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O cinema se enxerga

“Todo Filme É Sobre Cinema”, é a seleta do trabalho autoral de Nei Duclós sobre obras e protagonistas de uma arte voltada para si mesma

Romances travestidos de contos

Na coletânea “Ter Saudade Era Bom”, Moema Vilela acomoda nas formas breves a densidade criativa das narrativas longas

On the road ou uma pequena prece para Kerouac

PAGINA 5

Cristiano Deveras

Era novamente eu e a estrada. A vastidão do nada à frente e a mesmice do que ficou para trás, os horizontes que atravessavam as janelas do veículo, celerados, assustados e velozes. Não, acho que era eu quem corria demais. O pé direito afundado no acelerador me dava uma vaga suspeita disso.

Tentei lembrar-me o que havia me levado ali: a) um ano dedicado aos estudos e um concurso que no fim das contas, não deu em nada; o que leva invariavelmente a um b), estar tão deslocado no seu próprio eixo, devido ao isolamento para estudo e às profundas meditações transcendentais e sem sentido, que a melhor forma de se recolocar é sair por um tempo e depois voltar, acertadamente ao seu lugar, ou fingindo metodicamente estar.

Então, meu irmão fechou animadamente um negócio com um primo meio trambiqueiro, que mora no extremo norte do Estado. Era para trazer um carro para minha mãe, um Honda Civic 2007, com todos os apetrechos que um carro deste porte deve ter. O transportador seria eu, que iria de ônibus e voltaria guiando. Não me perderei nestes detalhes. Até porque não lembro muito bem de nada depois disso. Fui colocado ou direcionado ao meu assento no banco do ônibus por algum funcionário da viação; como houve um senhor atraso no embarque, passei meu tempo ocioso na lanchonete mais próxima do embarcadouro, cervejas e whiskys falsificados me fazendo companhia. Podem não ser as melhores companhias do mundo, mas te ajudam a passar o tempo. Daí que a ida foi um sono contínuo, uniforme e vomitado. Acredito que ganhei alguma antipatia dos outros passageiros. Talvez tenha tido isso do motorista também, a contar pelo jeito que me empurrou porta afora, quando chegamos na cidade do meu destino. — E que destino! — exclamei.

Sob um calor de no mínimo cento e cinquenta graus, a rua principal esturricava abandonada. Olhei quase no fim dela e vi a garagem de meu primo, ao lado de um agradável botequim, um oásis de calma e beleza rodeado de palmeiras — Melhor pegar o tal carro e me arrancar daqui, ou corria o risco de ganhar raízes profundas.

Cheguei com cara da ressaca encarnada, ainda não havia comido nada, depois de uma noite de solavancos e sonhos entrecortados. Carlos, o parente vendedor de veículos, me deu um abraço mais falso que uma moeda de dois reais:

— Grande Juliano! Como é que tá o cara mais famoso da família Werneck? — Até que vou bem, mas não sou o mais famoso: o primo Alceu é quem tá bombando nas manchetes agora, depois daquele caso de desvio de dinheiro público. — Ah, mas isso é ficha. Em pouco tempo o povo esquece disso, vai por mim. Mas no teu caso, você é um artista, um escritor, daí que não dá para esquecer. — Isso se você escrever. Como não ando escrevendo, dane-se. É este o carro?

Ele fez um sim desconfiado, como uma raposa na porta do galinheiro. Deixei que o desdém do meu olhar demonstrasse que não me animei nada com o escolhido. Olhei em volta e todos os outros automóveis tinham o mesmo ranço estético; vários outros sedans alinhados, juntamente com alguns hatchs econômicos e algumas pick-ups monstruosas. Nenhum conversível, nenhuma motocicleta endiabrada, nenhum escape de duas ou quatro rodas. Foi então que o vi. Parado no canto, me chamando, quase ordenando que o ligasse. Era um carro de sonho. Na verdade, uma lenda. Deixei o escolhido de lado.

— Roda? — O quê, aquele ali? Você deve estar brincando, não é para sua mãe? — É, mas a gente divide o carro. Daí que acho que aquele ali é perfeito. Pega a chave.

