Imprensa
Na quinta-feira, 25, Wilson Silvestre, ex-Jornal Opção, ex-“Diário da Manhã” e ex-“O Popular”, estava sentado em sua cadeira, no palácio do governo de Brasília, quando desmaiou. Os paramédicos conseguiram reanimá-lo depois de cinco minutos. O jornalista está em sua residência, em Brasília, e está bem.
“Tudo indica que tem a ver com medicamentos que tomei para gota. Os paramédicos sugeriram problemas de glicemia. A minha pressão voltou logo ao normal”, contou Wilson Silvestre ao Jornal Opção.
Ana Maria dizia que tudo que era importante para a história e a cultura de Goiás, mas não dava dinheiro, tinha a mão de José Mendonça Teles
O advogado goiano Reinaldo Barreto, curtindo temporada na Paris de Proust, Gide, Gertrude Stein, Joyce e Hemingway, visita, prioritariamente, museus e livrarias (além de vinícolas em outras regiões da França). O que mais o encanta é a livraria Shakespeare and Company, criada por Sylvia Beach (1887-1962) e, depois, gerida pelo americano George Whitman, que, embora não fosse, costumava dizer que era bisneto de Walt Whitman, o grande poeta americano.
Lawrence Durrell, Allen Ginsberg, William Burroughs, Gregory Corso e muitos outros declamaram poemas na livraria. Jeremy Mercer, escritor canadense, chegou a morar nas suas dependências. O resultado é a obra “Um Livro Por Dia — Minha Temporada Parisiense na Shakespeare and Company”, que Reinaldo Barreto devorou num dia, depois de ler “Shakespeare and Companhy”, de Sylvia Beach, e um livro do jornalista Sérgio Augusto, “E Foram Todos Para Paris — Um Guia de Viagem nas Pegadas de Hemingway, Fitzgerald e Cia”, opúsculo devorado numa única tarde.
Por lá também passaram James Joyce, Hemingway, Anäis Nin e Henry Miller. Anäis Nin era amante de Henry Miller, mas também passeou pela cama de George Whitman.
Henry Miller adorava a Shakespeare and Company, “o país das maravilhas dos livros”. Em “Paris É uma Festa”, livro que permanece delicioso, o americano Hemingway escreve sobre a “livraria dos escritores”.
George Whitman pedia aos clientes o que hoje parece impossível — que lessem um livro por dia. Pós-internet, funciona mais sugerir que se leia um livro por mês ou, quem sabe, por ano.
A Shakespeare and Company funcionou em dois endereços, o bairro de Saint-German-des-Prés e, agora, na Rue da la Bûcherie. Sua primeira proprietária, Sylvia Beach bancou a publicação de “Ulysses”, o romance de James Joyce.
Excêntrico, ou descuidado, George Whitman escondia seu dinheiro entre livros ou embaixo de colchões. Larápios sempre entravam na livraria porque sabiam que seria fácil encontrar alguma grana. O beatnik Gregory Corso roubava livros, notadamente os mais raros, para comprar heroína.
Dois lemas da livraria
— Seja gentil com estranhos, pois eles podem ser anjos disfarçados;
— Dê o que pode, pegue o que precisar.
O jornalista trabalhou nas revistas Veja e IstoÉ e no Jornal da Tarde. É autor de livros-reportagem de qualidade
Em 648 páginas, o historiador britânico e professor de Oxford explica e interpreta o que o comunismo fez nos países que dirigiu e sua influência em todo o mundo
Robinho, o ex-craque, arrastou-se em campo, meio parrudo, e só Willian parecia não ter medo da bola
O prosador norte-americano faleceu nos Estados Unidos. Seu último romance, “Tudo Que É”, vai sair pela Companhia das Letras

Morto sob tortura, Milton Soares de Castro era ligado a Brizola, havia sido filiado ao PC do B e decidiu fazer guerrilha na Serra do Caparaó

