Crise derrubou valor da Celg-D, avalia presidente da Eletrobras
23 agosto 2016 às 16h32

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Em entrevista, Wilson Ferreira reconheceu que preço mínimo para leilão da companhia goiana estava alto
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, disse nesta terça-feira (23/8) que a crise econômica contribuiu para a redução do preço mínimo do leilão da distribuidora goiana Celg-D. Em entrevista ao “O Globo”, o dirigente disse que o valor da companhia estava ligado à perspectiva do crescimento da economia que acabou não acontecendo.
“Tem um conjunto de elementos e variáveis que tem que ser revisto agora. A companhia é excepcional e está em um dos mercados que vai mais levantar. Se ela estiver bem precificada e a gente conseguir ter competição, será ótimo”, avaliou Ferreira à publicação.
O leilão de desestatização da Celg-D, que estava marcado para o último dia 19, acabou sendo cancelado por falta de interessados. Na última semana, fontes parlamentares avaliaram que o preço mínimo da distribuidora deveria cair de R$ 2,8 bilhões para cerca de R$ 2 bilhões.
“Acho que tem que se colocar o preço mínimo que seja atrativo e colocar os caras paras para competir por aquele ativo que está no centro do Brasil”, disse o presidente da Eletrobras nesta terça.
A previsão do Ministério de Minas e Energia é de que o leilão da Celg-D ocorra ainda este ano, provavelmente até o mês de novembro.