O deputado federal bolsonarista e presidente do Proarmas, Marcos Pollon (PL- MS), fez duras críticas à nova lei antiarmas anunciada pelo governo federal. Pollon chamou de “decreto da calamidade” as novas regras para o cidadão ter acesso a armas de fogo no Brasil. O deputado espera conseguir apoio no Congresso para derrubar o decreto.

“Tem um lado que nos dá esperança, o governo foi com muita sede ao pote promovendo mudanças drásticas. Todos nós entendemos que o mais razoável seria um decreto baseado no que existia durante o governo de Dilma Rousseff, mas o Lula vem e faz mudanças que desagradam, inclusive muitos deputados. Essas novas medidas praticamente vão extinguir o segmento no país”, disse Pollon em um vídeo.

Segundo o deputado, muitos colegas do Parlamento estão assustados, apesar de alguns deles fazerem parte da base do governo. Além do possível apoio desses congressistas, Pollon acredita que com adesão da bancada do agro, e da Frente Parlamentar da Agropecuária, que de acordo com ele, são as bancadas mais forte no congresso, essas regras poderão cair.

Pollon acredita que a verdadeira intenção do governo, é no futuro criar uma regra que sirva para o confisco de armas de fogo. “Esse decreto é recheado de armadilhas, várias pegadinhas como dificultar a renovação de registros e criar mecanismos para dificultar a posse. Tudo isso com a intenção de confiscar as armas da população”, disse o deputado.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou na sexta-feira, 21, que o governo poderá fazer um programa para recompra de armas, porém, as regras ainda foram definidas. Contudo, o ministro espera que as pessoas entreguem suas armas de forma voluntária, entre tanto, Dino não descartou a possibilidade e a necessidade da criação de regras que obriguem os donos dos equipamentos as entregarem.

Para a deputada federal por Goiás e membro da bancada do agro, Magda Mofatto (Patriotas), existe sim condições para que esse decreto não avance. “Essa lei, essas limitações não podem prosperar de maneira nenhuma, foram conquistas que conseguimos ao longo dos anos e não vamos abrir mão delas“, garante.

Para a deputada federal por Goiás e membro da bancada do agro, Magda Mofatto, existem condições para que o decreto não avance | Foto: Divulgação

Magda assegura que o agro e a Frente Parlamentar da Agropecuária estão unidas contra o decreto. “Já existe uma grande movimentação de deputados inconformados com essa medida autoritária, inclusive eu. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para derrubar esta lei”, ressalta, a deputada.

Deputada de Goiás diz que “população de bem está ajoelhada”

Magda Mofatto reitera que o governo federal trabalha contra a população de bem e a favor dos marginais. “Eles querem desarmar a população, mas, em contrapartida, nada é feito para acabar com a violência e desarmar o bandido. É um governo que dá total apoio para as milícias, para os fora da lei e tirar todo o direito do cidadão trabalhador. Qual é o projeto desse governo para acabar com a criminalidade? Não existe. “

De acordo com a deputada, o governo deu o primeiro passo no sentido de perseguir aqueles que são a favor das armas. “O Lula falou para o ministro da Justiça que é preciso fechar todas os clubes de tiros, então é um passo a passo na intenção de deixar a população totalmente desarmada, porque ele sabe que um povo sem armas, é mais fácil de manipular. É uma população de bem ajoelhada diante do governo”, pontua.

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