebista fez uma das campanhas mais organizadas das eleições proporcionais. Flávia Morais (PDT)   Mineira de Belo Horizonte, Flávia Morais foi candidata à reeleição nas eleições deste ano por Goiás. Em 2010, obteve 152.553 votos, sendo a quarta mais votada naquelas eleições. Neste ano, ela teve 159.122 votos, sendo a terceira mais votada. Sobre o resultado: esperava-se que a candidata do PDT fosse bem votada, dada sua capilaridade eleitoral. Da base do governador Marconi Perillo (PSDB), o partido do qual Flávia é líder, o PDT, chegou a cogitar não apoiar o governador. Contudo, decidiu pelo apoio à base devido à estrutura de campanha. Assim, mais uma vez, Flávia vai à Câmara e se cacifa a ser parte importante do possível novo mandato do tucano em Goiás. Giuseppe Vecci (PSDB)   Em quarto lugar veio o tucano Giuseppe Vecci, que, aos 57 anos, conseguiu 120.283 votos. Vecci é economista, especialista em planejamento estratégico. O ex-secretário de planejamento é visto como um técnico e um político qualificado, visto que a ele se atribui a modernidade usada como bandeira de campanha à reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB) nesta campanha. Este é o primeiro cargo eletivo disputado por Vecci, mas ele já está na política há algum tempo: foi secretário de Planejamento nos governos Henrique Santillo (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) — no primeiro e no último; no segundo governo Marconi assumiu a secretaria da Fazenda. Sobre o resultado: Vecci era apontado como um dos grandes favoritos, pois contou com o apoio da máquina governista e com o cacife eleitoral do próprio governador Marconi, que acompanhou de perto seu desenvolvimento eleitoral. O fato de ter pertencido ao primeiro escalão do governo também contribuiu para que Vecci estivesse entre os primeiros nomes, uma vez que sua atuação à frente da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) lhe deu certa visibilidade em muitos dos municípios goianos.

Iris deve procurar Vanderlan e Gomide, diz Agenor Mariano

Vice-prefeito de Goiânia diz que eleitor terá mais tempo para analisar propostas e que segundo turno será um novo processo político O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB) diz que o candidato a governador de Goiás, o peemedebista Iris Rezende, a partir de segunda-feira (6), deve buscar os candidatos derrotados Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT) para possível apoio no segundo-tuno contra o Marconi Perillo (PSDB). Segundo ele, cabe ao líder peemedebista, e não a outro dirigente da sigla, procurar o ex-prefeito de Senador Canedo e de Anápolis. Agenor diz que o partido vai reformular a campanha para aumentar o desempenho eleitoral na segunda etapa do pleito, e que agora, o governadoriável peemedebista contará com o mesmo tempo de televisão do adversário tucano, fator considerado pelos dirigentes iristas como favorável. “O PMDB vai mostrar ao eleitor as vantagens de Iris no programa de televisão e isso vai fazer a diferença.” O vice-prefeito de Goiânia também ressaltou a importância de Caiado como maior cabo eleitoral de Iris no segundo turno. Segundo ele, o líder dos Democratas, que foi eleito com 47,57% dos votos válidos, será fundamental para o convencimento de novos votos. “Caiado vai puxar votos, ele poderá falar com o eleitor quem é Iris e quem é Marconi.”

