Bolsonaro chamou a estratégia do seu ex-ajudante de ordem Mauro Cid em delatá-lo de “missão suicida”. Bolsonaro ressalta que o seu homem de confiança estava preso há bastante tempo, deixando a entender que Cid estaria disposto a qualquer coisa em troca da sua liberdade. as declarações do ex-mandatário foi foram dadas ao jornalista Tulio Amâncio, da Band.

O advogado de Mauro Cid, revelou à Revista Veja, que seu cliente está disposto a contar o que, segundo ele, é a verdade sobre esse caso. De acordo com o advogado Cezar Bitencourt, o Tenente-Coronel do Exército irá confessar à justiça que realmente houve um esquema de recebimento de venda ilegal de joias dadas por governos de outros países ao Brasil.

Por lei, nenhum ex-presidente ou presidente podem incorporar ao seu acervo pessoal presentes dados por outras nações. O advogado assegura que Cid vai confirmar que participou da venda das joias nos Estados Unidos, providenciou a transferência para o Brasil do dinheiro arrecadado e entregou para Bolsonaro, em espécie, para não deixar vestígios.

Bolsonaro, no entanto, negou enfaticamente as acusações feitas por Cid e reitera que jamais o instruiu sobre a venda de presentes recebidos durante visitas oficiais, especificamente ao Oriente Médio. Bolsonaro ainda disse que se absteve de se comunicar nesse período tanto com Mauro Cid, quanto com o general Mauro Lourena Cid, pai de Mauro, com a intenção de evitar qualquer acusação de ingerência.  

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