“A oposição está com o caminho aberto para vencer as eleições”
10 maio 2014 às 08h42
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Analista político prevê consolidação da terceira via, o que pode levar a decisão para o segundo turno. Ele acredita que as oposições estão com a faca e queijo nas mãos para vencer o pleito, mas alerta que Eduardo Siqueira não pode ser considerado “cachorro morto”
Ruy Bucar
O jornalista, radialista e consultor político Melck Aquino afirma que tudo está sendo construído para que o ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB) seja o candidato do governo, mas ele diz ter dúvidas se o projeto vai até o fim. “Acho que todo o projeto está sendo realmente construído para que Eduardo seja o candidato ao governo do Estado, mas veja bem, se a bomba do Igeprev estourar no colo dele, tudo estará perdido”, observa o consultor.
Melck Aquino avalia que a renúncia do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e do seu vice João Oliveira (DEM), que provocou eleição indireta, não alterou em nada o panorama político-eleitoral do Estado. Segundo ele, apenas consolidou a hegemonia siqueirista. “Do ponto de vista da política, acho que só consolidou um projeto hegemônico que existe no Estado coordenado por Eduardo (Siqueira Campos) e que já vem se arrastando há muito tempo”, avalia o jornalista.
Melck diz que não vê o governador Sandoval Cardoso com luz própria para seguir um projeto de poder que não seja como mero cumpridor de ordem, que neste momento é de comandar um projeto político liderado por Eduardo Siqueira Campos.
Sobre a adesão do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, ao governo, afirma que isso não o surpreendeu. “Eu sempre achei que o prefeito acendia uma vela para a oposição e outra para a situação, sempre falei isso, então a aproximação dele ao Sandoval hoje é só um caminho mais simplificado que encontrou para aderir”, ressalta.
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, Melck Aquino traça um panorama do cenário político do Estado, faz uma análise criteriosa da conjuntura atual e de forma contundente declara que as oposições estão com a faca e o queijo na mão para ganhar as eleições, mas alerta que é ilusão acreditar que Eduardo Siqueira Campos é cachorro morto. Melk, que tem experiência em campanhas eleitorais em Goiás, Minas Gerais e Tocantins, abre o verbo e aponta quem é quem no jogo político do Estado. O homem que pensa política 25 horas por dia sabe “mexer o doce”, como costuma brincar.
Qual foi o impacto político no processo eleitoral da renúncia do ex-governador Siqueira Campos e do vice João Oliveira, o que provocou eleição indireta?
A minha expectativa no primeiro momento era que com a resistência de João Oliveira em deixar a vice-governadoria, o governador Siqueira Campos permanecesse no cargo até o final do seu mandato. Acho que houve uma costura muito bem feita do ponto de vista do grupo político do siqueirismo, coordenado pelo ex-secretário Eduardo Siqueira Campos no sentido de viabilizar que João Oliveira renunciasse e assim também Siqueira Campos pudesse renunciar e abrir possibilidade de Eduardo vir a ser o candidato. Do ponto de vista da política acho que só consolidou um projeto hegemônico que existe no Estado, coordenado por Eduardo, e que já vem se arrastando durante muito tempo, o chamado grupo siqueirista, da antiga União do Tocantins, que consolidou esse projeto com alguns deputados noviços. O próprio Sandoval, do ponto de vista da sua história, não veio originalmente desse grupo. Ele vem de um grupo que fazia oposição ao siqueirismo e foi cooptado. Mas o projeto do ponto de vista ideológico, do ponto de vista hegemônico, é o mesmo. Eu não tenho a menor dúvida que Sandoval, pelo próprio discurso que faz de continuidade, tem um perfil um pouco mais aberto ao diálogo, à negociação, à conversação, mas ele não nega em nenhum momento que está cumprindo a missão como parte de um grupo coordenado nesse momento por Eduardo Siqueira.
