PNCE, programa do governo federal, promete impulsionar ainda mais mercado de exportações goiano

Por meio de videoconferência nesta quinta-feira, 27, o representante do Ministério da Economia, Vitor Maselli, apresentou ao governador Ronaldo Caiado, secretários estaduais e presidentes de entidades industriais e empresariais do Estado o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE).

Com isso, Goiás se torna um dos primeiros estados a lançar o programa nacional, que tem objetivo de fortalecer a cadeia de exportação, reunindo as melhores estratégias de todas as instituições e assessorando os empresários para que a base exportadora seja estimulada.

Durante discurso, o governador Ronaldo Caiado lembrou que, em Goiás, 79% dos US$799 milhões que entraram no Estado de fora, foram exportações do agronegócio, ou seja US$683 milhões de dólares. “Isso mostra o quanto o setor primário tem tido capacidade de produzir, mas também crescer sua produção, controle e qualidade do produto”, afirmou.

“Mesmo com todo o problema da pandemia, temos hoje 90 empresas que já assinaram protocolos de intenção para instalarem e ampliarem seus negócios em Goiás. Isso significa R$4,1 bilhões em investimentos e 40 mil empregos”, disse o governador.

“Desde que assumimos o governo, estamos criando ambiente extremamente propício para alavancar nossas exportações. Entendemos que pela posição geográfica e investimentos do governo federal, ampliação da BR-153 e abertura da Ferrovia Norte-Sul, internacionalização do aeroporto Santa Genoveva, estamos no caminhos para que Goiás se torne um hub na América Latina”, declarou o vice-governador, Lincoln Tejota, em seu discurso.

“Criamos a Secretaria da Retomada visando não apenas sair do momento de pandemia, mas criar uma resposta. Sabemos que a maior crise ainda está chegando, que é a crise financeira, e precisamos dar uma resposta”, acrescentou.

Programa

Em sua fala, Vitor Maselli explicou aos demais participantes como se deu a concepção do PNCE e falou sobre como o programa funciona. “Foi criado no Ministério da Economia quando se percebeu que no Brasil tinha muitas instituições com soluções próprias que buscavam ajudar o empresário no caminho para internacionalização. Entendemos que era hora de colocar todos os parceiros em uma mesma governança, uma mesma mesa”, falou.

“O objetivo da criação do PNCE é todos trabalharem junto para atender o empresário. Ampliar o número de exportadores brasileiros através da execução dos serviços desses parceiros de forma harmônica e encadeada.
A palavra chave é a parceria, união das instituições que estão trabalhando em prol dos empresários”, ressaltou.

De acordo com ele, a nova metodologia surgiu dentro da Confederação Nacional de Indústria (CNI), em 2017, quando foi desenvolvido uma metodologia moderna e que obteve resultados muito positivos, chamado Rota Global. “Na época o Ministério da Economia trabalhou em conjunto com a CNI na Rota Global. Como se encerraria em 2018, fizemos um novo acordo para expandir para além das federações”, contou.

O PNCE é composto por quatro etapas, sendo a primeira traçar o perfil empresarial, avaliar a maturidade para exportação, elaborar um plano de ação para internacionalização e, por fim, o monitoramento empresarial. A empresa que tiver interesse, se cadastra no site do programa, onde responderá a um questionário e terá sua maturidade avaliada por inteligência artifical. Após isso, o PNCE irá apresentar ao empresário linhas de crédito e soluções para que facilitem o seu caminho para a exportação.

“Ja realizamos um treinamento para capacitar todos os parceiros locais de Goiás, para que todos estejam na mesma página e comecem os atendimentos empresariais. Estamos quase finalizando a matriz de serviço no Estado”, afirmou Vitor.

Micro, pequenas e médias empresas

De acordo com César Rissete, gerente de competitivadade do Sebrae, o maior desafio é incluir mais os pequenos negócios nas exportações. “Apesar de 40% das empresas serem de pequeno porte, o que é exportado equivale a menos de 0,5%. Há um espaço de oportunidade, de inclusão desses pequenos negócios na pauta exportadora. A diversificação da pauta exportadora é importante para esse país”, destacou.

César Moura, titular da Secretaria de Retomada reforçou a fala. “Esse projeto irá nos ajudar a aumentar a exportação das pequenas empresas. Vai nos ajudar a estimular a retomada do nosso Estado”, disse.

Já o presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar, colocou o órgão à disposição do programa. “Temos muito a contribuir no sentido de oferecer linhas de créditos com juros mais baratos para atender esse programa. A GoiásFomento atende todos os setores da economia goiana”, pontuou.. “Temos como trabalhar com as fianças bancárias, podemos custodiar intermediações. teremos muitas ferramentas para ajudar as empresas que participarão desse programa e vamos ampliar nosso saldo da balança comercial.”