Opção cultural
Na manhã do sábado, 15, o diretor participou do Fórum de Cinema do Fica 2015, com uma mesa sobre Cinema, Fotografia e Roteiro
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Foto: Flavio Isaac[/caption]
Yago Rodrigues Alvim
"Apague as luzes", pediu Walter Carvalho. É que as luzes brancas eram deprimentes. Muito simpático e gentil, este foi o único pedido do diretor. Ele participou do Fórum de Cinema do Fica 2015, que tinha como tema "O Cinema, a Fotografia, o Roteiro e o Mundo". Ao lado da também diretora Ilda Santiago, Walter foi exemplificando a cada pergunta proposta pela plateia. "Como não sou teórico, e sim um fazedor de filmes, eu prefiro ir por exemplos", disse.
Walter, ao longo do Fórum, foi definindo o que era Cinema. As questões apareciam. Quanto a fotografia de um filme, ele explicou que ela já está no roteiro. "A fotografia está na página do roteiro e tudo depende da produção. Pois, se tem uma varanda ao entardecer descrita e a produção não te arruma uma varanda é outra história". Segundo ele, se alguém impõe que algo tem que ser belo, ele está perdendo.dendo. Afinal, como disse, "a beleza está no gesto do pintor, não na qualidade da tinta".
Do auditório da Unidade de Sant'Ana da UFG, na Cidade de Goiás, apenas uma moça de ergueu o braço, quando o diretor perguntou quantos produtores estavam ali. Sendo assim, pode dizer: "O cinema cresceu muito. Eu sei, pois faço cinema há muitos anos. E o que não cresceu junto foi a produção". Ele deu exemplos de sua carreira, para explicar o motivo. Cortes absurdos por fins econômicos e mesmo a falta de conhecimento/mentalidade sobre cinema foram citados. Ao fim, brincou que só pode dizer, pois só tinha um produtor presente ali; do contrário, não o deixariam sair do auditório.
Quanto ao storybord, ele foi simples: "Eu sou contra o storybord". Reconheceu sua importância na publicidade, mas para o cinema, disse, é algo que fica debaixo da cadeira do diretor-geral do filme. "O diretor não fica correndo atrás de algo imaginado, de uma geometria do desenho que na vida real não tem." O diretor também explicou o que era finalizar - "encontrar o tom certo da cor do filme" - e falou sobre planos, dentre outros assuntos. Segundo ele, "tem planos que, quando a filmagem acaba, a equipe chora".
- Um filme é composto por vários planos e parece que é um só. A ideia que uma criança tem de um filme é que ele passa direto. E não é. São segmentos da história real no tempo. O plano, para mim, é uma liturgia que foi se dessacralizado com a tecnologia. Como uma palavra conquista o lugar no poema? "Dos cem prismas de uma jóia/Quantos há que não presumo", escreveu Drummond. Isso sustenta o plano, pois o plano é como uma coluna que, se errarmos a metragem, desmorona.
De sua experiência, lembrando Pedro Nava, "a experiência é um farol voltado para trás", disse que leva muito mais o que aprende com cada filme que faz, do que o que deixa dentro dele. Por fim, deixou Walter como ensinamento: "Cinema é imagem; é um instrumento que trabalha com a sua incapacidade de perceber o movimento do objeto. Seu truque é encantador".
Atriz abriu o Fórum de Cinema do Fica 2015 com um bate-papo sobre a construção da personagem
Mesmo com programação reduzida, o festival “tirou o fôlego” daqueles que estiveram em Goiás
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Fronteira Videofilia[/caption]
Com 11 mostras, entre competitivas internacionais, retrospectivas e especiais, debates e sessões comentadas com convidados de diversas partes do mundo, a segunda edição do Fronteira — Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental tem início na quinta-feira, 20. A programação traz 110 filmes, muitos inéditos no Brasil, que serão exibidos nos cinemas públicos Goiânia Ouro e Cultura. Realizado pela Barroca, co-realizado pela UFG, através do Frestas — Programa de Artes Integradas, e com o apoio dos governos estadual e municipal e da Cinemateca da Embaixada da França, dentre outros, o Fronteira tem como objetivo a difusão e a reflexão do cinema documental e experimental, tomando o cinema sob novos modos de percepção e apreensão do mundo e do homem. As sessões são gratuitas e seguem até o dia 29 de agosto. Você encontra a programação completa no site www.fronteirafestival.com.