O candidato em potencial do grupo ainda é Eduardo Siqueira Campos. Mas ele não é um candidato inviável em função do alto índice de rejeição? Neste caso Sandoval pode ser a salvação?
Eduardo é o nome e faço até um paralelo com outra situação política que acompanho, a de Goiás. Se dizia muito que com todo desgaste que passou o governador Marconi Perillo com o caso Cachoeira, e todas as denúncias que surgiram, que ele era um homem acabado, que qualquer um que o enfrentasse ganharia a eleição. E o que se vê hoje em Goiás não é bem isso. Se vê uma oposição dividida, Marconi Perillo com o lançamento de uma série de obras de recuperação de estradas, recuperação de cidades e convênios com os prefeitos, cooptando prefeitos, em negociação com os partidos políticos. Ele é um candidato que se reconstruiu, ainda corre grande risco? Corre, e a mesma coisa vejo aqui no caso do Eduardo. Se for analisar o governo Siqueira Campos e as gestões anteriores dele, não há como negar, esse foi o pior governo realizado até hoje por ele. Até naquela ideia do gerentão, do homem que fazia, que executava mesmo tendo postura de autoritário, chamado inclusive de ditador, era um homem conhecido como bom gerente, tocador de obras. Nem essa figura apareceu nesse último governo. Fora isso, também explodiram alguns escândalos como o do Igeprev, mas nem por isso Eduardo Siqueira Campos e o velho Siqueira podem ser vistos como cachorros mortos, basta ver que eles conseguiram ter a maioria das lideranças na Assembleia Legislativa, ter a maioria das lideranças no Congresso Nacional, com exceção do Senado, e conseguiram trazer alguns prefeitos para o lado deles. Não estão mortos. A oposição tem um campo como nunca teve, um campo fértil para trabalhar, isso é fato, e ela está correndo atrás. O nome do Sandoval me parece uma alternativa, mas eu acho que todo projeto está sendo construído para que Eduardo Siqueira Campos seja o candidato ao governo do Estado. Mas se a bomba do escândalo do Igeprev estourar no colo dele, aí tudo estará perdido. Se vier uma denúncia muito forte nacionalmente, e pode ser que aconteça, então muda tudo. Se isso acontecer eles se tornam inviáveis e a probabilidade de recuperar em curto espaço de tempo, já que eleição é em 5 de outubro, está pertinho. Não daria tempo de recuperar. Aí sim, talvez Sandoval se viabilize como candidato à reeleição.
O sr. citou o caso de Goiás e há um dado importante nessa comparação: lá Marconi, ao sentir o desgaste, reagiu com uma gestão eficiente. Aqui não tem resultado administrativo e o candidato é extremamente frágil em função do alto índice de rejeição. Quem está no governo, mesmo diante desses fatos, tem condição de ser competitivo?
Pelas características do Tocantins tem condições sim. Porque aqui, infelizmente, o poder da máquina, o poder do dinheiro, o poder de negociar a compra de votos ainda é muito forte. O governo Marconi Perillo em Goiás teve um choque de gestão. Mas aqui, que sempre se falou em choque de gestão, quando começou esse governo o próprio secretário Eduardo Siqueira na sua secretaria tinha um ar de modernização, um nome pomposo, que ele trouxe do modelo que o Aécio Neves adotou em Minas Gerais, houve contratação de consultorias especializadas, inclusive de pessoas de Minas, que vieram para realizar esse trabalho, mas isso nunca foi executado, porque não havia interesse efetivo na modernização. Ao contrário, as secretarias passaram a ser mais ainda moeda de negociação, mais ainda politizadas e não técnicas e o desgaste só aumentou. E no fim a gestão acabou sendo coisa do papel, ou seja, tem muita ordem de serviço, muito anúncio de convênios com os prefeitos, mas do ponto de vista efetivo, diferentemente de Goiás, como foi lembrado, a gente não vê essas obras acontecendo de verdade. Então por esse aspecto eu acho que nós vamos ter que assistir um pouco mais até junho o que irá acontecer, porque a continuar assim as oposições estão com a faca e o queijo na mão para ganhar essas eleições.
