Colapso em mina da Braskem impulsiona pedido de CPI no Senado

01 dezembro 2023 às 09h15

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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), determinou que os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Regional) e Renan Filho (Transportes) monitorem de perto a iminente ameaça de colapso de uma mina da Braskem localizada na Lagoa Mundaú, em Maceió (AL).
Em resposta ao desabamento da mina de exploração de sal-gema da Braskem, que apresenta o potencial de causar o afundamento do solo em vários bairros, a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias. A área já foi evacuada, e a circulação de embarcações pela população está agora restrita.
A situação intensifica as pressões do senador Renan Calheiros para o desbloqueio da CPI da Braskem, que terá como foco a investigação do afundamento de bairros em Maceió. O requerimento que aprovou a formação da comissão foi votado e aprovado no Senado em outubro. Agora, aguarda-se a indicação dos membros do colegiado por parte dos partidos.
Disputa política
A Braskem fechou um acordo de indenização bilionário com a prefeitura de Maceió, do prefeito JHC (PL), amigo de Arthur Lira (PP-AL). O clã Calheiros entende que o acordo deveria ter sido feito com o estado de Alagoas, com apadrinhado político Paulo Dantas (MDB).
O dinheiro, na mão de JHC inflama a sua campanha de reeleição, e ele que ser governador em 2026. Para isso precisa de tempo de TV e o apoio do PP de Lira é determinante. A CPI pode melar o uso do montante de mais de R$ 1,7 bilhão pela prefeitura, já que qualquer irregularidade encontrada no acordo pode ser responsável por cancelar a indenização.
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