Base do governador Marconi Perillo elege 28 dos 41 deputados estaduais

Terminada a apuração dos votos para deputado estadual. A base do governador Marconi Perillo (PSDB) elegeu 28 dos 41 deputados, o que dará ao governador, caso eleito, uma grande capacidade de governabilidade. Por ordem de votação: Mané de Oliveira (PSDB), Lincoln Tejota (PSD), José Vitti (PSDB), Henrique Arantes (PTB), Virmondes Cruvinel (PSD), Iso Moreira (PSDB), Marquinho do Privê (PSDB), José Antônio (PTB), Talles Barreto (PTB), Cláudio Meirelles (PR), Álvaro Guimarães (PR), Jean Carlo dos Santos (PHS), Valcenor Braz (PTB), Gustavo Sebba (PSDB), Lêda Borges (PSDB), Diego Sorgatto (PSD), Hélio de Sousa (DEM), Marlúcio Pereira (PTB), Nédio Leite (PSDB), Francisco Júnior (PSD), Lissauer Vieira (PSD), Francisco Oliveira (PHS), Dr. Antônio (PDT), Simeyzon Silveira (PSC), Eliane Pinheiro (PMN), Lucas Calil (PSL), Santana Gomes (PSL) e Sérgio Bravo (Pros). A coligação de Iris Rezende (PMDB) fez oito deputados sendo cinco peemedebistas —Paulo Cezar Martins, Bruno Peixoto, Adib Elias, José Nelto e Ernesto Roller — somado ao anapolino Carlos Antônio (SD), Charles Bento (PRTB) e Isaura Lemos (PC do B). O PT do candidato ao governo Antônio Gomide elegeu quatro deputados: Adriana Accorsi, Humberto Aidar, Renato de Castro, Luís César Bueno. A coligação de Vanderlan Cardoso (PSB) só elegeu Major Araújo (PRP), que foi reeleito com 21.509 votos. Os quatro mais votados foram: Mané de Oliveira (PSDB) [caption id="attachment_17226" align="alignleft" width="2304"]Foto: Fernando Leite Foto: Fernando Leite[/caption] Eleito como deputado mais votado, Manoel de Oliveira — conhecido simplesmente como Mané —, já entra na Assembleia Legislativa cacifado a se tornar presidente da Casa, embora deputados mais experientes, como Hélio de Sousa (DEM) e Francisco de Oliveira (PHS), tenham chances maiores. Com 62.655 votos, o empresário e radialista é conhecido por sua atuação na área esportiva, na qual atua há vários anos. Paulo Cezar Martins (PMDB) [caption id="attachment_17227" align="alignleft" width="2123"]Foto: Fernando Leite Foto: Fernando Leite[/caption] Nascido em Quirinópolis, Paulo Cezar Martins foi candidato à reeleição e é o único peemedebista entre os mais votados à Assembleia Legislativa com 54.629 votos — nas eleições passadas, foi o quarto mais votado com 42.747 votos. O deputado está na Casa desde 2004 e este será o seu quarto mandato. Martins também está no páreo para ser o presidente, visto que, neste ano, chegou a assumir a 1a vice-presidência quando Hélio de Sousa (DEM) passou a ser o presidente. Lincoln Tejota (PSD) [caption id="attachment_17228" align="alignleft" width="2896"]Foto: Fernando Leite Foto: Fernando Leite[/caption] Lincoln Tejota foi o segundo deputado da base do governo mais bem votado, com 45.091 votos. Filho do ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Sebastião Tejota e da ex-deputada estadual Betinha Tejota, o pessedista é o parlamentar mais novo da Casa estadual. José Vitti (PSDB) [caption id="attachment_17229" align="alignleft" width="2896"]Foto: Fernando Leite Foto: Fernando Leite[/caption] xando a base do governador Marconi Perillo (PSDB), José Vitti foi o primeiro deputado estadual a manifestar sua desfiliação da sigla. Vitti foi para o PSDB e com 43.867 votos neste ano, conseguiu uma votação melhor que a passada, quando obteve 35.095 votos. Com o apoio de Marconi, Vitti já era colocado entre os favoritos para conseguir uma vaga na Assembleia Legislativa.

Adib Elias e Ernesto Roller darão muito trabalho a Marconi, se este for reeleito, na Assembleia

[Adib Elias, fênix de Catalão, surpreende até o PMDB] Se for reeleito, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, vai enfrentar dois pesos-pesados da crítica na Assembleia Legislativa: Adib Elias e Ernesto Roller, ambos do PMDB. Os dois peemedebistas são duros — além de experimentados — no combate. Falam bem, são articulados e não têm papa na língua. Até a cúpula do PMDB foi surpreendida com a vitória de Adib Elias, que era apontado como quase morto politicamente. Agora, ressurge como forte candidato a prefeito de Catalão, em 2016. [Ernesto Roller: fortíssimo para prefeito de Formosa] Ernesto Roller enfrentou uma campanha pesada em Formosa — com torpedos e mísseis disparados pelo conselheiro Tião Caroço, do Tribunal de Contas dos Municípios —, mas provou que está vivíssimo e se elegeu. Articulado, conhecedor das filigranas jurídicas, dará trabalho na Assembleia. Em 2016, Ernesto Roller deve disputar a Prefeitura de Formosa. Será muito difícil derrotá-lo.

Deputado federal mais bem votado de Goiás, delegado Waldir diz que vai surpreender a sociedade brasileira

De acordo com ele, o resultado de sua eleição, apesar de expressivo, já era esperado

Prefeito Paulo Garcia mostra que está vivo ao “eleger” Adriana Accorsi para deputada estadual

Quem elege é o povo, mas foi o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), quem bancou a candidatura de Adriana Accorsi para deputada estadual. Procede que a delegada tem seu próprio capital político, mas o petista-chefe deu-lhe uma base ampla na capital. Tanto que ela obteve mais de 40 mil votos e foi a mais bem votada do PT, superando o segundo colocado do partido, o deputado Humberto Aidar, que não chegou a 30 mil votos. Filha do ex-prefeito de Goiânia, Adriana Accorsi é conhecida por sua competência como delegada da Polícia Civil de Goiás, mas também por sua simpatia.

