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O ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia Marcelo Augusto, líder do PHS em Goiânia, definiu-se: “Mesmo enfrentando os tubarões, vou disputar mandato de deputado estadual”.
Marcelo Augusto diz que tem o apoio de algumas igrejas evangélicas, de parte dos integrantes do SindiGoiânia, da Legião da Boa Vontade (LBV), do vereador Zander Fábio e de dezenas de vereadores em vários municípios de Goiás. E é uma das apostas do presidente nacional do PHS, Eduardo Machado.

Leitor de vida inteira de Marcel Proust, Pedro Nava, também conhecedor de Henri Bergson, entendeu os mecanismos da memória involuntária. Sua obra é profundamente proustiana, influência que proclamou abertamente. Daí sua fixação obsessiva com a passagem do tempo, como confessava
De um friboizista juramentado: “Se Iris Rezende não retirar a candidatura de sua mulher, Iris Araújo, da disputa para deputada federal, a história da ‘panelinha familiar’ pode voltar com força total”.
O mesmo friboizista garante que, se Iris Araújo não for candidata à reeleição, muitos aliados de Júnior Friboi, mesmo sem muita motivação, vão apoiar Iris Rezende para governador.
A ressalva é que Iris Rezende não gosta de que lhe coloquem a faça no pescoço.
O ex-pré-candidato a governador pelo PMDB Júnior Friboi não está muito satisfeito com o candidato a deputado estadual Ernesto Roller.
Aliados de Friboi estranham a repentina empolgação de Ernesto Roller com Iris Rezende. Mas o empresário não retirou o apoio político e financeiro ao ex-deputado.
Vários peemedebistas, alguns são iristas de carteirinha — para eles, o irismo é uma espécie de religião evangélica —, estranham a pouca mobilidade do candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende. Eles têm a impressão de que Iris vai tentar fazer sua campanha — uma campanha que será disputadíssima — a partir de seu escritório, com poucos contatos com os líderes em suas cidades.
Uma campanha feita a partir do escritório é vista como burocrática. Os peemedebistas temem que Iris faça sua campanha a partir, além do escritório, da produtora de vídeo que deve fazer a sua campanha na televisão. “Espera-se que Iris não esteja sendo iludido por algum marqueteiro de que será preciso fazer a campanha apenas ouvindo aliados no seu escritório, aparecendo no programa de televisão e expondo as ideias nas redes sociais. Os homens do interior querem contato físico, querem ver o candidato e ouvir diretamente deles o que pensa sobre determinados assuntos. Além do mais, a sociedade civil organizada aprecia debater as ideias dos candidatos.”
O Jornal Opção ouviu de um irista que, sim, Iris não vai ficar apenas em Goiânia. “Na verdade, Iris estava articulando a montagem da chapa majoritária e isto tinha de ser feito no escritório, em conversas reservadas. A partir de agora com a chapa definida, ele vai abrir conversações com os líderes políticos, empresariais e outros.”
Na semana passada, mesmo tendo passado a maior do tempo em sua fazenda, no município de Posse, Júnior Friboi afunilou os nomes dos candidatos a deputado federal e estadual que vai apoiar na eleição de 5 de outubro deste ano.
Para deputado federal
1 — Marcelo Melo (PMDB) — É dos políticos mais ligados e leais a Júnior Friboi. Mas está relutando em disputar. Porém, se o empresário disser “vai”, ele não hesitará dois minutos. O ex-deputado federal se converteu ao anti-irismo mais feroz.
2 — Denis Pereira (PRTB) — Este é daqueles políticos que são da cota de Friboi. Suas eleitorais são mínimas, mas terá estrutura suficiente para fazer uma campanha de médio a grande porte.
3 — Pedro Chaves (PMDB) — É a principal aposta de Friboi. Deputado federal, o líder do Nordeste goiano pode ter dificuldade para se eleger, especialmente se o candidato a governador do partido, Iris Rezende, não decolar.
4 — Daniel Vilela (PMDB) — É citado por Friboi como seu golden boy. Deve ser um dos mais bem votados.
5 —Paulo do Valle (PMDB) — É o principal nome do empresário no Sudoeste goiano.