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Reprodução[/caption]
Pianistas e estudantes de piano terão oportunidade de participar neste ano de 2015 de um dos mais importantes concursos de piano do país. O Concurso Internacional de Interpretação Pianística da Obra do Compositor Osvaldo Lacerda nasce com o objetivo de homenagear e divulgar a obra do compositor paulistano. O concurso será realizado de 3 a 6 de dezembro, em São Paulo. Serão distribuídos R$ 60 mil em prêmios, além de recitais em importantes espaços culturais do país. Osvaldo Lacerda foi professor do compositor e médico goiano Fernando Cupertino, que, mesmo indiretamente, participa do festival. Todas as informações estão no site www.concursoosvaldolacerda.com.br
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Divulgação[/caption]
Você é apaixonado pela culinária japonesa? Do tipo que toda semana, pelo menos uma vez, tem que se esbaldar de sushi e shoyu? Então, se prepara, pois, nas noites dos dias 21 e 22 de agosto será realizado o Bon Odori 2015, que traz diversas atrações musicais, exposições de arte, dança e muitas barracas de comida japonesa para o Clube Kaikan — próximo ao Campus Samambaia da UFG. Os ingressos, que são limitados e por dia, custam R$ 40. Se você comprar antecipado, ainda descola um Yakisoba.
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Foto: Gianfranco Briceno[/caption]
A Fósforo Cultural apresenta mais uma palhinha da 14ª edição do Festival Vaca Amarela, que está quase chegando por aí, no calendário. É o Drops Vaca Amarela com os artistas Thiago Pethit, Fernando Manso e Peixefante. De Sampa, Pethit embala seu novo e terceiro trabalho, o intitulado "Rock'nRoll Sugar Darling". O compositor e cantor goiano Fernando Manso e a mais nova promessa "indie-psicodélica", também goiana, Peixefante fazem o warm-up do Vaca. As apresentações serão no domingo, 23, às 19h, nos palcos do Teatro Sesi. Os ingressos de meia-entrada custam R$ 20 e podem ser adquiridos com documento de estudante ou 1 kg de alimento.
O cantor e compositor goiano Reginaldo Mesquita apresenta o show de aniversário de seis anos do disco "Rascunho de Anjo", na sexta-feira, 21, às 20h, no Teatro Sesc Centro. A entrada custa R$ 10.
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Divulgação[/caption]
O grupo de música experimental Vida Seca te convida para aprender música, brincar de Carnaval e reutilizar materiais descartados. É o Bloco do Lixo, que ensina percussão nas tardes de sábados, na Casa Corpo.
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Divulgação[/caption]
Os DJs Pablo Kossa, Bruno Caveira, Carol Maia e Daniel de Mello deixam a tarde do domingo, 23, à la Tropicana. Com piscina, bexigas d'água, paletas e muitos drinks, a festa é no Cafofo. São R$ 15, a entrada.
Livro
Desafio do Destino
O livro de Elacy Amorim Mesquita, "Desafio do Destino", alerta sobre as diversas facetas de agressões contra a mulher em Goiás. A renda do lançamento será beneficente ao Cevam.
Autor: Elacy Amorim Mesquita
Preço: R$ 50
Música
Viva Tim Maia
O álbum "Viva Tim Maia" é fruto da turnê de Criolo e Ivete Sangalo, em que ambos embalaram mais de um milhão de expectadores com as canções de Tim.
Intérpretes: Ivete e Criolo
Preço: R$ 21,90
Filme
Mil Vezes Boa Noite
Com Juliette Binoche, o longa "Mil Vezes Boa Noite" conta a história de Rebecca, uma fotógrafa que, por um ultimato do marido, fica entre a profissão e a família.
Diretor: Erik Poppe
Preço: R$ 29,90
Escute as músicas mais tocadas pelos equipe do Jornal Opção, nessa semana. É só dar play, aumentar o volume e relaxar. Branko - Eventually feat Alex Rita & Bison Galantis - Runaway (U & I) Jorge Ben - O Homem da Gravata Florida Kasabian - Re-Wired Orishas - 537 CUBA Sara Bareilles - Gravity Zé Ramalho - Orquídea Negra
Espetáculo ganha os palcos do Teatro Sesc Centro na noite da quinta-feira, 13
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Foto: Cristiano Prim[/caption]
"Sobre expectativas e promessas é uma vontade de desaparecimento. Uma procura por ferramentas em dança que tratem identidade como um fluxo de descontinuidades. Identidade como emergência, um surgimento de respostas à situações propostas pela relação no tempo entre ambiente, corpo, e movimento", escreve Alejandro Ahmed sobre o espetáculo "Sobre Expectativas e Promessas".
