Divergência entre peritos médicos e INSS deixa 1 milhão de pessoas sem atendimento
18 setembro 2020 às 07h09
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Acusados de compactuar com movimento para barrar retorno dos médicos ao atendimento presencial, membros da cúpula da Subsecretaria da Perícia Médica devem ser exonerados nos próximos dias
A reabertura das agências do INSS gerou um embate entre as instituições do governo e os peritos médicos federais. O impasse prejudica cerca de 1 milhão de brasileiros que aguardam uma perícia para receber seu benefício.
A Associação Nacional dos Peritos (ANMP) não aprova a retomada dos trabalhos presenciais, sob justificativa de falta de condições sanitárias contra a Covid-19, o que o governo nega. Acusados de compactuar com o movimento para barrar o retorno dos médicos ao atendimento presencial, membros da cúpula da Subsecretaria da Perícia Médica devem ser exonerados nos próximos dias. O ponto dos peritos que não voltarem às agências será cortado.
Acesso facilitado
As agências do INSS suspenderam o atendimento presencial desde o início da pandemia. Em razão do momento peculiar, o governo permitiu a concessão antecipada de benefícios como o auxílio-doença e o BPC (pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda) apenas com a apresentação de atestados ou outros documentos. No entanto, muitos brasileiros não tiveram sucesso nesse acesso facilitado.
Cerca de 600 mil pessoas não conseguiram a antecipação do auxílio-doença porque são contribuintes há pouco tempo (e precisariam de perícia) ou por problemas no atestado. Outros 500 mil requerimentos do BPC por deficiência dependem de atendimento presencial, apenas um terço desse contingente conseguiu acessar os recursos antecipadamente.
(Com informações do jornal Estadão)