O Ministério Público de Goiás (MP-GO) instaurou um procedimento para investigar crimes de fraude em licitação por parte da Equatorial após a má prestação de serviço nas cidades de Formosa e Cabeceiras. No próximo dia 6 de novembro, o órgão dará início a uma audiência pública onde espera ouvir pelo menos mil moradores que foram prejudicados pelas quedas frequentes de energia nos municípios.

Segundo o documento assinado pelo promotor Douglas Chegury no último sábado, 21, as falhas no fornecimento de energia foram identificadas nos últimos dois meses, sendo quase diárias. O cenário teria provocado prejuízos financeiros e transtornos morais a mais de 100 mil pagantes, contradizendo o acordo firmado entre a empresa e o governo de Goiás, que é o de fornecer energia de qualidade e em quantidade adequada.

No documento, Chegury ainda determina que a Equatorial forneça minuciosas informações a respeito da contratação da empresa, assim como eventuais relatórios elaborados acerca da inadequação do serviço prestado em dez dias. A determinação também se estendeu ao estado, que deve encaminhar, no mesmo período, a cópia do contrato e do procedimento licitatório que resultou na contratação da companhia.

O governo também precisa esclarecer as providências adotadas para a solução do problema diante das reclamações da má prestação de serviço, podendo responder por omissão. 

A audiência será realizada no dia 6 novembro, às 09h, no prédio do MP em Formosa. O órgão informou que busca colher informações e eventuais reclamações e documentos acerca da qualidade do serviço prestado pela empresa fornecedora de energia e prejuízos materiais e morais ocasionados pelas quedas de energia. 

Em nota, a Equatorial Goiás disse ainda não ter sido notificada “sobre o procedimento do Ministério Público e que, assim que o for, tomará as medidas cabíveis”. “Prezando pelo seu valor transparência, reitera que segue aberta ao diálogo com as autoridades e entidades para prestar todos os esclarecimentos necessários”, finalizou.

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