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Na noite de terça-feira, o vice-presidente Michel Temer, líder do PMDB, discou o número do ramal do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, seu vizinho no Planalto para uma reclamação. “Este tipo de coisa só atrapalha”, protestou o vice porque na véspera entrou no Tribunal Superior Eleitoral o pedido de recriação do PL. “O ambiente ficou muito ruim no partido”, emendou Temer que a insistência na criação de um novo partido governista para buscar a adesão de peemedebistas insatisfeitos aprofunda o ambiente de revolta no PMDB contra a presidente Dilma. Mercadante respondeu que o governo não tem a ver com a volta do PL. Então, o chefe da Casa Civil discou para o patrono da ressureição do novo partido antigo, Gilberto Kassab, para falar da irritação de Temer e senadores do PMDB que, naquele momento, estavam ao lado do vice no anexo do palácio. Mercadante pediu que ele acalmasse Temer. Responsável pela volta à vida também do PSD, Kassab ocupa agora o Ministério das Cidades, nomeado por Dilma com a missão de colocar a vocação criadora a serviço do extermínio do PMDB com novas legendas confiáveis, como o PL, para continuar a atração de aliados deslocados em suas legendas originais. Em seguida, com movimentos sucessivos e agitados como uma dança de quadrilha, Mercadante discou de volta a Temer, que se recusou a atendê-lo. Veio então a ligação de Kassab. O vice atendeu e repassou o telefone aos senadores que estavam ali, o presidente Renan Calheiros e o líder Eunício Oliveira. Com eles, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. O ministro procurou explicar que o palácio não era responsável pelo pedido de registro do PL, que entrou no Tribunal Superior Eleitoral na véspera. A recriação do partido seria um processo autônomo entregue a pessoas que decidiram, por conta própria, o momento de ir ao tribunal pedir o registro. Se era assim, por que os burocratas do PL esperaram para ir ao TSE apenas na segunda, antes que a presidente sancionasse, no dia seguinte, a nova lei que restringe a criação de partidos? Uma voz do Planalto avisara a Kassab que a sanção sairia no dia seguinte porque era o último dia de prazo para alguma providência no caso. Por que a sanção apenas no fim do prazo? Para surpreender o PMDB com uma manobra palaciana. Quando souberam da sanção aqueles pemedebistas correram a Temer, indignados com a falta de aviso prévio. Ainda precisaram esperar pelo dia seguinte, quarta-feira, quando o texto sancionado seria publicado no Diário Oficial. Nem o vice-presidente conheceu o texto antes da publicação. O objetivo do PMDB e da oposição era evitar que o PL nascesse para, em seguida, fundir-se com o PSD e compor uma legenda forte. Por isso o projeto estabeleceu que partido novo só poderia se fundir com outro depois de cinco anos de vida. Como o PL entrou antes no TSE, escaparia dos cinco anos. Tinha mais. Dilma vetou outro objetivo estratégico do projeto. O dispositivo abria o prazo de 30 dias para parlamentar mudar de um partido antigo para outro resultante de fusão sem perder o mandato. A ideia era preservar a hipótese de uma fusão entre o PTB, o DEM e o PMDB. Agora o veto deve cair no Congresso, com nova derrota para Dilma. Tudo bem, a lei é casuística. Veio da oposição para bloquear a ação de Kassab solicitada por Dilma por inspiração da criatividade também casuística de Mercadante. Autor do projeto que se tornou lei, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, de Pernambuco, alegou legítima defesa: — O Kassab foi o exterminador da oposição. Ele tirou 17 deputados do DEM. Agora quer ser o exterminador dos aliados do governo Dilma.

[caption id="attachment_31674" align="alignnone" width="1918"] Gilberto Kassab: o criador de partidos para secar o PMDB | Foto: André Borges/ Agência Brasília[/caption]
Antes que a quaresma termine, o PMDB promete castigar a presidente Dilma pelo pecado que comete ao oferecer o paraíso ao novo PL do ministro e semeador de partidos governistas Gilberto Kassab e mandar os peemedebistas ao inferno. Agora, eles não querem perdão ao governo.
Terça-feira, uma semana depois da discussão noturna no Planalto sobre o favorecimento do governo ao PL, o presidentes do Senado, Renan Calheiro, pretende demonstrar que a virtude ainda está na força do PMDB, que o novo partido pretende secar ao fundir-se com o PSD também kassabiano para atrair quadros peemedebistas.
A promessa é colocar em votação dois projetos que arrombam o orçamento federal. Um deles reduz a dívida de Estados e municípios com a União ao mudar o indexador que corrige o valor do débito. Se aprovado, vai à sanção presidencial. Se houver veto, a interdição poderá cair no Congresso.
O outro projeto permite o perdão a incentivos fiscais concedidos no passado pelos Estados. Bastaria a anulação receber a aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelos secretários estaduais da Fazenda com a União. Se aprovado, irá à apreciação da Câmara, onde encontrará à espera o presidente Eduardo Cunha.
Por ironia, no mesmo dia deve estar no Senado o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para defender a aprovação do ajuste fiscal do governo. Se votados os projetos, os senadores terão rompido um acordo com a área econômica do governo para deixar essas matérias para discussão num contexto que envolva o pacto federativo, incluindo a forma do pacto federativo.

