Apenas 27% dizem que o presidente deve permanecer no cargo. Rejeição ao atual governo chega a 51%

Michel Temer, presidente do Brasil | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Michel Temer, presidente do Brasil pode renunciar? | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Não é só a popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) que derreteu na última pesquisa Datafolha: aumentou, também, o índice de brasileiros que querem a renúncia do peemedebista ainda em 2016 para que haja uma nova eleição direta.

Segundo o instituto, 63% dos entrevistados se mostram favoráveis a realização de um novo pleito, ante 27% que defendem a permanência do peemedebista. 6% se declaram indiferentes e 3% não souberam responder.

A Constituição Federal define que, para que haja uma nova eleição direta, é preciso que os cargos majoritários (neste caso, presidente e vice) deixem (ou sejam impedidos de permanecer) no cargo nos primeiros dois anos do mandato. Ou seja, até o dia 31 de dezembro de 2016: depois disso, o Congresso elege o novo presidente indiretamente.

No questionário, o Datafolha esclarece que expôs resumidamente esse cenário. “Uma situação em que poderia haver eleição antecipada para a Presidência no Brasil seria em caso de renúncia de Michel Temer até o final deste ano. Você é a favor ou contra Michel Temer renunciar até o final do ano para a convocação de uma nova eleição direta para a Presidência da República?”,perguntou o instituto.

A pesquisa, realizada entre 7 e 8 de dezembro, com 2.828 pessoas de 16 anos ou mais, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Rejeição

O governo do presidente Michel Temer (PMDB) é reprovado pela maioria dos brasileiros. Na mais recente pesquisa Datafolha, publicada na Folha de S. Paulo deste domingo (11/12), o índice de rejeição subiu 20 pontos percentuais em comparação a julho.

Para 51% dos entrevistados, a gestão peemedebista é considerada “ruim” ou “péssima”, ante 10% dos que dizem ser “boa” ou “ótima”. Um dos motivos apontados é a frustração com a recuperação econômica e a baixa perspectiva com o futuro do país.