Sandoval saiu fortalecido, está conseguindo apoio político que Siqueira não conseguia, como o do prefeito Carlos Amastha. Desse ponto de vista a renúncia foi uma jogada interessante que melhorou o cenário da disputa para o governo?
Eu ainda não vejo Sandoval Cardoso — com todo o respeito que eu tenho por ele, que é uma pessoa gentil, que dialoga melhor com a imprensa, com as lideranças — uma estrela com brilho próprio. Eu o vejo como alguém que tem capacidade de cumprir missão e que está provando ser eficiente. É preciso assistir um pouco mais o que teremos pela frente. Com relação ao prefeito Carlos Amastha, me desculpe, mas ele nunca me enganou nesse processo. Eu sempre achei que o prefeito acendia uma vela para a oposição e outra para a situação. Sempre falei isso, então a aproximação dele ao Sandoval hoje é só um caminho mais simplificado que encontrou para fazer essa adesão. Mas eu sempre achei frágil a forma como ele lidava, o próprio discurso da terceira via. Tive a oportunidade de conversar sobre isso com algumas lideranças do PCdoB, do PT, e o que eu falava nessa situação da terceira via é que tinha um pé atrás com o Carlos Amastha, porque ao mesmo tempo em que ele negociava essa chapa de terceira via de oposição, ele estava sentando para conversar com o governo do Estado. Então essa aproximação hoje não me é estranha, se eventualmente, como falei, vier a estourar algum escândalo que prejudique mais ainda a imagem do ex-senador Eduardo Siqueira Campos, e o Sandoval for o nome apontado como candidato ao governo nas eleições de outubro, isso é lógico que para o Amastha facilita um pouco mais para a imagem dele em assumir esse apoio. Mas eu acredito também, que se eventualmente Roberto Pires não se tornar eleitoralmente viável, mesmo sendo o Eduardo Siqueira Campos o candidato, Amastha tende a subir no palanque do governo.
Esse apoio do Amastha seria o pressuposto de que uma candidatura tanto do Sandoval, quando do ex-senador Eduardo Siqueira, o favorece para 2018, já que eles não poderiam ser candidatos à reeleição?
Com certeza. Que o prefeito Carlos Amastha sonha em vir para a disputa em 2018 está muito evidente. Se for o caminho mais fácil, certamente ele o trilhará. Numa outra situação que um candidato de oposição venha a ganhar as eleições e ele esteja apoiando, é mais complicado, mais difícil para ele.
Amastha é um candidato competitivo para 2018, já que é o prefeito da capital e faz uma administração que impressiona no primeiro momento. Seve ser considerado para 2018?