PSD de Rio Verde está em festa com vitória de Heuler Cruvinel e de Lissauer Vieira

O PSD de Rio Verde fez cabelo, barba e bigode ao reeleger o deputado federal Heuler Cruvinel (foto) e eleger Lissuaer Vieira para deputado estadual. Os dois foram apoiados pelo prefeito Juraci Martins, do mesmo partido. Um dos deles devem ser candidato a prefeito do município, em 2016. Para piorar a situação da oposição, Paulo do Valle e José Henrique, candidatos a deputado federal e estadual, foram derrotados. O petista Karlos Cabral, com pouco mais de 15 mil, não foi reeleito. Ele também ser candidato a prefeito em 2016.

PMDB é o partido que mais elege governadores nestas eleições

Partido da base de sustentação da presidente Dilma é a legenda com mais chefes do Executivo estadual, a frente do PSDB com quatro. PT e PSB em três unidades federativas cada um

Marconi Perillo e Iris Rezende no segundo turno novamente

Com 94% dos votos apurados, o resultado já está sacramentado

Mané de Oliveira é o mais bem votado para a Assembleia Legislativa

mané de oliveiraO radialista Mané de Oliveira (PSDB) lidera a disputa para a Assembleia Legislativa de Goiás. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral de Goiás (TRE-GO), o peemedebista tem aproximadamente 62 mil votos. O parlamentar concentra 2% dos votos válidos. Ele é seguido por Paulo Cezar Martins (PMDB), com 54 mil votos, e Lincoln Tejota, com 45 mil.

80% das urnas apuradas: Dilma tem 40% e Aécio 35%

Com cerca de 80% das urnas apuradas, o resultado parcial aponta para segundo turno entre o presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).  Uma diferença de cinco pontos porcentuais separa a petista do tucano. Dilma aparece com cerca de 40% da preferência do eleitorado, seguida por Aécio com 35%. Em terceiro lugar, a ex-senadora Marina Silva (PSB) tem 20%.

Candidata mais votada das últimas eleições, Dona Iris está fora da Câmara Federal

A deputada federal Dona Iris (PMDB) se consagrou como a candidata à Câmara Federal mais votada de Goiás nas eleições passadas com 185.934 votos. Porém, ano que vem Iris estará fora da Câmara Federal, visto que, nestas eleições, teve apenas pouco mais de 60 mil votos. Dona Iris foi prejudicada, como previsto, pelas candidaturas de Daniel Vilela (PMDB) -- que teve quase 175 mil votos -- e Lucas Vergílio (SD) — aproximadamente 75 mil votos. Daniel, por força própria, se elegeu e Lucas, pelo coeficiente eleitoral, também assumirá o lugar do pai, Armando Vergílio (SD), em Brasília. Os dois candidatos invadiram as bases de Iris em Goiânia e região metropolitana.

José Antônio Reguffe é o senador eleito pelo Distrito Federal

Com larga vantagem, José Antônio Reguffe (PDT) é o senador eleito pelo Distrito Federal. Com 91% das urnas apuradas, ele tem 58% dos votos. Em seguida, aparecem Geraldo Magela (PT), com 18.72%; Gim Argello, quase empatado, com 18,62%; Sandra Quezado (PSDB), com 2,68%; Aldemario (Psol), com 1,47%. Os demais candidatos não somaram 1%.

Maior surpresa das eleições até o momento: delegado Waldir é o primeiro deputado federal eleito

