“Vou continuar no baile”, diz Vilmar Rocha após deixar presidência do PSD-GO

02 junho 2023 às 08h01

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Após 12 anos à frente do Partido Social Democrático (PSD) em Goiás, o ex-deputado federal Vilmar Rocha deixa o comando da legenda que passa agora a ser presidida pelo senador Vanderlan Cardoso. “Mas vou continuar no baile”, afirmou Vilmar.
“Vou continuar na política. Eu gosto, tenho vocação. Vou continuar participando da política, debatendo ideias, discutindo projetos. Não preciso de mandato e nem de partido para fazer política”, completou o professor, acrescentando que, inclusive, será candidato em 2026. “A que? Não sei. Vai depender das circunstâncias, do partido, mas serei candidato e em fevereiro de 2026 eu vou anunciar a que cargo”.
- Leia mais: Vilmar Rocha é um político por vocação, adepto da ética da convicção e da responsabilidade
Vilmar foi um dos fundadores do PSD no Brasil e o primeiro presidente do partido em Goiás. A legenda é forte nacionalmente. Tem a maior bancada no Senado, com 16 senadores, inclusive com o presidente Rodrigo Pacheco, e tem 43 deputados federais. Em Goiás, no último pleito, elegeu um deputado federal (Ismael Alexandrino) e dois deputados estaduais (Cairo Salim e Wilde Cambão).
Senador com mais quatro anos de mandato ainda, Vanderlan Cardoso passa agora a comandar o PSD. Segundo Vilmar, o nome do senador foi escolhido para presidir a legenda em consonância com todo o partido.
“Tive várias conversas com o presidente [Gilberto] Kassab sobre esse assunto. O partido está fazendo essas mudanças em vários estados e está sendo tudo de forma bem tranquila”, garantiu. “Muitos partidos, depois das eleições gerais, fazem uma reestruturação. Recentemente o União Brasil fez isso, o PL, o MDB e agora o PSD vai fazer também. É natural”, explicou Vilmar.
Mesmo não ocupando cargo na direção estadual do PSD, Vilmar segue como membro da executiva nacional do PSD e diretor de Relações Institucionais da Fundação Espaço Democrático, órgão de estudos do partido, e garante que atuará pela forte pela legenda em Goiás e no Brasil.
“O partido é muito novo e a nossa grande meta é de formar um grande partido de centro e fugir dessa polarização”, destacou. “Temos de buscar uma articulação para formar uma maioria politicamente sólida e comprometida com o País. Que apresente um projeto relevante para o Brasil”.
Vale lembrar que Vilmar defendeu uma terceira via para as eleições de 2022 e foi um dos principais articuladores à época para que o PSD apresentasse um nome para a presidência. O presidente do Senado Rodrigo Pacheco foi o escolhido, mas depois desistiu da candidatura.
Em Goiás, o foco agora são as eleições municipais do ano que vem. “Já estamos trabalhando para identificar possíveis candidatos a prefeito e estimular candidaturas a vereador”, destacou. Em Goiânia, segundo ele, o partido terá candidato próprio.
“Temos uma tradição de lançar candidato em Goiânia. Lançamos o Francisco Jr. em 2016 e o próprio senador Vanderlan em 2020. O PSD deve ter candidato em Goiânia em 2024, mas queremos também fortalecer o partido no interior. Eu vou continuar trabalhando e contribuindo para isso”, concluiu.