O ano de 2018 ainda está longe. Temos candidatos para avaliar em 2014, uma situação ainda a ser construída e 2018 vai ser resultado de tudo isso. Além do que na política do Tocantins as coisas mudam muito, os amigos de hoje viram os inimigos de amanhã e os inimigos de hoje viram os amigos de amanhã, a dinâmica aqui é assim, então está muito cedo. No ponto de vista da novidade, do discurso, da cidadania, eu diria até que todos nós torcemos para que a administração do Amastha seja vitoriosa e positiva, ganhamos todos nós que moramos aqui. E o fato de ele ter trazido um discurso que rompia com a polarização tradicional, com uma disputa tradicional, oxigenou a política, não há dúvida. Desse ponto de vista simbólico foi extremamente importante. Mas se do ponto de vista da arrecadação ele tem se mostrado um bom arrecadador, do ponto de vista político tem deixado muito a desejar, seja na relação com o parlamento. Seja inclusivve na relação com os setores organizados da sociedade, na perseguição a determinados setores da economia, os pequenos, como as pessoas das vans, dos churrasquinhos, dos pequenos quiosques, que muitas vezes é uma tentativa de modernizar a cidade, mas modernizar meio de goela a baixo, sem discussão e muitas vezes passando por cima da legislação. Basta ver quantos e quantas questões houve de problemas que não envolveram licitações de setores importantes, como é o caso do lixo. Então está muito cedo ainda para saber o que vai dar isso tudo. Me surpreende às vezes conversando com uma pessoa que cuida do jardim da minha casa, com um pedreiro que faz serviço pra mim, com um motorista de táxi, gente que votou no Amastha, o desgaste rápido que ele sofreu perante a população. É um líder importante, que formula politicamente, que sabe articular politicamente, que sabe “mexer o doce”, que sabe se movimentar, que sabe correr atrás de recursos federais como poucos, porém do ponto de vista da relação com a população o desgaste foi muito rápido. Por isso que digo que é cedo para saber se ele chegará forte em 2018. Claro que em todo debate político não dá para desconsiderar a importância do prefeito de uma capital.
Não é contradição do Amastha, que surgiu do confronto com forças tradicionais e agora inexplicavelmente esteja se aliando a elas?
A forma como se construiu a candidatura do Amastha é uma contradição em si, guarda uma contradição no seu embrião. Se for pensar que foi uma candidatura forjada de um partido que tem como uma das grandes estrelas Paulo Maluf, se unindo a um partido como o PCdoB, que tem tradição de luta pela democracia, de luta contra a ditadura, de movimento estudantil. E com apoio de setores do PT, mesmo o PT tendo apoiado naquele primeiro momento a Luana, mas muitos setores desde sempre embarcaram no projeto do Carlos Amastha, e ainda o PPS do Sargento Aragão, o cara que teve um enfrentamento importante com o Siqueira no momento de uma greve dos policiais militares. Isso quer dizer que o próprio embrião da candidatura foi uma contradição do tamanho do mundo, porque não tem nada do ponto de vista ideológico que amarrava aquilo. Então o discurso do novo não tinha matriz ideológica, era sem uma construção de projeto político ideológico. Por isso é difícil querer cobrar nesse momento qualquer coerência ideológica ali. Acho que a forma como construiu a candidatura dele e a postura do Amastha enquanto pessoa e político bebe na fonte do pragmatismo: o que é bom para mim e o que é bom para as pessoas que estão comigo no meu grupo. Pronto, é o pragmatismo puro, simples. E é esse pragmatismo que vai reinar na hora dele optar com quem ficar.
Qual foi o verdadeiro sentido da renúncia do governador?
Existia um grande medo pairando no ar. João Oliveira, apesar de ter mostrado por diversos momentos ser fiel ao siqueirismo, muito pouco antes de ter construído aquela aliança com a Kátia Abreu e com o João Ribeiro, esse falava gatos e lagartos do governador Siqueira Campos e a “fábrica de fofocas”. Até costumo dizer que existem lugares conhecidos como grandes produtores de soja, outros grandes produtores de arroz, outros grandes produtores de carne bovina e o Tocantins é conhecido como grande produtor de fofoca política. Nessa “fábrica de fofoca” até disseram que a briga da senadora Kátia Abreu vom o João Oliveira era uma fachada, espalharam isso, que na verdade ela estava esperando para que o João assumisse o governo e desse o golpe, até isso rolou muito. Eu acho que na hora da renúncia se pensou em tudo e para não correr risco jurídico e político, o arranjo que estava sendo feito com o agora compadre Sandoval acabava sendo um pouco mais seguro, um porto seguro. Por isso que optaram por essa alternativa.
Por uma questão de sobrevivência política Sandoval inevitavelmente terá que se afastar do siqueirismo?
