O ministro, Marcelo Queiroga participou nesta segunda-feira, 26, da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado

Comissão Temporária da Covid-19 | Foto: Reprodução/Tv Senado

Durante participação na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado nesta segunda-feira, 26, o  ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ao ser questionado sobre o Plano Nacional de Imunização (PNI), que tem sofrido com as constantes mudanças nos prazos de vacinação estipulados pela própria pasta, que “em nenhum momento” o ministério reduziu as metas de vacinação.

“O que fizemos foi retirar do calendário aquelas vacinas que estavam sem a aprovação da Anvisa, pois entendemos que deveria entrar somente o que já está aprovado pela instância regulatória. Havia, por exemplo, previsão de 20 milhões de doses da  Covaxin, que não obteve o registro ainda, e nós retiramos para não criar uma falsa expectativa na população. Se for autorizada, vamos novamente colocá-la no calendário e, por óbvio, a vacinação vai caminhar mais rápido”, explicou. 

Ainda na sabatina, Queiroga disse que neste momento, o Brasil não precisa de “polêmica” e que é necessário “passar uma mensagem harmônica à sociedade”. Em sua fala, voltou a atacar os governadores e prefeitos.

Segundo Queiroga, o ministério publicará uma nota técnica sobre o atraso na vacinação da segunda dose da CoronaVac. “A aplicação da segunda dose tem sido impedida por governadores e prefeitos e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose”, afirmou durante comissão.

Disponibilidade de vacinas

O ministro reclamou da imprensa, e, além disso defendeu uma melhor comunicação entre os estados e municípios com a União. E que além disso, não há que se comparar o Brasil com Israel e nem com o Chile.

“Pessoas ficam na mídia criticando o tempo inteiro nosso programa de vacinação e já somos o quinto que mais distribui imunizantes. Não há que se comparar com Chile ou Israel, pois o Brasil é um país de dimensões continentais e com grande dificuldade logística. Já temos, por exemplo, 56% da população indígena vacinada”, disse.

Marcelo Queiroga citou ainda o relacionamento com as organizações internacionais, principalmente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e garantiu que a relação é a “melhor possível”.