Tocantins
Em nota enviada esta coluna a assessoria de comunicação do governo do Estado esclarece que diferentemente do que foi divulgado por esse veículo na nota sobre “transparência nas diárias”, o governador Sandoval Cardoso não assinou o Decreto nº 4.807, que elimina a alínea “f”, do Inciso IV, artigo 7º, do Decreto de execução orçamentária e financeira nº 4.576/2013. Ainda segundo a nota a Controladoria Geral do Estado reforça que ao contrário do que diz o texto a exclusão da alínea também não ocorreu no Decreto nº 5.014 de 25 de março, publicado no DOE de 27 de março, ambos deste ano. Por fim declara que no Portal da Transparência do Estado são divulgadas, em tempo real, informações pormenorizadas acerca da execução da despesa pública, inclusive no que diz respeito a diárias.

Eleição de Sandoval Cardoso divide opiniões. Governistas falam de renovação da continuidade. Oposicionistas dizem que nada mais é do que continuísmo de um projeto que não vingou. Governador diz que tem estilo próprio de caminhar

Analista político prevê consolidação da terceira via, o que pode levar a decisão para o segundo turno. Ele acredita que as oposições estão com a faca e queijo nas mãos para vencer o pleito, mas alerta que Eduardo Siqueira não pode ser considerado “cachorro morto”
O deputado Stalin Bucar (SDD) considerou coerente a decisão do PMDB autêntico de não participar da eleição indireta e fez duras críticas a ala do partido que lançou até candidato. Bucar ainda questionou o posicionamento do PT, do Pros e do PV, que segundo ele questionam a renúncia de Siqueira Campos e João Oliveira e participaram a eleição. “É no mínimo incoerente classificar a renúncia de golpe e participar da eleição”, considerou o deputado.
[caption id="attachment_3233" align="alignleft" width="300"] Professor Danilo de Melo: a disputa será pela Assembleia Foto: Pedro Sotero[/caption]
O professor Danilo de Melo (PSB), que vinha sendo cogitado candidato a deputado federal, decide disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. O ex-secretário da Educação disputa espaço com outro professor, Alan Barbiero, ex-reitor da UFT. Ambos têm chances de sucesso, mas vão ter que trabalhar muito para um não atrapalhar o outro.
Para o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PT) o fracasso do governo Siqueira Campos tem explicação: fadiga de material. “Uso exaustivo de um modelo de gestão que pode ser bom para o governo, mas altamente prejudicial ao Estado”, comenta o petista denunciando o aumento exorbitante da dívida pública e desvio de finalidade na aplicação dos empréstimos contraídos pelo Estado junto a instituições financeiras para investimento. Mourão aponta que a continuidade deste modelo é preocupante e pode fragilizar ainda mais as finanças do Estado.
Os prefeitos de Palmas, Carlos Amastha (PP), de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), e de Gurupi, Laurez Moreira (PSB), apoiam Sandoval Cardoso (SD) ou Eduardo Siqueira Campos (PTB) pelo mesmo motivo. Não estão pensando no melhor para o Estado, nem em parceria para os seus municípios, mas em seus projetos políticos. Se Sandoval Cardoso for eleito em outubro, não poderá ser candidato à reeleição em 2018, o que os favorecerá no pleito naquele ano. Os três fazem planos para disputar o governo do Estado na eleição de 2018. Nem sempre a política é movida por ideal, quase sempre é por puro interesse.
O jovem Alexandre Siqueira (PSDB) está em campanha por uma cadeira na Câmara Federal, embora não admita. Ele tem sido presença constante em eventos políticos na capital, quase sempre representando o pai Siqueira Campos ou o irmão Eduardo Siqueira. Alex, pela postura simples e discurso bem articulado, já está sendo considerado o novo herdeiro político do ex-governador. Tem chances de se eleger.
A senadora Kátia Abreu (PMDB), que tem direito a disputar a reeleição para o Senado, ainda é o nome mais cotado, mas a disputa não será fácil. O ex-governadores Siqueira Campos e Carlos Henrique Gaguim, o ex-prefeito de Palmas Raul Filho e o senador João Costa (PR) também estão no páreo. Há quem diga que será uma disputa mais acirrada que a do Palácio Araguaia. Disputa dramática, seria o termo mais adequado.
Pelo quadro do momento esta seria a lista mais provável de candidatos ao governo com chance de chegar à convenção e seguir em frente. Ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB), governador Sandoval Cardoso (SDD), deputado Marcelo Lelis (PV), ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PT), senador Ataídes Oliveira (Pros), empresário Roberto Pires (PP), senador Vicentinho Alves e o procurador da República Mário Lúcio Avelar (PPS). Fora daí é só especulação.
[caption id="attachment_3232" align="alignleft" width="620"] Prefeito Carlos Amastha: o alvo é a eleição estadual daqui a 4 anos / Foto: Portal Gilda Bomfim[/caption]
Informações de bastidores dão conta de acordo reciprocidade entre senador Vicentinho Alves (SD) e o empresário Roberto Pires (PP). Quem estiver melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto recebe o apoio do outro. Não é possível saber se Pires está se aproximando do governo ou se, ao contrário, é Vicentinho Alves que está se aproximando da oposição. O certo é que ambos estarão juntos nas eleições. Vicentinho estaria insatisfeito com acordo do governo para promover Sandoval Cardoso. Roberto Pires não estaria nada satisfeito com a postura do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que demonstra alinhamento ao Palácio Araguaia. Pode ser a consolidação da terceira via.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Igeprev finalmente pode sair do papel. Depois de três meses de espera a CPI finalmente tem data marcada para iniciar os trabalhos. Será no dia 15. A informação foi dada pelo autor da proposta, deputado Sargento Aragão (Pros), que explica que o objeto de investigação da CPI são as aplicações temerárias que podem ter provocado um rombo de R$ 500 milhões nos fundos do Instituto de Previdência do Estado.

[caption id="attachment_3044" align="alignleft" width="620"] Ex-prefeito de Palmas Raul Filho e deputado José Augusto: entre os nomes abatidos antes da convenção / Foto: Edilson Pelikano e Diretoria de Divulgação/AL[/caption]
A fila anda. Vários nomes que foram lançados com pompa e circunstância no início da pré-campanha já estão fora da disputa. O ex-governador Siqueira Campos (PSDB), os empresários Nicolau Esteves (PT) e Benedito de Faria, Dito do Posto (PMDB), o ex-prefeito de Palmas Raul Filho (PT) e o deputado José Augusto (PMDB), dentre outros, já descartaram candidatura ao governo do Estado e agora buscam viabilizar candidatura a outro cargo.

Prefeito de Palmas anuncia que pode trocar projeto político da terceira via para aderir ao governo, caminho inverso ao que fez Vicentinho Alves . Oposição segue dividida entre candidato próprio ou se aliar ao governismo

Deputado de oposição defende candidaturas do ex-governador Siqueira Campos e do seu filho Eduardo Siqueira Campos, para permitir, segundo ele, que a sociedade avalie o resultado do governo que foram obrigados a entregar antes do fim