Há 20 anos diretor e coreógrafo do Cena 11 Cia de Dança, Alejandro apresenta o espetáculo pela Mostra Manga de Vento, nos palcos do Sesc Centro, na noite da quinta-feira, 13. No dia seguinte, ele realiza uma oficina, também no Sesc, com o tema "Percepção Física e Composição Corporativa".
"Expectativa é uma relação com o futuro, com algo que você enxerga em possibilidade e instaura uma crença que gera uma necessidade de confirmação. Promessa é uma relação com o futuro em que um ato de confiança e certeza é dado àquilo que não temos pleno controle ou acesso", escreve. Segundo ele, "Sobre Expectativas e Promessas" é uma investigação em dança onde deliberação e inevitabilidade propõe a gestão do movimento na tentativa de um encontro com o passado. Um passado que instaura novas possibilidades de futuro, a cada instante.
Serviço
Espetáculo "Sobre Expectativas e Promessas"
Data: 13/08
Horário: 20h.
Local: Teatro Sesc
Ingressos R$10, inteira
Oficina - Percepção Física e Composição Generativa
Data: 14/08
Horário: 14h às 17h30
Local: Sala de Dança do CCUFG
Inscrições Gratuitas: [email protected]
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Reprodução | Filme "Olga"[/caption]
Na manhã desta quarta-feira (12/8), ao lado do diretor Aluizio Abranches (Do Começo ao Fim, 2009), a atriz Camila Morgado deu início ao Fórum de Cinema da 17ª edição do Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica 2015.
No auditório da unidade de Sant'Ana da Universidade Federal de Goiás (UFG), a atriz falou dos papéis que interpretou no teatro, cinema e TV e da diferença da atuação em cada meio. Segundo ela, essa é uma pergunta muito frequente. "Na área de atuação não existe cartilha, pois fala do indivíduo. Existe uma diferença porque são linguagens diferentes", afirmou.
Ela, que começou atuando no teatro, disse que os palcos é muito do ator: "É um trabalho muito artesanal. Você está no palco, diante o público e é muito o agora, o presente". No cinema, explicou, o olhar é da câmera, do diretor. "O que não é regra", também advertiu. "Às vezes, o cinema pode ser grande e o teatro pequeno."
Já quanto à atuação para TV, a atriz explicou que é um folhetim. "Você conta uma história que vai todo o dia para casa das pessoas. Elas param para ver, por isso a linguagem mais simples. Você não pode dificultar muito." Concluindo o tema, a atriz explicou que, mesmo com tais especificidades citadas, ela não sabe se tem uma diferença de fato entre as atuações para teatro, cinema e TV.
Camila ainda comentou de seus personagens e processos de criação. O filme "Olga" foi o que mais lhe marcou -- disse. A atriz estava acompanhada do diretor Abranches, com quem gravou o último longa, que deve sair neste segundo semestre. Ela ainda parabenizou o festival, ressaltando as questões importantes que ele trata, como o meio ambiente e o desperdício da água. No domingo, você encontra aqui, no Jornal Opção, o bate-papo completo com a atriz.
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Reprodução[/caption]
O grupo Máskara junto do Centro Educacional Profissionalizante em Artes Basileu França e do Programa de Pós-Graduação em Performances Culturais da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizam “Absurdo à Brasileira”, o primeiro encontro de Teatro do Absurdo de Goiânia. Será uma semana com diversas atividades voltadas à temática, com foco no dramaturgo Samuel Beckett. Apresentações teatrais, cenas curtas, oficinas, mesas de bate-papo e exibição de produções audiovisuais integram a semana. Todas as atividades são realizadas no Basileu França. Os horários e valores variam.
Todo ano, muitos se entusiasmam com o Fica — o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental. Com seu objetivo principal, debater as questões mundiais do cinema e do meio ambiente, o Fica enfim aparece no calendário. De 11 a 16 de agosto, a 17ª edição é realizada. São cinco mostras de filmes, convidados de renome, fóruns de cinema ambiental, oficinas, minicursos, exposições e 28 shows de artistas musicais goianos. A abertura fica por conta da Orquestra Jovem e o encerramento com a Orquestra Filarmônica de Goiás. Vamos?