Para deputado estadual
1 — Leonardo Veloso (PRTB) — O líder político do Sudoeste é uma das apostas do grupo de Friboi.
2 — Gilsão Meu Povo — É um vereador muito popular em Aparecida de Goiânia.
3 — Ernesto Roller (PMDB) — O único problema, detectado por Friboi, é que o ex-deputado está muito entusiasmado com Iris, o que desagrada o empresário.
4 — Cairo Salim — O candidato tem o apoio do empresário e da Igreja Videira.
5 — Charles Bento — O vereador um dos principais aliados de Friboi em Goiânia.
6 – Nélio Freitas — Tem atuação forte em Luziânia e Orizona.
7 — José Henrique — É o nome de Friboi em Rio Verde. O ex-vereador é um político conceituado.
8 — Waguinho Siqueira — É uma das apostas do empresário em Goiânia. O deputado fazia parte do grupo de Iris Rezende e mudou de mala e cuia para o grupo de Friboi.
9 — José Essado — O ex-prefeito de Inhumas se tornou um dos avalistas de Friboi no PMDB.
O marqueteiro Paulo de Tarso, com o apoio de Carlos Maranhão, vai formular a campanha da chapa majoritária da base governista. Quer dizer, vai produzir a campanha do governador Marconi Perillo (PSDB), de seu vice José Eliton (PP) e do candidato a senador, Vilmar Rocha (PSD).
O vice terá, porém, seu próprio marqueteiro. Será Ademir Lima, conhecido como o Mago. Trata-se de um marqueteiro com experiências em várias campanhas políticas.
A mão pesada no combate ao tráfico e ao uso das drogas deve atingir toda a capilaridade do sistema e pôr abaixo a árvore frondosa do crime organizado
Josias Cesalpino de Almeida
Especial para o Jornal Opção
[caption id="attachment_7893" align="alignleft" width="400"] Mais prisões: é preciso construir quantas foram necessárias para prender os bandidos no Brasil[/caption]
A inexistência de uma política de segurança pública de âmbito nacional, somada a outras mazelas sociais, levará o Brasil a perder uma preciosa dádiva: o último bônus demográfico que a natureza vem lhe concedendo pela última vez. É que, em função do aumento da expectativa de vida da população em geral, doravante um dos problemas a serem enfrentados pela sociedade será o encolhimento da mão de obra economicamente ativa e os encargos com os idosos. É uma pena e uma irresponsabilidade, essa forma de diferimento do passivo social para nossos filhos, netos e bisnetos.
Um país com as dimensões geográficas do nosso, com imensas necessidades e demandas mil, com minguada ou exígua capacidade de investimentos não apenas no social como também na infraestrutura [e uma depende da outra em diferentes escalas], não pode permitir o desastre da aniquilação de seus adolescentes, jovens e indivíduos de meia idade, sob pena de inevitavelmente comprometer o seu futuro. Ou viver por viver, a caminho de uma “etiopização”.
Matérias na imprensa goiana na semana passada são estarrecedoras, seja pelo aspecto numérico – 30 homicídios em 12 dias –, seja pela descrição do mapa do roteiro da morte violenta na capital do Estado. Os assassinos não estão livrando a cara de ninguém. Eles miram sempre na cabeça, seja ela uma menina de 13 anos, ou uma adolescente grávida, de 17. E a desculpa é quase sempre a mesma: “ah, tinha envolvimento com as drogas!” E daí? Assim não dá mais para continuar. Ocorrem-me algumas propostas para reflexão e debate, como explicitado a seguir.
