Consumo médio de energia reduziu 10% entre os meses de março e abril
19 abril 2020 às 16h28
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Queda é registrada por conta do fechamento de indústrias e comércios, principalmente em setores que apresentavam alta demanda
Caiu em 10% a média de consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) nas três semanas após a implementação de medidas de contenção ao alastramento do novo coronavírus. A queda é em comparação à primeira quinzena de março, de acordo com estudo realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
No Ambiente de Contratação Livre, a redução foi de 14% no período de isolamento, impulsionada pelo baixo consumo nos seis principais setores do mercado livre. No Ambiente de Contratação Regulada, a demanda diminuiu 9%. A queda é menor no ambiente por causa da continuidade do consumo da classe residencial.
Os dados são preliminares e comparam o período entre 18 de março e 10 de abril com as semanas de 1º a 17 de março. O levantamento considera a demanda total do mercado cativo, em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre, que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Não considera apenas os dados de Roraima, não interligado ao sistema elétrico nacional.
Por ramo de atividade, a indústria automotiva e o segmento têxtil lideram as maiores quedas no mercado livre. O setor de veículos teve queda de 53% no período analisado. Já o têxtil apresentou redução de 40%. Em seguida, destaca-se o segmento de serviços, com redução de 34%. Manufaturados reduziram a demanda em 26%, enquanto o setor de minerais não-metálicos e o comércio tiveram queda de 19% e 13%, respectivamente.
Entre os estados, o do Rio Grande do Sul foi o que apresentou a maior queda no consumo de energia desde que as medidas de combate à Covid-19 começaram a vigorar, com redução de 23%. Entre as maiores cinco variações percentuais, também aparece Santa Catarina, com 18%. Alagoas e Paraná empatam com 14% e o Sergipe registrou diminuição de 13%.
São Paulo, que é o estado com maior participação no consumo de energia no país (27%), reduziu sua demanda de 17.935 MW médios para 15.888 MW médios, uma queda de 11%. Entre os estados com as maiores médias de volume consumido de energia também se destacam Paraná (- 9%), Rio de Janeiro (- 7%) e Minas Gerais (-5%). Maranhão e Tocantins foram os únicos que apresentaram aumento no consumo, de 2% e 1%. (Com informações do Estadão)