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Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira, 18

Coluna
Qual foi a última vez que você desenhou?

Catherine Moraes

Nesta semana, um vídeo viral da Rita Von Hunty me pegou em cheio: “Quando você parou de desenhar?”. Uma sequência de perguntas que me reviraram a cabeça e o estômago. Óbvio, não estamos falando apenas de um desenho, mas quando foi que a gente foi deixando algumas coisas morrerem? Até dois anos atrás, Cecília dizia que quando crescesse queria ser ‘fada do dente’. Ela falou isso por anos, era a profissão dos sonhos. Eu nunca filmei. Era comum, eu adorava quando ela falava isso. Ontem quando eu perguntei, ela falou: ah, mãe, queria uma profissão que desse dinheiro…. mas aí ela voltou atrás, pensou melhor e me perguntou se dava pra ser ilustradora. Se existia uma profissão em que ela pudesse desenhar: livros, filmes… “Tipo o pessoal que desenha para a Disney, mãe!”

Eu lembro que quando eu era criança, juntava dinheiro para comprar sorvete e quando finalmente tinha o valor da taça, eu ia lá, com minha própria grana na sorveteria do bairro pra encher um sorvete de jujubas, coberturas e era tão mágico…. eu brincava na pracinha, escrevia poesia, músicas, eu tinha um diário. Eu sempre fui péssima nos desenhos, mas eu gostava de fantasia, criava coreografias, roteiros de filmes. Será que tudo isso ficou pra trás quando eu comecei a pagar boletos? Não totalmente, mas muito mais do que eu gostaria.

“Quando você parou de desenhar? Porque você era uma criança que fazia coisas. Você era uma criancinha que pintava, dançava, brincava de massinha. Quando você virou um porre de um saco de um caralho de um adulto chato, sem criatividade, que não faz nada. Quando você parou de dançar? Quando você parou de cantar? Quando você parou de compor? Quando você deixou a sua criança criativa morrer?”. O texto impecável do Reels da Rita me atravessa porque eu gosto tanto dos detalhes. Eu gosto muito de pensar que a vida acontece todo dia. Acontece no meio da tarde quando a gente sai de uma consulta médica e para no parquinho que fica no meio do caminho.

Ser mãe tem muitas mágicas e quem é esperto aproveita a oportunidade de “voltar a desenhar”. Pela Cecília eu voltei a desenhar, inventei músicas de ninar, criei grito de guerra pros jogos internos da escola e fui a fada do dente, o papai noel. E se você não tiver uma criança? Você também pode encontrar formas de não deixar essa criatividade morrer! Aprender a fazer crochê, reformar uma parte da própria casa, customizar uma roupa, praticar um esporte, uma arte. O que é que te faz feliz? O que é que diminui a sua ansiedade?
Minha chefa Carol outro dia me disse que aprendeu a costurar, que fez uma blusa pra si mesma…. uma amiga, a Jéssica fez aulas de coisas que ela nunca tinha feito antes: poesia, pintura, cerâmica. Tem gente que se forma aos 50, muda de carreira. Conhecem a Keka, a que viaja pelo mundo? Ela largou um concurso de bombeira em Goiás para conhecer o planeta e eu só acho isso incrível, corajoso. Não, claro que você não precisa largar tudo. Não dá certo pra todo mundo. Teu nome pode parar no SPC e você pode ficar sem comida na geladeira, mas é que dá pra não deixar toda a mágica da vida morrer.

Se a gente trabalha pensando no fim de semana, se mata todo dia só pra ter uma semana de férias no ano, a gente perde o caminho. E quando a gente é adulto esse tempo parece ir mais devagar. Agora experimenta ter um bebê em casa: em um dia ele não abre o olho direito e no outro tá aprendendo a andar. Passou um ano, dois, sua criança para de te chamar pra brincar e não quer mais dormir na sua cama. Por aqui ainda tem quarto cheio, tem magia e tem desenhos esparramados pela casa e eu queria tanto que esse tempo não passasse nunca. Porque eu não consigo me lembrar qual foi a última vez que eu pedi pra dormir na cama da minha mãe nem a última vez que um beijo curou meu dodói.

E se nadinha que eu falei faz sentido por aí, não tem problema. É que esse texto não é pra você!

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Cinema
Já não escuto mais a guitarra

Surgido como um produto tecnológico fruto da revolução industrial, o cinema transformou-se em arte após muitas críticas à sua existência em seus primeiros anos, em especial à sua natureza voyeurística, aproximando-se mais de peep shows e espetáculoscircenses do que de uma experiência propriamente estética. No princípio, mais do que contemplar, buscava-se vigiar e espiar, e os donos das primeiras salas de cinema pouco se importavam com a elevação do meio rumo à arte uma vez que seus bolsos estavam constantemente cheios.