Girei o segredo no tambor e senti o motor explodir: aquilo sim, é que era o som verdadeiro de uma engrenagem em movimento, o bom e velho carburador, não aquela coisa insossa da injeção eletrônica. O barulho do motor me impedia de ouvir o que meu primo teimava em gritar ao lado do carro. Ele apontava alguma coisa para dentro do veículo e eu somente acenava a cabeça, sorrindo maquiavelicamente como se entendesse tudo. Por fim, ele se aproximou e disse:

— ... Fora isso, tá tudo beleza. Fiz o motor, o câmbio e a suspensão, o bicho tá tinindo! Mas ainda acho melhor você colocá-lo em uma cegonha ou levá-lo sobre um caminhão. — E perder o melhor da festa? Nem na bala.

Acertei a papelada com Carlos, comi alguma coisa que pedimos diretamente do botequim e comecei o meu retorno para casa. Não via a hora de cortar o espaço com aquela máquina. Atravessei a cidade com controlada ansiedade, louco para chegar na rodovia e começar verdadeiramente a rodar. Quando as rodas de liga leve começaram a desfilar na estrada, vi o brilho do olhar dos fãs de motores chegando a corroer as fortes latarias. Meu ser começou a se integrar com o veículo logo após os oitenta por hora. Senti o volante se tornar uma extensão de minhas mãos e os pedais grudarem-se aos meus pés, o coração correndo em uníssono com o motor e minha força sendo transmitida pela transmissão daquele carro dos sonhos.

Era novamente eu e a estrada. Foi quando percebi o que meu primo tentara desesperadamente me mostrar. O painel de instrumentos, vez por outra perdia o contato, ficando estático, sem fornecer informação nenhuma. Isto me fez gostar ainda mais daquele carro, pois suas falhas em muito se assemelhavam às minhas: sem marcador de RPM, nem ele nem eu sabemos a própria força ou potência; isto geralmente atrapalha muito coisa, seja em um aclive acentuado ou em um relacionamento conturbado; sem o controle do combustível, nunca sabemos até onde teremos gás para podermos ir, seja na estrada ou na vida, mas dane-se, quem perde tempo com isso? Um dia tudo acaba mesmo. A falta do velocímetro me impede de saber a que velocidade estou indo, mas algo dentro de mim me assegura que estou indo no tempo certo, no momento exato, e que em mais ou menos tempo chegarei em algum lugar; já a falta do marcador de temperatura é grave, pois assim como o motor pode fundir devido ao excesso de calor, sua falta na vida nos deixa sem saber se nossas relações estão próximas da ebulição ou em total e completo congelamento.

Todas estas conjecturas ajudam a despertar mais uma companheira de viagem que me acompanha desde muito. Minha velha e conhecida sinusite. A dor que se espalha pela cabeça se assemelha a milhares de pequenas e pontiagudas facas distribuídas pelo crânio, com uma raiz profunda que desce por detrás do olho direito e se esgueira pela orelha, chegando a sussurrar coisas obscenas em meu ouvido; não tomo analgésicos pois eles causam dependência e a pior coisa do mundo é estar dependente (de algo ou de alguém). Por esta razão me apeguei a esta dor como um náufrago a uma tábua.

Mas acho que me enganei. A pior coisa do mundo não é a dependência, mas sim viver frustrado. É pior que morrer duas vezes; uma porque se sabe que ainda vai morrer, outra, porque realmente todo o sentido da vida se esvai com aquela imagem de quem você deveria ter sido. Neste exato momento vejo um eu bem sucedido sentado no banco detrás, rindo amigavelmente para mim, tentando me passar alguma confiança. Foda-se.

Enquanto devoro quilômetros rodas abaixo, com o pensamento solto e livre, tentando decifrar o código secreto da vida, ao lado sempre aparece um ou outro apressadinho tentando apostar corrida comigo; ao adentrar um carro poderoso (ou se destacar de qualquer outra maneira) você sempre verá as pessoas (pelo menos as pessoas mais idiotas) te chamarem para um racha, uma aposta ou uma desafio qualquer. Ao não aceitar, estarão todos te avaliando por questões de valentia ou medo, mas ninguém (salvo raras exceções) perceberá que não procedeu daquela forma justamente para não fazer aquilo que as pessoas esperem que você faça.

