De olho em 2016, delegado Waldir diz que mudaria de partido para disputar Prefeitura de Goiânia
06 abril 2015 às 18h54

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Deputado fala que duração de governo de Marconi Perillo gera um desgaste para a base — que para se manter no Palácio em 2018, deve contornar obstáculo em 2016

As articulações para 2016 já começaram há algum tempo. O delegado Waldir, eleito para a Câmara Federal nas últimas eleições, já havia confirmado ao Jornal Opção Online que se fosse tentar um cargo no pleito de 2016, seria para prefeito de Goiânia — cidade em que obteve 178 mil votos.
O deputado disse à reportagem nesta segunda-feira (6/4), que é o principal candidato do PSDB — pelo fato de ter sido o deputado mais bem votado — e que sua preferência continua sendo Goiânia.
Em entrevista, assim como falado pela coluna “Bastidores”, delegado Waldir não descarta a possibilidade de ir para outra legenda para concorrer em Goiânia, caso não haja espaço no PSDB (onde o nome mais lembrado é o de Jayme Rincón).
O deputado, entretanto, é preocupado com a possibilidade de perder o mandato. Por isso, de acordo com ele, precisaria antes descobrir se pode sair do PSDB antes de tomar a decisão. “Mas isso é última possibilidade. Quero me viabilizar dentro do PSDB.”
Waldir fala até da alternativa de obter apoio do governador Marconi Perillo (PSDB) para que a coligação lance duas candidaturas. Neste sentido, PPS é lembrado, quando o delegado explica que poderia ir para a legenda, se obtivesse o aval e apoio do governador e do partido.
Sobre Jayme Rincón, Waldir Soares admite que o presidente da Agetop é um excelente administrador, mas diz que um candidato a prefeito deve ter experiência de urna. “Iris Rezende [PMDB] vai disputar, e ele tem muita experiência. Tem que ser alguém para concorrer de igual para igual.”
O delegado diz esperar que o PSDB respeite pesquisas eleitorais, onde garante que se mantém à frente. “Se em setembro, outubro, eu estiver com índices excelentes, diferentes de outros candidatos, o PSDB tem que respeitar a voz do povo.”
Waldir lembra que se a legenda errar em 2016, vai sair do poder em 2018. As eleições do próximo ano são decisivas para os resultados das majoritárias. Eleger o máximo de prefeitos possível é, portanto, o desejo de todas as grandes legendas que almejam o governo.
Um possível desgaste do governador Marconi Perillo, pelo tempo de gestão, é citado pelo delegado tucano. Conforme Waldir Soares, o governador de Goiás mostra ser um ótimo gestor, mas danos causados pelo tempo no poder são inevitáveis. “E os penalizados por isso são os próximos candidatos da base”, garante.