Os mais modernos e avançados caças da América Latina passarão a ser operados no Brasil, a partir desta segunda-feira, 19. O país adquiriu quatro unidades do sueco Saab Gripen E. Os modelos serão apresentados na sede do Grupo de Defesa Aérea de Anápolis.

A escolha da localização é estratégica para testar a capacidade de interceptação de aeronaves intrusas no centro do poder: Brasília. A região compreende um raio de 150 km, onde está instalada a base conhecida de Ala 2 da Força Aérea Brasileira (FAB).

Atualmente, a operação no local é feito por F-5 americanos, comprados nos anos 1970 e modernizados pela Embraer. “O início das operações é um marco, ao dotar a FAB de uma plataforma multimissão de última geração”, salienta o comandante da FAB, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.

Poderio

Com o início da operação, o Brasil passa a dominar o poderio aéreo na região. Uma vez que o Chile conta com versões F-16 americano e Venezuela o Sukhoi-30, de origem russa. O sueco Gripen foi comprado por 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 20 bilhões hoje), em 2014. O valor foi financiado em 25 anos, com etapas de desembolso inicial a serem abatidas de quase R$ 1 bilhão anualmente.

O governo brasileiro comprou um pacote completo, contendo aviões e transferência de tecnologia. Além disso, conta com toda a parafernália de apoio em solo, isto é, dois simuladores de voo, uma estação que emula todos os sistemas do avião, ferramentas e computadores.  Até o momento, foram treinados cerca de 20 pilotos e 20 técnicos na base.