Acredito que exatamente por isso que trouxe este maravilhoso Maverick V8, e não o tal Honda... Apesar de meu irmão quase ter enfartado, fico sempre tocado ao saber que minha mãe é, aos quase sessenta anos de idade, a feliz proprietária de um autêntico muscle car. E sinto-me como um garotinho, toda vez que Mamãe, dirigindo seu V-oitão pelas ruas, vai me buscar em mais um sarau de poesia, enquanto vou bebericando meu Jack Daniel´s madrugada afora... A lei seca pode ter me privado de um dos meus passatempos prediletos (direção ébria pós encontro literário), mas ao menos serviu para melhorar meu relacionamento familiar.

Cristiano Deveras é escritor.

A história na época das técnicas de reprodução digital

A introdução da máquina causou mudanças no modo como as pessoas viviam. Toda uma infraestrutura tecnológica começou a crescer ao redor delas. Isso fez com que alguns historiadores e críticos de arte vissem que não eram só os tempos que estavam mudando em decorrência da tecnologia, mas a nossa própria consciência

Lista dos sonhos que nunca envelhecem

[caption id="attachment_22517" align="alignright" width="620"]M. File M. File[/caption] Eberth Vêncio Especial para o Jornal Opção

Nem sei por onde começar. Fazer um recall da Big Bang. Disputar o céu com os pássaros usando apenas as minhas asas de cobra. Morrer pela boca num beijo bem velhinho dormindo num dia de domingo e despertar no paraíso com a cabeça repousada no colo da vovó com Deus uma mulher (que surpresa incrível!) a coar o café. Enterrar pessoas só de brincadeirinha única e exclusivamente na areia. Construir castelos na praia sem ter medo da maré.

Voar na maionese: cantar “Blackbird” em dueto com Paul McCartney. Ser o quinto beatle. Caminhar pela zona do baixo meretrício com a autoestima em alta. Apaixonar-me pela prostituta tímida meiga bonita e tirá-la daquele lugar. Casar uma aposta com véu e grinalda. Roubar flores no jardim da minha vizinha rabugenta onde hoje levantam duas torres monumentais com oito apartamentos por andar três vagas na garagem e nenhuma rosa para ser cobiçada. Ser reconhecido como um poeta.

Ficar famoso o suficiente para que todos prestem atenção quando eu disser em rede nacional “Eu preciso de um pouco mais de respeito”. Então pedir que me esqueçam. Me mandar do planeta num foguete para a lua. Flutuar com a consciência tranquila na gravidade zero. Engravidar um grande amor no banco de couro de um Maverick quatro cilindros ao som de “Born to be wild”. Rir de tudo que não tiver a menor graça. Plantar bananeira no meio da rua e semáforos no pomar.

Almoçar em casa todo santo dia. Ir a pé pro trabalho. Acordar no meio de um enorme problema e constatar que tudo não passava de um pesadelo. Ouvir na cama os segredos picantes que os seus grandes lábios têm pra me contar. Morar em casa própria tipo rancho à beira de um lago e ter um monte de filhos com uma pá mecânica. Lavar a minha égua no “Poema Sujo”. Cuspir com classe e estilo do alto da Torre Eiffel. Gritar na Wall Street que dinheiro não traz felicidade. Cavar um túnel até fugir da prisão chegar ao Japão ou fazer calos nas mãos o que acontecer primeiro. Matar a curiosidade: fazer sexo com uma japonesa.

Desvendar os segredos da maçonaria. Descobrir a cura para o câncer da corrupção. Decorar a última parte do Hino Nacional. Beber leite misturado com manga e não enlouquecer. Passar no vestibular da vida. Ter uma árvore. Plantar um livro. Escrever um filho. Investir num consórcio, operar o períneo, fazer uma lipo, levantar os peitinhos e de quebra entender as mulheres. Juntar meu primeiro milhão de amigos. Ganhar na loteria dos pênaltis. Deitar e rolar com você para que os corpos não criem limo.