O historiador britânico sugere que generais alemães não tiveram coragem de contestar Hitler e por isso batalharam nas Ardenas
O professor Sérgio Paulo Moreyra, da Universidade Federal de Goiás (e orientando de Sérgio Buarque de Holanda na USP), consegue ser historiador rigoroso, intérprete posicionado (mas objetivo) e escritor de texto delicioso. Ele está lançando dois livros pela Editora UFG: “Relações de Trabalho no Campo — O Caso da Escravidão Por Dívidas em Goiás” (236 páginas) e “Vida Sertaneja: Aspirações Metropolitanas — Alunos da Universidade de Coimbra Nascidos em Goiás” (235 páginas; a edição é primorosa).
Cuidadosa e criticamente, Sérgio Paulo disseca “a indiferença dos homens públicos de Goiás em relação ao destino do trabalhador ‘livre’. Quase sem exceção, os grandes nomes da política regional se mantiveram indiferentes diante do estratagema e do artifício legal montado pelos patrões contra os camaradas, como de resto se mantinham indiferentes à exclusão social da massa trabalhadora rural”.
Ao fazer o registro do quadro geral, Sérgio Paulo analisa, com rara felicidade, os principais personagens políticos de Goiás na Primeira República. Há personagens interessantíssimos, como o (quase) iluminista João Alves de Castro (pai de Aguinaldo Caiado de Castro, o coronel da FEB que comandou a tomada de Monte Castello na Itália, e bisavô do superintendente de Cultura do governo de Goiás, Aguinaldo Coelho). “Realizou o mais notável governo de Goiás na Primeira República.”
No livro “A Conquista do Brasil — 1500 a 1600” (Planeta do Brasil, 272 páginas), o escritor e jornalista Thales Guaracy torna a história mais viva.
É como se nós estivéssemos vendo os fatos acontecerem — no exato instante em que estão acontecendo — e, mesmo, participando deles. O jornalista pesquisa como historiador e escreve como os melhores escritores.

O historiador Paulo Cesar Araújo não vai republicar a biografia “Roberto Carlos em Detalhes”, para evitar novo conflito com os advogados do Rei.
Vai escrever uma nova biografia, com detalhes novos, quiçá mais picantes, e atualizados. O livro vai sair pela Editora Record.
É provável que, depois do terceiro livro sobre o cantor, o pesquisador terá de frequentar sessões com um psicanalista para livrá-lo da obsessão.

[caption id="attachment_38548" align="aligncenter" width="620"] Neymar treina no Monumental em Santiago para o jogo contra Colômbia | Foto: Rafael Ribeiro / CBF[/caption]
Depois do jogo em que a seleção brasileira foi derrotada pela seleção colombiana na quarta-feira, 17, por 1 a 0, o narrador esportivo Galvão Bueno, ao fazer a pergunta “por que Neymar anda tão nervoso?”, por certo não leu as reportagens “A sujeira do jogo bonito” (título da capa; o interno é “Cartão amarelo para Neymar”) e “Goleada de inconsistências”, da revista “Época”, que também pertence ao Grupo Globo.
A “Época” conta que Neymar (da Silva Santos Jr.) e seu pai, também Neymar, estão sendo investigados pela Receita Federal e pelo Ministério Público Federal no Brasil. Na Espanha, são réus num processo rumoroso.
O jogador e sua família estariam no time dos sonegadores. As “ações do Fisco devem culminar na maior multa já aplicada pela Receita a um esportista” brasileiro. O procurador federal Thiago Lacerda também denuncia o clã Neymar por falsidade ideológica.
A seleção brasileira, deveriam acrescentar Galvão Bueno, Caio e Casagrande, está jogando muito mal não apenas devido à chamada “teoria da neymardependência”. De fato, o time depende da criatividade do craque do Barcelona. Mas o problema central é que, ao contrário do time espanhol — que tem Messi e Suarez —, a seleção brasileira é fraca. Neymar às vezes entrega um diamante para um colega e, adiante, recebe um cascalho.
Depois da saída do diretor de redação Hélio Gurowitz, com a ascensão de João Gabriel de Lima (ex-“Veja”), a “Época” perdeu o ar burocrático e está com matérias mais densas e, ao mesmo tempo, mais criativas. A revista está menos amarga. Jornalismo é uma atividade amarga, ao menos no geral. “Época” está provando que pode ser um pouco mais bem-humorada.
O quadrinista revela que, em agosto, o jornal será publicado com novo formato