Prender os traficantes, além de obrigá-los a trabalhar na prisão [e por que não?]. Pena mínima: dez anos para os marinheiros de primeira viagem, o dobro para os reincidentes, o triplo para os renitentes e perpétua para os irrecuperáveis. Ah! Mas as prisões não comportam tantos presos. Isso é um “argumento” fajuto, uma conversa fiada. Este país é soberano e pode gastar bem mais com esse item do que gastou com a Copa. Que tal construir, Brasil afora, mais umas 200, 250, 300 – sei lá quantas! – prisões? As que forem necessárias. Qual é o problema? A mão pesada no combate ao tráfico e ao uso das drogas teria continuidade até atingir toda a capilaridade do sistema. Pôr abaixo essa árvore frondosa do crime organizado. Aliás, este último adjetivo não é uma falácia? Neste país, até hoje pelo menos, nem o governo é “organizado”. Para isto seriam tomadas, entre outras, as seguintes providências: as fronteiras nacionais seriam policiadas 24 horas por dia pelas forças armadas (Exército nas partes sólidas do terreno – Marinha [e sua guarda costeira, também a ser criada] – nos mares, lagos e rios - Aeronáutica no ar [com os drones e aviões armados e autorizados a derrubar aeronaves intrusas ou que se recusassem a aterrissar], podendo vigiar até o espaço sideral. De novo: e por que não? Nada disso é antidemocrático. Basta colocar nas leis próprias.
Prosseguindo no projeto “IÇAR DA LAMA O BRASIL”: exacerbar as penas para os traficantes; apenar os usuários de entorpecentes, ainda que de forma mais amena e dando-lhes uma chance de ir procurar o que fazer [digamos 50% da pena dos traficantes], estendendo-lhes a pena de prisão por uso de substâncias ilícitas [ao invés de liberar o consumo, como propõem alguns cretinos deste país]. Simultaneamente, implantar o ensino fundamental e médio em tempo integral [de matrícula e frequência compulsórias para o total da infância e da adolescência]; criar escolas técnicas e profissionalizantes país afora, tantas quantas forem necessárias, a fim de melhorar a qualidade técnica do trabalho e, aí sim, aumentar a renda dos trabalhadores; instalar centros de assistência médico-odontológica/psicológica[estes para os desajustados e complexados de todo gênero]; zerar o analfabetismo funcional – o que é bastante fácil tecnicamente, politicamente palatável, humanamente elogiável, razão por que, estranho, não se sabe o motivo da demora quanto a esta iniciativa, esse governo que se proclama popular e “de esquerda”.
Pregos no caixão de Joaquim Barbosa
O PT tanto fez – e desfez – que conseguiu tirar Joaquim Barbosa do STF. A despedida do ministro alegando o exercício do livre-arbítrio não faz justiça ao seu nível intelectual. Por isso não me convence. O livre-arbítrio situa-se no plano das decisões íntimas e mais profundas do ser humano; refere-se à liberdade de decidir sem nenhuma razão de natureza externa à condição intrínseca do próprio ser. Ora, há tempos Joaquim Barbosa vinha sendo (e talvez continue a sê-lo) insultado, xingado e enxovalhado pelos petistas. E de tal forma que o achincalhe não escolhia lugar: fosse a um restaurante, fosse aos aeroportos para uma viagem, abrisse as páginas das redes da web, lá o magistrado deparava com as cracas do mal. Elas são onipresentes, insolentes, repelentes, repulsivos e não têm outra ocupação a não ser azucrinar. Todo mundo sabe disso. Na verdade, Joaquim Barbosa passou a ser um obstáculo à ocupação total do poder, como deseja e para isso trabalha o PT e seus guerrilheiros cibernéticos. Foi assim que a militância bolivariana “involuiu” para as ameaças, inclusive de morte. E ele sabe que a ideologia do ódio é capaz de matar – veja-se o livro de Padura, nas livrarias, com a história do assassinato de Trotsky. Basta uma ameaça ao projeto de poder desses totalitários para que eles fiquem ouriçados e partam para o tipo de ação que ceifou a vida de Trotsky e desestabilizou o ministro – além de muitos outros crimes mundo e história afora. Discordo da OAB, local e nacional, quando se unem às babás de prisioneiros e quaisquer delinquentes já condenados por crimes hediondos, bem assim no caso dos mensaleiros em geral. O ministro Joaquim Barbosa não condenou aqueles malfeitores