As coisas estão muito amarradinhas. Eu não acompanhei os bastidores do acordo, mas alguma coisa deve estar assegurada para que esse acordo aconteça e aparentemente está tudo muito amarrado. Quem coordena esse processo é uma pessoa que pensa política 25 horas por dia, o Eduardo Siqueira Campos. Então acho difícil que ele consiga levar outro golpe, já que Siqueira e Eduardo não deixaram as coisas muito bem amarradas e consideram que foram golpeados lá atrás, no acordo feito com Brito Miranda e Marcelo Miranda, ainda que se possa fazer outra leitura, e se pode mesmo fazer outra leitura, mas eles consideram assim. Acho que eles não cometeriam esse mesmo erro duas vezes. Agora, é lógico que quem tem a caneta na mão hoje é Sandoval Cardoso. Ele é o governador e tem o poder de demitir, de emitir, de prestigiar um deputado, de prestigiar uma liderança, de desprestigiar outra, isso está na mão dele e ele tem até outubro para fazer isso. Então não sei como as coisas vão se desenrolar e nesse momento, sinceramente, me parece que o Sandoval vai rezar pela cartilha dos Siqueira.
É possível prever o que vai acontecer nestas eleições?
No caso do governo, à exceção de estourar um escândalo muito forte, Eduardo é candidato. No caso das oposições, eu penso que se conseguirem construir duas candidaturas competitivas vai ser importante para forçar um segundo turno. Não vejo possibilidade nenhuma de todos os que se apresentaram como pré-candidatos de oposição estarem juntos num chapão. Isso não vai acontecer. Mas duas candidaturas competitivas vai ser bom para o processo. Há uma incógnita muito grande, depois da grande incógnita de Siqueira sai ou não sai. A grande incógnita na política tocantinense é se Marcelo Miranda se será ou não candidato. Com Marcelo Miranda candidato é uma realidade, sem ele é outra. O mais forte candidato das oposições é Marcelo Mirada. É imbatível? Não é imbatível. Não existe candidato imbatível, mas ele é o mais forte. Podendo ser candidato, muitos dos nomes que foram colocados vão refluir. Ele não podendo ser candidato o campo está aberto. Eu continuo acreditando que a senadora Kátia Abreu não disputará o governo do Estado em hipótese alguma, ela é candidata à reeleição, e aí se o Marcelo não puder ser candidato, vai existir muita disputa. Vai ser de um lado a tentativa de fazer uma chapa alternativa e de outro uma grande disputa de quem será o governador da Kátia, e tem muitos querendo.
A briga interna do PMDB é um problema a mais para as oposições. A postulação de Júnior Coimbra pode ser considerada de oposição?
Não deixa de ter uma relação duvidosa com o governo, mas ele tem relação boa no PMDB nacional e controla os convencionais no Estado. Marcelo não podendo ser candidato, ele vai reivindicar essa possibilidade de ser governador. Neste contexto tem ainda aqueles que realmente batem no peito e se dizem oposição, como Marcelo Lelis, como Roberto Pires, que podem vir a ser o candidato a governador nessa chapa da Kátia, E correndo por fora temos o senador Ataídes, o procurador Mário Lucio Avelar. E mesmo se Marcelo Lelis não se viabilizar por esse caminho, esses três juntos podem fazer uma terceira via alternativa, não aquela que o Amastha apregoava. Se você pegar a viabilidade econômica de uma candidatura do Ataídes com a confiabilidade de uma candidatura de um Mário Lúcio Avelar, do histórico dele de combate à corrupção, de defesa do meio ambiente e tudo mais, e a viabilidade eleitoral que hoje o Marcelo Lelis apresenta em uma pesquisa estadual, em que aparece com 13%, na capital aparece como primeiro colocado e às vezes acima do Marcelo Miranda e outras abaixo, é um candidato eleitoralmente viável. Se esses três conseguirem reunir as condições para poder fazer uma chapa aí sim é competitiva, concorrendo como terceira via viabilizando o segundo turno.