Presidente anunciou várias medidas para reequilibrar as contas do Estado. Decisão vem após propor aumento de impostos e recriação da CPMF

Presidente Dilma durante o anúncio | Foto: Antônio Cruz / ABr
Presidente Dilma durante o anúncio | Foto: Antônio Cruz / ABr

A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou, na manhã desta sexta-feira (2/10), uma série de medidas para diminuir os gastos do governo federal. Após apresentar proposta de aumento de impostos e recriação da CPMF, a petista decidiu “cortar na própria carne”. Mas nem tanto.

Em vez de extinguir dez ministério, como estava previsto, ela reduziu oito. Fundiu o da Pesca e da Agricultura, que fica sob o comando de Kátia Abreu (PMDB); o Gabinete de Segurança Institucional perdeu o status de ministério, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos foi extinta.

A Secretaria-Geral se uniu à de Relações Institucionais e passa a ser chamada Secretaria de Governo, que vai ser responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional e pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Direitos Humanos, Igualdade Social e Mulher foram unidos e entregues à atual ministra Nilma Lino. Dilma também fundiu o do Trabalho e da Previdência Social.

O segundo passo para diminuir os gastos foi a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios. Além disso, a presidente vai reduzir 20% dos gastos de custeio de contratação de serviço de terceiros. Haverá limite de gastos com telefone, passagens aéreas e viagens.

Um dos pontos que chamou atenção foi a redução do salário dos ministros em 10%. Dilma garantiu que vai revisar todos os contratos de aluguel, prestação de serviços, vigilância, segurança e Tecnologia da Informação. Prometeu, também, rever o uso do patrimônio imobiliários da União.

Por fim, a reforma ministerial vai extinguir 3 mil cargos comissionados no governo federal.

Nomes

Dilma apresentou as mudanças no comando dos ministérios e fez alterações dentro da equipe que já ocupa o primeiro escalão.

Com a fusão da Pesca e da Agricultura, o senador Helder Barbalho (PMDB-PA) é o novo ministro dos Portos. Jacques Wagner (PT-BA) deixa a Defesa, que será dirigida por Aldo Rebelo (PC do B-MG), e vai para a Casa Civil.

Mercadante (PT-SP) assumirá, novamente, o Ministério da Educação e Miguel Rossetto é o novo ministro do Trabalho e Previdência Social.

Dentre os novos nomes que vão compor o governo, estão peemedebistas ligados ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.

Os deputados Celso Pansera e Marcelo Castro, ambos do PMDB, foram escolhidos como ministro da Ciência,Tecnologia e Inovação e da Saúde, respectivamente. Já o pedetista André Figueiredo — ligado aos irmãos Gomes do Ceará — é o novo ministro das Comunicações