Acabar com a violência a miséria e as fronteiras entre os países para que o mundo seja finalmente um único quintal. Curar-me do sarcasmo e do cinismo. Sonhar sonhos mais factíveis. Amadurecer o suficiente mas sem cair de maduro. Crescer tornar-me um adulto resolvido e nunca mais querer ser alguém nessa vida além de eu mesmo.

Eberth Vêncio é escritor e médico.

via Revista Bula

Governabilidade ameaçada, diz Ministério da Previdência Social

[caption id="attachment_22506" align="alignright" width="620"]20140806101122_cleiton_pinheiro_1_ Foto: Presidente do Sisepe-TO, Cleiton Pinheiro: “Estamos solicitando auditorias” / Divulgação[/caption] A gravidade da situação em que se encontra o Fundo de Previdência do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) foi o principal assunto da audiência ocorrida na semana que passou, na sede do Ministério da Previdência Social (MPS), em Brasília. A audiência com o ministro Garibaldi Alves e o secretário da Previdência Social, Benedito Adalberto, contou com a participação de representantes de dez entidades classistas tocantinenses que representam os servidores públicos estaduais, junto com o deputado federal Oswaldo Reis (PMDB) e o deputado estadual eleito Paulo Mourão (PT). Ao ministro da Previdência e sua equipe, os sindicalistas tocantinenses manifestaram a preocupação com a falta de transparência na divulgação dos repasses mensais relacionadas à contribuição dos servidores e à contribuição patronal (do Estado). “Estamos solicitando duas novas auditorias específicas. Uma nos fundos de risco e outra nos repasses feitos ao Fundo de Previdência, incluindo os repasses do pagamento de retroativos dos acordos firmados com os servidores públicos”, explica Cleiton Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), que também participou da audiência em Brasília. Na conversa com os sindicalistas, o MPS também destacou que a vigência do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) do Igeprev vence no próximo dia 30 de dezembro. “O CPR é essencial para qualquer governo estadual ou municipal para receber verbas de transferências voluntárias, firmar convênios e fazer investimentos. É algo que garante a governabilidade. Sem o CRP, um Estado fica absolutamente bloqueado nessas ações inovadoras fundamentais para a sociedade”, explicou Benedito Adalberto. Hoje, o Tocantins tem CRP em função de uma liminar da Justiça Federal. Com o fim da vigência, só uma eventual nova liminar garantirá a manutenção deste certificado a partir do ano que vem, conforme informou o próprio MPS. O Ministério contou que a Advocacia Geral da União (AGU), por meio do Parecer nº 047/ 2014/DECOR/CGU/AGU, de 3 de julho deste ano, opinou pela imediata rescisão do Termo de A­justamento de Conduta (TAC) firmado em 6 de dezembro de 2012. Sendo assim, por descumprimento, o TAC está suspenso. Ao apresentar um breve histórico dos investimentos do Estado do Tocantins, o Ministério da Previdência confirmou que ainda existem fundos desenquadrados, em face da Resolução CMN nº 3.9422/2010. “Estão desenquadrados com relação à Resolução do Conselho Monetário Nacional. O Estado foi notificado e tem que tomar alguma providência para a regularização da situação. Essa é a expectativa que nós temos”, contou o secretário da Previdência Social. Os fundos em questão são Ipiranga e Diferencial. Se o Igeprev não providenciar o enquadramento dos investimentos até o dia 30 de dezembro, o CRP poderá não ser renovado, já que a decisão proferida na cautelar restringe-se aos investimentos dos dois. Os sindicatos também falaram sobre déficit atuarial e questionaram quem seria o responsável por arcar com prejuízos se, futuramente, o Igeprev não tiver recursos financeiros suficientes para arcar com a aposentadoria dos servidores estaduais. Neste caso, o MPS esclareceu que se a situação chegar a esse ponto, o Estado do Tocantins terá que fazer o aporte financeiro necessário para que os servidores não sejam prejudicados. “Não tem como afastar a obrigação do Estado em cumprir isso. O Estado terá que arcar, em último caso, caso haja déficit atuarial. Terá que fazer aportes”, argumentou.