Conforme inúmeras mudanças aconteceram no curtíssimo espaço de tempo que foram as décadas iniciais do século XX, entre as quais o crescente desinteresse por um meio que perdia sua novidade e, em contrapartida, o surgimento de uma linguagem cinematográfica estadunidense originada por D. W. Griffith, percebeu-se que a relação observacional do espectador para com a tela não deixou de existir. Pelo contrário, houve uma significativa mudança em como a audiência olhava para as imagens, especialmente quanto àquilo que buscava imaginar a partir dos 24 quadros por segundo. Conforme o inesperado deixou de ser inédito, o cinema viu-se na obrigação de transformar-se em sentimento.

Nesse sentido, conforme as audiências amadureciam lado a lado com o próprio cinema, urgia a criação de obras que falassem e dialogassem com as complexidades emocionais dos indivíduos que compravam ingressos e lotavam salas pelo mundo. Mundo esse que se tornava cada vez mais sombrio e cruel. Assim, entre as décadas de 1930 e 1950, a Sétima Arte consolidou-se, mais do que somente na relação de indivíduos para com o espaço em um recorte temporal de movimento, como 24 sentimentos por segundo. Sob essa ótica, nenhum cineasta é tão sentimental, completo, simultaneamente clássico e moderno como Nicholas Ray.

Falar de Nicholas Ray é falar de um olhar muito raro para com a própria sociedade estadunidense. Um olhar acusatório perante a sociedade enquanto simultaneamente afaga os excluídos e busca entender as vítimas das garras de um sistema econômico que não poderia interessar-se menos pelo que é ser humano. Surge assim Johnny Guitar, lançado em 1954 buscando olhar para um dos períodos mais violentos da história dos Estados Unidos.

Centrado na luta de Vienna, magistralmente interpretada por Joan Crawford, dona de um saloon que recebe os indesejados da região, contra as pessoas de bem que buscam apossar-se de suas terras, Johnny Guitar, intitulado graças ao personagem misterioso de mesmo nome interpretado por Sterling Hayden,é, para além de um filme genial, uma narrativa profundamente funcional em sua simplicidade. Mais do que isso, éuma obra-prima em que cada gesto é muito mais que um mero ato, mas sim uma confirmação simbólica de um olhar estético perante um gênero de muitas contradições que é o western, em um tempo no qual o mero ato de existir era uma pulsão de violência.

Pode-se chamar essa obra de anti-western, western definitivo, melodrama disfarçado de western, western camp... o que importa é que se trata de um dos (muitos) filmes definitivos do cineasta americano definitivo. Daquele que é, provavelmente, o gênero americano definitivo. Feito por um cineasta que, em um gênero profundamente problemático quanto ao trato das mulheres, posiciona duas personagens femininas como fios condutores da trama, isso ainda com alguns traços sutis e intertextuais de homoerotismo. Um cineasta que, em uma época de perseguições políticas cegas, coloca o establishment como o grande vilão da obra, em sua perene busca enquanto artista por defender os indefensáveis perante o olhar hegemónico e representar os esquecidos e não pertencentes. Há algo mais triste e comum do que simplesmente não pertencer?

Para além de um dos mais clássicos usos do tecnhicolor, Ray eleva seu uso corriqueiro da linguagem para além de suas costumeiras resoluções cénicas em um plano geral/conjunto mais alongado e, a posteriori, um contraplano mais próximo e mais um plano de descrição para um uso quase espiritual da luz. Uma luz muito chapada, onipresente e controlada que ilumina todas as ações quando há embates e que, quando o amor se revela, é reduzida a um mero recorte dos rostos a se fundirem e, quando o amor se finda momentaneamente, a luz natural quase estourada a mostrar como, naquele ambiente e naquela junção de espaços, não há nada nativo para além da violência.

Nicholas Ray foi, desde sempre, alguém com um viés social muito forte e que, ainda assim, por saber que é um artista, propõe muito mais um olhar estético e poético através de imagens-símbolos do que resoluções sociais. Não só por trabalhar em um período de censura arraigada em Hollywood, mas por compreender muito bem o papel do artista e a inutilidade da arte em si. E o final não poderia ser mais artístico. É a completa subversão em forma de romance. É um olhar sobre uma sociedade doente a partir de um dos mais belos olhares estéticos já feitos em celuloide. Afinal, não é para isso que existe o cinema?

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