sozinho: a maioria dos demais ministros o acompanharam em seu alentado e fundamentado voto. Não foi ele quem inventou o foro privilegiado para qualquer “Depufede” da vida, como dizia Stanislaw Ponte Preta, jornalista de combate de saudosa memória. O STF é a única corte suprema do mundo que admite recurso para ela mesma. Portanto, os embargos infringentes é uma velharia cambeta, uma invenção do ministro Lewandowsky e uma concessão ao “garantismo” do direito penal brasileiro — uma teoria “malledeta” que faz do bandido um sujeito do bem e do policial que o algema, do promotor que o acusa e do juiz que o condena verdadeiros algozes e suspeitos de atentarem contra os direitos humanos — quando, na verdade, apenas cumprem a lei e prestam excelente serviço à população. E digo mais: enquanto permanecem preocupados com os direitos de um sujeito como Zé Dirceu, que tentou enganar o próprio Supremo com aquele falso emprego de R$ 20.000,00 num hotel cheio de defraudadores em Brasília, o governo expele um decreto bolivariano como o de nº 8.243/14, tão ruim e perigoso para a democracia que até os presidentes do Senado e da Câmara Federal se posicionaram contra. Por esse grave deslize, ficam ambos publicamente notificados e desautorizados por esta matéria que pelo menos em meu nome essas duas entidades não falam. Não lhes reconheço autoridade moral para tanto. lO marqueteiro e político Jorcelino Braga (PRP) deve produzir duas campanhas políticas este ano: a de Vanderlan Cardoso, seu aliado, e a de Iris Rezende.
Uma filha de Iris Rezende, Ana Paula, tem conversado com frequência com Jorcelino Braga a respeito de como será produzida a campanha. O aliado de Vanderlan não será o marqueteiro de Iris, e sim atuará, se atuar, como produtor. A Kanal Vídeo, empresa do presidente do PRP, tão-somente produzirá a campanha de vídeo do peemedebista.
O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), disse ao Jornal Opção que os evangélicos representam hoje de 22% a 25% do eleitorado de Goiás. “Somente os evangélicos das igrejas Assembleias de Deus, em todo o Estado, representam 10% do eleitorado. Ou seja, aproximadamente, são 400 mil eleitores. Se a maioria decidir votar num candidato a governador, o eleitorado evangélico pode desequilibrar qualquer pleito.”
“A indicação de Luiz Carlos do Carmo como suplente de Ronaldo Caiado, além da defesa da família que o deputado federal tem feito, fortalece, e muito, a chapa majoritária de Iris Rezende (governador), Armando Vergílio (vice-governador) e Ronaldo Caiado (senador)”, diz Agenor Mariano.
Na OAB é assim: o vice não assume, em caso de renúncia do presidente. Na verdade, Os integrantes do Conselho Seccional se reúnem e elegem o sucessor para o mandato-tampão. A escolha se dá, de modo indireto, entre os conselheiros. Os nomes mais cotados são: Sebastião Macalé (é o candidato natural), Júlio Machado, Júlio César Meirelles, Flávio Borges, Pedro Paulo Medeiros
Se deixar a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, para ocupar um cargo no governo Marconi Perillo em 2015 — claro que se o tucano for reeleito —, Henrique Tibúrcio (PSDB) passa a ser cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia, ou então para ser vice de Jayme Rincon (PSDB).
O único problema é que, em 2016, a chapa não deverá ser pura e Rincon e Tibúrcio pertencem ao mesmo partido, o PSDB. É provável que o deputado federal Sandes Júnior, do PP, será indicado para a vice.
O fato é que o governador Marconi Perillo está preparando Tibúrcio para voos políticos bem altos.
[caption id="attachment_7909" align="alignright" width="620"] Marconi Perillo e Júnior Friboi: os dois podem ser aliados no primeiro turno ou, pelo menos, no segundo turno[/caption]
Marqueteiros, pesquisadores, pesquisadores e cientistas políticos não dizem que será barbada, mas concordam que há uma tendência de o governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição, ser o líder no primeiro turno. A disputa pela segunda vaga ficaria entre Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT). Com a tendência, dada a polarização histórica, de Iris ser o segundo colocado e, portanto, ser o nome para disputar o turno seguinte com o tucano-chefe.