Servidores do TCE discutem reforma política

O presidente do Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Tocantins (Sinstec) e presidente interino da Federação Nacional dos Ser­vidores do Tribunal de Contas (Fenacontas), Paulo Henrique Vilanova, reuniu na terça-feira, 2, em Brasília, com o presidente Nacional da Or­dem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho, e o conselheiro Federal da OAB, Gedeon Pitaluga. Na reunião foram discutidos assuntos relevantes, como reforma política e principalmente a criação de um órgão responsável pelo controle dos tribunais de contas estaduais. “Durante este encontro percebi a sensibilidade do presidente nacional da OAB em relação a esta causa. Ele se colocou à disposição para a aproximação entre as entidades que discutem assuntos importantes de interesse da sociedade brasileira. Este apoio é muito importante,” destacou Vilanova.

Indicado pelo governador Sandoval Cardoso, Alberto Sevilha é aprovado sem sabatina para o TCE

Os membros da comissão especial da Assembleia Legislativa aprovaram a indicação de Alberto Sevilha para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE). A decisão será encaminhada para ser votada pelo Plenário. A comissão especial criada exclusivamente para avaliar a escolha do governado Sandoval Cardoso (SD) para o Pleno do TCE é composta por Raimundo Palito (PEN), como presidente; Jorge Frederico (SD), vice-presidente; Josi Nunes (PMDB), relatora; além de José Bonifácio (PR) e Stálin Bucar (SD). Durante a primeira reunião da comissão, ficou definido que será dispensada a sabatina com Alberto Sevilha, sugerida pelo deputado Sargento Aragão (Pros). A decisão dos membros levou em consideração os artigos 203 e 204 do capítulo seis do Regimento Interno, que estabelece normas para esse tipo de comissão. Os artigos, conforme destacou Raimundo Palito, apenas definem que a votação deve ser realizada em único turno e escrutínio secreto, em até 48 horas após a instalação da comissão. Os membros poderão solicitar informações, caso julguem necessário, mas, segundo ele, já foi analisado e dispensado pelos integrantes da Comissão Especial.

Diretor do HGP assume crise na instituição

O diretor-geral do Hospital Geral de Palmas (HGP), Paulo Faria, em comunicado à im­prensa, assumiu que unidade não tem como servir refeições a servidores, pacientes e acompanhantes “por motivo de suspensão do fornecimento de insumos”. Ele disse no comunicado que recebeu esta informação da Litucera, responsável pelo serviço. Faria informa que está autorizando a entrada de refeições no HGP “até a normalização do serviço”. No comunicado, ele pede aos coordenadores dos setores que organizem as escalas para que os funcionários possam sair para fazer suas refeições (almoço e jantar). “Pedimos desculpas aos colegas, pacientes e acompanhantes desta unidade, pois essa situação foge da capacidade de resolução por parte desta direção, e esperamos que esta situação seja normalizada o mais breve possível.” A questão que os tocantinenses estão se perguntando, a menos de um mês para o fim da atual gestão estadual: será que ainda há tempo?

Mais despesas para Marcelo Miranda assumir

Os deputados autorizaram, na quarta-feira, dia 3, vários benefícios destinados à De­fensoria Pública do Estado (DPE), proposto pelo governo do Estado. Foi concedida mudança no plano de cargos, carreira e vencimentos dos servidores da Defensoria, permitindo a recomposição e atualização da tabela de progressão da DPE. O órgão foi ainda autorizado a criar mais cargos de defensor público do Estado e de reestruturar os cargos de provimento em comissão e funções de confiança dos servidores de apoio técnico e administrativo no quadro de defensor público do Estado, entre outras iniciativas. Favorecendo o mesmo ór­gão, os parlamentares autorizaram o Executivo a contratar empréstimo de R$ 11 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O recurso terá a finalidade de modernizar a gestão da Defensoria. Diante das conquistas, os servidores daquela Casa, presentes nas dependências da Assembleia, comemoraram com muita empolgação.

