Em reunião com o governador, CEO da Baywa afirmou que estudos encomendados pela empresa apontam Goiás como Estado mais vantajoso para instalação de filial no Brasil

Governador se reúne com executivos alemães, em Munique | Foto: Marcos Villas Boas
Governador se reúne com executivos alemães, em Munique | Foto: Marcos Villas Boas

A companhia alemã Baywa, um dos maiores gigantes do agronegócio europeu, manifestou nesta quarta-feira (21/10), durante reunião com o governador Marconi Perillo (PSDB) em Munique, os planos de instalar em Goiás sua primeira unidade no Brasil.

A escolha, segundo afirmou a direção da empresa durante encontro com Marconi e a comitiva do Governo de Goiás na Missão Europa, é resultado de do banco francês Rodobank, que recomendou Goiás como estrategicamente vantajoso para os negócios de importação de grãos, energia solar, tecnologia agrícola e produtividade – todos liderados pela empresa no território alemão.

Na reunião na sede da Baywa, o governador Marconi Perillo reafirmou ao CEO da companhia, Josef Lutz, as vantagens de se investir no Estado “Não viemos somente visita-los, mas para sensibilizá-los sobre as oportunidades que oferecemos em Goiás. Há um grande valor estratégico para se instalar um centro de comércio bilateral no Estado de Goiás”.

O tucano lembrou que já seguiram este caminho grupos importantes do comércio mundial de grãos como Cargil e Dreyfus Commodities que também escolheram Goiás como forma de aumentar sua eficiência e competitividade.

As próximas tratativas para o projeto Baywa em Goiás ficaram marcadas para o mês de fevereiro, quando um grupo de estrategistas da empresa farão visita a Goiás. Os alemães estão interessados em saltar seu domínio sobre o mercado de commodities na Europa de 30 para 40% de toda importação de grãos.

O governador também busca, com a atração da Baywa, um incremento para seu projeto de transformar Goiás no maior produtor de energia renovável do país. A companhia alemã é um grande exportador de tecnologia para produção de energia solar.

O governador impressionou muito os alemães com os dados sobre produção de etanol no Estado, principalmente quando sobre a grande produção de energia elétrica a partir da incineração do bagaço da cana. Todas as destilarias de etanol que praticam a cogeração avaliam investir em energia solar para movimentar suas turbinas que ficam ociosas no período de entressafra.

Marconi mapeou, durante a reunião, a rota da produção de alimentos no Centro-Oeste até a Europa lembrando que metade dos produtos do país saem desta região e que ela agora contará com um “atalho” de mais de 3 mil km através da Ferrovia Norte-Sul.

Produtos que hoje embarcam para a Europa através do Porto de Santos, com grandes dificuldades de logística, passarão direto para os portos do Maranhão – muito mais próximos do continente europeu.