Os mesmos especialistas avaliam que o segundo turno vai ser duríssimo para quaisquer candidatos que chegarem lá — Marconi, Iris, Vanderlan ou Gomide. No segundo turno há a tendência de uma candidatura encorpar-se mais do que a outra. É fato que, em 2010, as oposições se uniram, com Vanderlan Cardoso, Antônio Gomide e Iris Rezende — o candidato que disputou com Marconi —, mas nada adiantou. O tucano foi eleito, com uma votação apertada. Mas, como no futebol, 1 a 0 é o mesmo que 10 a 0. O que importa mesmo é ganhar, ser eleito. O resto são firulas acadêmicos ou filigranas úteis para jornalista escrever artigos especulativos.
O segundo turno tende a ser duro para Marconi se for formatada uma aliança que inclua Iris, Vanderlan e Gomide. Mas uma defecção está configurada de antemão. Se Iris for para o segundo turno contra Marconi, o empresário Júnior Friboi tende a pôr sua máquina eleitoral e financeira à disposição do tucano. Porque o objetivo do empresário, que se considera traído, é mais derrotar Iris, para assumir uma espécie de espólio do PMDB — com vistas à disputa de 2018 (quando Iris terá 85 anos e, certamente, não disputará mais eleições) —, do que derrotar Marconi.
Há um porém relevante. No segundo turno, ao contrário de no primeiro turno, o quadro nacional vai pesar em Goiás. A tendência é que o candidato do PSDB, Aécio Neves, dispute o segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e é praticamente certo que o senador mineiro terá o apoio do candidato a presidente do PSB, Eduardo Campos. Sendo assim, talvez seja possível que Campos “puxe” Vanderlan para uma composição com Marconi Perillo, com o objetivo de enfraquecer o PT e o PMDB tanto local quanto nacionalmente.
Portanto, não é provável que Marconi fique isolado, com sua aliança tradicional — com PSDB, PSD, PP, PTB, PR, os partidos mais sólidos de sua base política —, contra uma mega-aliança em torno de Iris Rezende. No caso de segundo turno entre Vanderlan e Marconi — Iris e Ronaldo Caiado ficam com o primeiro. Se o segundo turno for entre Marconi e Gomide, Iris tende a ficar com o petista, mas Vanderlan pode ficar com o tucano.
Num ponto todos concordam: o que importa mesmo, tanto no primeiro quanto no segundo turno, é o candidato — e não necessariamente suas alianças. Porque o eleitorado, cada vez mais independente, escolhe para governar não aquele político indicado pelos líderes, e sim aquele que avalia como mais capaz de governar e modernizar o Estado. Acrescente-se que, no segundo turno, as estruturas políticas e financeiras pesam menos.
[caption id="attachment_7910" align="alignright" width="330"] José Mário Schreiner: candidato a deputado federal, deve perder o apoio de Ronaldo Caiado[/caption]
Candidato a deputado federal pelo PSD, o produtor rural, ex-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) e ex-vice-presidente da poderosa Confederação Nacional da Agricultura José Mário Schreiner está numa situação complicada — entre a cruz e caldeirinha, como se dizia nos tempos de antanho. Crente de que o deputado federal Ronaldo Caiado iria compor com o governador Marconi Perillo, disputando mandato de senador, Schreiner fechou uma aliança com ele — herdando seu apoio e suas bases eleitorais. No entanto, com a defecção do democrata para o lado de Iris Rezende, Schreiner não sabia o que fazer, na semana passada.
Filiado ao PSD, Schreiner apostava que Vilmar Rocha seria o vice de Marconi Perillo e que Caiado iria a senador. Agora, por fidelidade partidária, tem de apoiar Vilmar para o Senado, sonegando apoio ao aliado Caiado. Mas, se fizer isto, perde o apoio do democrata e de parte dos produtores rurais.
Na semana passada, Caiado, observando a saia justa de Schreiner, planejava apoiar outro candidato a deputado federal, possivelmente Tanner de Melo, de Aparecida de Goiânia. Há quem aposte que Schreiner pode desistir da disputa. Mas, em conversas com aliados, ele disse que vai manter a candidatura.

Com uma atuação estratégica, Marcus Vinícius Queiroz organizou a campanha que reelegeu Juan Manuel Santos em um acirrado segundo turno