O eleitor goianiense pode repetir o eleitor goiano e deve apostar num político-gestor

Depois do prefeito Paulo Garcia, que está ficando com a imagem mais de político, os eleitores de Goiânia devem apostar tudo na consagração de um candidato que se apresentar como gestor e tiver um cartel se serviços para exibir à sociedade

LOA de Palmas é de mais de R$ 1,18 bilhão

[caption id="attachment_22508" align="alignright" width="250"]Câmara debate orçamento / Divulgação Câmara debate orçamento / Divulgação[/caption] Já tramita na Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle da Câmara de Palmas o Projeto de Lei n° 38, de autoria do Executivo Municipal, que trata da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro do município em 2015. De acordo com a matéria, a proposta orçamentária para o próximo ano está orçada em R$ 1.182.837.435,00. A previsão é que deste valor R$ 25 milhões sejam destinados para o Legislativo Municipal e R$ 1.157.837.435,00 para o Exe­cutivo da capital. Conforme o PL, “o programa de trabalho para o exercício de 2015 terá como foco os investimentos com a implantação do Corredor Exclusivo para ônibus (BRT), a 1ª Edição dos Jogos Mundiais Indígenas (JMI), a conclusão de obras que estão em andamento e a manutenção e melhoria na qualidade dos serviços públicos já existentes”. A previsão de orçamento – em ordem decrescente – ficou da seguinte maneira para as principais áreas de trabalho do município: Infraestrutura e Serviços Pú­blicos: R$ 269.572.910,00; Educação: R$ 235.151.775,00; Saúde: R$ 216.444.465,00; Ad­ministração: R$ 146.988.680,00; Transporte: R$ 83.338.060,00; Segurança, Defesa Civil e Trânsito: R$ 30.968.200,00.

Com 7 mil casos de dengue registrados, município inicia campanha de prevenção

[caption id="attachment_22718" align="alignleft" width="620"]Além de 7 mil casos notificados, 4,5 mil foram confirmados e 3 pessoas morreram. Como se não bastasse, outra doença bate à porta: a chikungunya / Além de 7 mil casos notificados, 4,5 mil foram confirmados e 3 pessoas morreram. Como se não bastasse, outra doença bate à porta: a chikungunya /[/caption] “Vivemos uma situação não diferente dos outros Estados e países”, diz o médico infectologista, Marcelo Cecílio Daher, que alerta para uma epidemia de dengue. Anápolis não tem um número de casos tão alto como de outros municípios, mas é uma situação que tem preocupado, afinal, o Estado possui as três cidades com os maiores números de incidências a nível nacional: Goiânia, Luziânia e Aparecida de Goiânia. E em Anápolis o índice preocupa: “Tivemos mais de sete mil casos notificados, mais de 4,5 mil casos confirmados e três óbitos”. E, como se não bastasse, outra doença bate à porta: a chikungunya. [caption id="attachment_22719" align="alignleft" width="300"]Infectologista Marcelo Daher: “População deve saber que é responsável por seus atos” Infectologista Marcelo Daher: “População deve saber que é responsável por seus atos”[/caption] Daher explica que o município tem feito um trabalho para reduzir a infestação do mosquito, o que diminui a transmissão da dengue e abaixa, também, o risco de chikungunya. Na dengue, a pessoa infectada tem febre, muita dor no corpo e manchas pela pele. Na chikungunya, os sintomas são febre e muitas dores articulares, que podem permanecer por meses. Ainda que a proporção seja pequena, ambas podem levar à morte. “A chikungunya tem mortalidade menor que a dengue, mas ela incapacita mais”, diz. O infectologista explica que o município trabalha com duas frentes de trabalho. A primeira é a de prevenção, que conta com agentes que visitam as casas e analisam as regiões da cidade. Quando um lote ou área precisa de limpeza, os agentes notificam as secretarias de Meio Ambiente e Infraestru­tura, que, em parceria com a Saúde, realizam o serviço. “Na visita, orientamos a não deixar água parada”, conta. A segunda frente é a de tratamento. As pessoas doentes procuram as unidades de saúde para atendimento. O problema são os ambulatórios abarrotados de pessoas com os sintomas. O modo de evitar a dengue já é tecla puída, mas a população, em geral, tem se excluído e delegado a responsabilidade aos outros: “A impressão que tenho é que a população acha que o poder público é responsável por tudo que acontece com ela”. Por isso, (re)aconselha que as pessoas não joguem lixo na rua e não deixem acumular água. “Nós precisamos que a população saiba que é responsável pelos atos e pela vida dela”, relata. Além disso, outro aspecto relevado por Daher é que Anápolis, tem muitas áreas de terrenos baldios, assim como áreas de entulho e lixo em outros terrenos. “Desse modo, temos reservatórios espalhados pela cidade inteira”, conta. Por isso, conta que a secretária de Saúde tem trabalhado, também, em conjunto com a secretaria de Educação em campanhas de prevenção da dengue. “Envolvemos muitas escolas e as crianças nesses trabalhos para que elas tenham consciência”. Além disso, nesse mês, serão realizadas várias ações pelo Estado e pelo município. No dia 10, será realizada uma caminhada no centro da cidade para tratar do assunto.

