Cogitada para ser Centro Especializado, maternidade de Aparecida passa por crise

08 dezembro 2022 às 20h23

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A Maternidade Marlene Teixeira enfrenta uma nova crise de gestão. A unidade de saúde de Aparecida de Goiânia está funcionando por liminar expedida pela Justiça Federal, em 11 de novembro. Quatro dias antes, no dia 7, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) interditou “eticamente a maternidade”. Na decisão, a entidade alegava que foi constatado “problemas que comprometiam o bom exercício da medicina no local, principalmente a falta de médicos plantonistas em vários dias da semana”.
Nesta semana, pacientes denunciam que a falta de profissionais continua comprometendo o atendimento. Na terça-feira, 6, o Cremego salientou que realizou uma nova vistoria na unidade e “reitera as denúncias de falta de médicos no plantão”.
Ao Jornal Opção, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia informou que a maternidade está funcionando “normalmente, 24h por dia, com três obstetras, um anestesiologista e dois pediatras”. A assessoria de imprensa da pasta afirmou que as gestantes que chegam à unidade “são avaliadas e, dependendo do diagnóstico, se necessário, são encaminhadas para unidade de referência”.
Centro Especializado
Em abril deste ano, a Prefeitura de Aparecida havia anunciado que a maternidade seria transformada em um Centro de Atendimento Especializado à Mulher. Para tanto, deixaria de realizar partos, porém, a mudança ocorreria de “forma gradativa”. Indagada sobre essa decisão, a SMS não respondeu.
Não é de hoje que a maternidade tem sido caso de polêmica e até de polícia. Em 2019, o corpo de um recém-nascido sumiu dentro da unidade e depois foi encontrado junto com resíduos. Em dezembro de 2021, uma mãe registrou uma ocorrência denunciando que o braço do filho foi deslocado durante o parto no local. Em pouco mais de 1 mês, se somaram outros três casos de fraturas em bebês na maternidade.