O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou nesta terça-feira, 9, que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria autorizado o partido a apoiar um projeto de dosimetria de penas, ou seja, a diminuição da penalidade — sem incluir uma anistia ampla aos condenados.

O texto, segundo Sóstenes, visa apenas a redução de penas, sem perdoar ou anistiar de forma irrestrita os condenados por crimes relacionados ao plano de golpe de 8 de janeiro.

A proposta, que já vinha sendo debatida como uma tentativa de recompor parte da base do PL, agora ganha respaldo oficial da liderança da sigla. Caso aprovada, a dosimetria substituiria a ideia de anistia ampla — uma mudança de estratégia com impactos diretos sobre condenados, incluindo Bolsonaro.

A declaração de Sóstenes ocorre em um contexto de forte disputa interna no PL e entre aliados: há parlamentares e grupos que defendem a anistia ampla, enquanto outros apoiam uma abordagem mais moderada, reduzindo penas sem extinguir condenações.

A expectativa agora se volta para os próximos passos no Congresso. A votação do projeto — ou de versões alternativas — deve revelar se a dosimetria, como defendida por Sóstenes, terá força para prevalecer.

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