Passe Livre valerá no município

[caption id="attachment_22716" align="alignleft" width="620"]Governador Marconi Perillo: “A ampliação é o resgate de uma demanda e de um direito de alunos que reivindicam este projeto há muitos anos" / Foto: Wagnas Cabral Governador Marconi Perillo: “A ampliação é o resgate de uma demanda e de um direito de alunos que reivindicam este projeto há muitos anos" / Foto: Wagnas Cabral[/caption] Com o mês de dezembro, vieram boas novas para Anápolis. Em comemoração pelo primeiro ano do programa goiano Passe Livre Estudantil (PLE), o governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou a próxima meta do transporte coletivo: ampliar a isenção do pagamento de passagem a estudantes de todo o estado. Anápolis é prioridade. Já no início do ano que está batendo à porta, o benefício também valerá para os anapolinos. Cada estudante terá direito a uma quantia de 46 passes por mês. São 23 viagens, contando o trajeto de ida e volta. Quem faz pós-graduação também poderá usufruir do benefício. Marconi assinou a Ordem de Serviço que determina à Secretaria de Gover­no providências para que, em 90 dias, seja apresentado o estudo de ampliação. A extensão será gradual. Depois de Anápolis, o Entorno do Distrito Federal, Rio Verde, Catalão e outros municípios terão direito ao PLE. “Este não é apenas um gesto ousado desta administração, nem tampouco apenas o cumprimento de um compromisso eleitoral firmado em 2010. Muito mais do que isso, é o resgate de uma demanda e de um direito de alunos que reivindicam este projeto há muitos anos”, declarou. O prefeito João Gomes (PT) espera agilidade do Governo. “Nossos estudantes aguardam que as providências pela implementação sejam realizadas o quanto antes. O transporte público é o meio mais usado pelos estudantes anapolinos e, com certeza, este benefício é um dos mais esperados pelas famílias da nossa cidade”, afirmou. O estudo de implantação do programa deve ser concluído até abril de 2015.

Cidade ganha prêmio em SP

Concedidos pela quinta vez consecutiva pelo Instituto Chico Mendes, Anápolis recebeu o prêmio Chico Mendes e o Selo Verde 2014. As condecorações ressaltam o resultado de ações realizadas no município como a reestruturação da coleta seletiva, inclusão dos catadores em cooperativas, aumento de área verde por habitante, licenciamento do Aterro Sanitário e a construção do Parque da Cidade. “Em 2014, o foco foi a sustentabilidade aliada ao desenvolvimento econômico e social. Sem contar que a promoção da qualidade de vida, de forma conjunta com a consciência ambiental, é a nossa prioridade”, sublinha o secretário municipal de Meio Ambi­ente, Francisco Costa, que esteve na premiação em São Paulo na quarta-feira, 3, representando o município. Anápolis ganhou na categoria Ação Socioambiental Responsável.