Marcos Nunes Carreiro e Thiago Burigato Com 207.405 votos, segundo a última parcial do TRE-GO, o delegado Waldir Soares (PSDB) é a maior surpresa das eleições até o momento. As lideranças políticas contavam, até aqui, com a eleição de Waldir, mas não que fosse o mais votado. Sua eleição, diziam os líderes, era pelo fato de que, filiado no PSDB em 2009 para disputar uma cadeira na Câmara Federal, o estreante conseguiu mais de 40 mil votos, o que o deixou como suplente. Nessas condições, o delegado chegou a assumir o mandato e, mesmo que tenha ficado por um breve período, apresentou projetos na Casa. Assim, casado e pai de três filhos, o paranaense Waldir Soares tem, atualmente, mais do que o título de cidadão honorário goianiense. Uma das armas de Waldir para conseguir se eleger foi sua forte presença na internet. O delegado se considera um estudioso do assunto e, avaliando que a internet chegou com força no Brasil, resolveu investir nela. Em 2010, a principal ferramenta de Waldir nas eleições foi o YouTube. Mas àquela época também foi iniciado um trabalho nas redes sociais, primeiro com o Orkut, depois com o Facebook, rede em que o alcance de Waldir é muito maior. O delegado acredita que ganhou muitos seguidores rapidamente devido às suas postagens verdadeiras, sobretudo em relação à segurança pública. Isso, somado às polêmicas repercussões de seu trabalho como delegado nos meios de comunicação nos últimos anos, fez com que sua presença online fosse alavancada. Prova disso, segundo ele, é que hoje possui mais de 320 mil seguidores na rede. Um número alto. A título de comparação: todos os candidatos ao governo do Estado – Marconi Perillo (PSDB), Iris Rezende (PMDB), Antônio Gomide (PT), Vanderlan Cardoso (PSB), Marta Jane (PCB), Weslei Garcia (PSol) e Alexandre Magalhães (PSDC) –, somam aproximadamente 230 mil curtidas. O número de curtidas no perfil do delegado só é superado se somarmos ao número dos governadoriáveis as curtidas nos perfis dos três principais candidatos ao Senado — Ro­naldo Caiado (DEM), Vil­mar Rocha (PSD) e Marina Sant’Anna (PT) –, que juntos somam 145.740 curtidas. O resultado seria 374.607. Mas se levarmos em consideração que há muitos usuários repetidos em todas as páginas, teremos um número aproximado entre essa soma e as curtidas no perfil de Waldir. Contudo, mesmo tendo um trabalho impressionante nas redes sociais, a internet não representa garantia de voto. Isto é, 320 mil curtidas não significam 320 mil votos. Mas ajudaram bastante, assim como suas andanças pelo Estado. Waldir ´percorreu cerca de 12 mil quilômetros durante o último mês de campanha. Nascido em Jacarezinho (PR), Waldir perdeu o pai logo cedo. Foi trabalhando como zeladora que sua mãe cuidou dos cinco filhos sozinha. Quando os irmãos mais velhos se mudaram para as cidades maiores à procura de melhorar de vida, Waldir e sua irmã mais nova precisaram ajudar no sustento da família. De engraxate a pedreiro, o futuro delegado passou por várias profissões, mas nunca deixou de estudar. “Estudei em escola estadual e percebi que a única forma de ter uma vida mais tranquila era por meio do estudo”, ressalta. Waldir conta que, estudando por conta própria, passou no concurso da Polícia Civil do Paraná, o que lhe garantiu uma leve melhora de vida e possibilitou que continuasse estudando para passar no vestibular de uma universidade pública. “Não tinha condições de pagar por uma faculdade particular, então, quando consegui entrar no curso de Direito na Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), fiquei muito feliz.” Entretanto, durante o curso, houve uma greve na polícia, em que Waldir teve um papel central. Tal atuação lhe custou uma transferência de Jacarezinho para outra cidade no interior do Paraná. “Eu não aceitei a punição e pedi transferência para Curitiba, onde, para terminar o curso, tive que ir para uma universidade particular, a PUC [Ponti­fícia Univer­sidade Cató­lica]”, lembra. Além de ter que pagar para estudar, Waldir perdeu um ano de curso. Formou-se aos 34 anos, “uma idade já avançada, sim, mas formei”. Formado, ele já tinha condições de tentar alcançar seu objetivo principal: o sonho de ser delegado. Conseguiu passar no concurso de Goiás, em 1999. Começou com uma atuação firme no Entorno do Distrito Federal. Passou por Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas de Goiás e Planaltina, cidade que guarda na memória como uma de suas melhores atuações: “Gosto de fazer uma relevância em Planaltina porque, quando cheguei lá, a cadeia tinha 40 presos. Fiquei na cidade por dois anos e deixei a cadeia com 180 presos. A cidade era muito violenta e nossa atuação era pesada”. Desde então, em Goiânia, Waldir fez fama de polêmico. Em sua primeira atuação no comando da região Noroeste da capital, por exemplo, prendeu 22 traficantes, inclusive mulheres grávidas e cadeirantes. Ele também foi o delegado responsável pelo levantamento da situação no Setor Parque Oeste Industrial, a maior invasão urbana do país à época. E foram muitas atuações nesse sentido. Por isso, ele diz que sua história está fortemente vinculada à periferia: “Quando fui investigar o Parque Oeste Industrial eu coloquei uma bermuda e um par de chinelas de dedo. Eu preciso vivenciar as situações. Eu participo das ações. Não sou delegado de gabinete. Como eu posso falar de segurança pública, se eu nunca vivenciei aquilo?”. E esse jeito polêmico de ser não deverá ser deixado de lado. “Tenho me preparado para buscar espaço”, diz ele. “Se preparado como?”, é a pergunta inevitável. E resposta não tarda: “Fiz curso de crime organizado e lavagem de dinheiro no Distrito Federal; qualifiquei-me em inteligência na Abin [Agência Brasileira de Inteligência]; sou especialista em gerenciamento em segurança pública; especialista em direito e processo penal; sou capacitado contra crimes cibernéticos, além de ser o único delegado de Goiás que tem curso de repressão ao crime urbano”.