O Ministro da Justiça Flávio Dino e o subprocurador Paulo Gonet fazem os últimos contatos com os senadores na esperança de obterem os votos necessários para assumirem os novos postos de trabalho sob a indicação do presidente Lula da Silva (PT). Dino foi indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), e Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Às vésperas de serem sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que acontecerá na próxima quarta-feira, 13, os indicados estão na fase final do chamado beija-mão, ou seja, percorrendo os gabinetes dos 81 senadores e ligações para reforçar o apoio dos parlamentares.

Flávio Dino começou as visitas logo no dia seguinte à sua indicação. Dino já foi ao senado pelo menos quatro vezes nesse período. De acordo com o ministro, foram mais de 50 conversas tanto pessoalmente como por telefone. Dino relata que os encontros com os senadores têm sido como uma mini sabatina. 

“Tenho procurado indistintamente todos os senadores e tenho sido muito bem tratado. Tudo ocorre de acordo com a normalidade. Muitos votos garantidos, outros dizem que vão pensar, e ninguém até agora disse não”, afirmou Dino em 4 de dezembro.

O senador Weverton Rocha (PTD – MA) é o autor do relatório sobre a indicação de Flávio Dino. No parecer do relator, o atual ministro da Justiça nunca se afastou do mudo jurídico, tendo inclusive, quando deputado, apresentado diversos projetos de lei que se transformaram em normas jurídicas. ”

A sabatina acontecerá de forma simultânea, isto é, os dois indicados serão interrogados em bocós, onde vários senadores fazem as perguntas e os sugeridos somente respondem ao término dos questionamentos. A estratégia é diminuir os espaços para investidas da oposição contra a escolha de Flávio Dino.

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