[caption id="attachment_31672" align="alignnone" width="620"] Ministro Aluizio Mercadante: Lula não quer, mas ele continua forte | Foto: José Cruz/Agência Brasil[/caption]
Como se viu no bastidor da sanção presidencial ao projeto sobre novos partidos, a atuação política do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, continua ativa no Planalto. Ele serviu, então, de ponte entre o patrono do PL, Gilberto Kassab, o vice Michel Temer e outros peemedebistas irritados com o trabalho do governo a favor do PL.
Não há sentido na versão difundida por amigos de Lula a respeito de um bloqueio da presidente Dilma à articulação política pelo companheiro Mercadante como insiste o ex-presidente. Ele também se frustrou na recomendação à sucessora para devolver o chefe da Casa Civil ao Ministério da Educação, vago com a saída do aliado Cid Gomes.
No meio da semana, Mercadante ofereceu uma prova de que o seu trabalho ainda vai além da área administrativa do governo, ao contrário do que sugeriu Lula. Contestou a informação de que Dilma prometeu ao ex, fazer uma revisão no arrocho fiscal e, com isso, suavizar o prejuízo dos trabalhadores com as novas medidas.
“O governo tem absoluta prioridade e total compromisso com o ajuste fiscal”, assegurou Mercadante. “Não procedem as informações de que, seja em relação ao presidente Lula ou ao Partido dos Trabalhadores, o governo esteja flexibilizando o ajuste”, emendou numa fase torta para garantir que o arrocho continua onde estava.
Lula acredita que aquela informação partiu do companheiro e senador gaúcho Paulo Paim, que, na véspera da publicação, o procurou, em São Paulo ,para conversar sobre o assunto. No dia em que a notícia saiu em jornal, o ex comentou com amigos que não é comum receber visita de Paim, que ameaça deixar o PT se o arrocho ficar como está.
O novo secretário de Comunicação Social da Presidência, companheiro Edinho Silva, foi o tesoureiro da campanha pela reeleição da presidente Dilma no ano passado. Isso significa que o professor de ciências sociais Edinho também sabe lidar com coisas bem mundanas como o dinheiro. Representa ainda uma definição de identidade da secretaria, até então dirigida por jornalistas tendo como foco principal a imprensa. Agora, define-se o foco na publicidade como forma de popularizar o governo, em especial a presidente. Em bom português, a prioridade se torna a mídia paga, mesmo que Edinho não seja publicitário. Em meados de março, o presidente do PT, jornalista Rui Falcão, reuniu-se em Brasília com um grupo de deputados petistas mais influentes. Em pauta, a possibilidade de o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, ser convocado pela CPI da Petrobrás, o que acabou acontecendo, mas ainda sem data marcada. Os deputados se queixaram da falta de influência do PT na CPI por causa do alinhamento do PMDB com a oposição. Disseram ainda que outro fator adverso é o estímulo da imprensa à investigação de denúncias. No fim da conversa, o jornalista Falcão sorriu para os companheiros como quem diz que aquilo iria mudar. Todos entenderam que a mídia paga pelo governo iria entrar em campo com a disposição de anular os danos à imagem do governo causado pelo jornalismo espontâneo e independente. Uma das saídas pode ser o pagamento de publicidade a veículos condicionado a boa presença no noticiário considerado espontâneo. Um dos que entenderam essa guinada, agora a ser conduzida por Edinho, ex-deputado estadual em São Paulo ,foi o líder do PSDB no Senado, o paulista Aloysio Nunes Ferreira. Entendeu e pensou em promover um debate na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado para discutir a comunicação do governo. A ideia era chamar o então secretário Thomas Traumann para explicar aquele documento da secretaria que denuncia o “caos político” no governo. Ele concordou em comparecer, mas pediu que sua presença fosse marcada para depois da Semana Santa. Então pode ser na próxima. O documento levou à substituição de Traumann por Edinho. O texto denunciava a “comunicação errática” do governo, realizada por amigos que atuavam como “robôs” pagos para apoiar o governo nas redes sociais. Desde o início da gestão Dilma, os blogueiros amigos reclamam compensação, que pode vir como propaganda nos blogs. Agora, na era Edinho, o tema pode interessar ainda mais ao debate do líder Aluysio Nunes, antigo guerrilheiro contra a ditadura que se candidatou a vice-presidente na chapa do tucano Aécio Neves, derrotada pela reeleição da presidente Dilma.

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[caption id="attachment_27441" align="alignright" width="620"] Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil[/caption]
O blog “Radar online”, da revista Veja, informou na tarde desta sexta-feira (27/3) que o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu sofreu um princípio de AVC em sua casa, em Brasília. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, o político passa por uma série de exames.
Segundo a nota da Veja, interlocutores do ex-ministro teriam atribuído o fato ao “estresse elevado das últimas semanas com as notícias referentes à operação Lava-jato”. Conforme Jardim, na última quinta-feira (26), ele estava tenso com rumores de uma possível nova prisão.

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