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TV Globo colocou Patrícia Poeta no freezer ou na geladeira? O que se sabe é que desapareceu

A TV Globo não fala mais de Patrícia Poeta, a ex-apresentadora do “Jornal Nacional”. Por que, exatamente, não se sabe. As publicações do grupo também não mencionam mais o programa que seria apresentado pela jornalista a partir do segundo semestre deste ano. Patrícia Poeta, por ter se recusado a continuar apresentando o “JN”, está na freezer. Talvez não. É provável que esteja sendo empurrada para a geladeira. A Globo estaria desperdiçando o talento de Patrícia Poeta por birra de que algum chefe? É possível. Outro problema: como mexer numa grade de programação tão rígida quanto a da Globo para inserir um programa novo, uma aposta no escuro? Na fotografia, Patrícia Poeta aparece com o marido, Amauri Soares, diretor da Globo.

Iquego será primeira empresa no Brasil a fabricar glicosímetros

Gestão estadual e corporação chinesa firmaram parceria inédita no País para fabricação de aparelhos que fazem o monitoramento da glicemia em pacientes diabéticos

De olho em 2016, Fábio Sousa pode disputar com Rafael Lousa a presidência do PSDB

[caption id="attachment_30988" align="alignright" width="281"]fabio-sousa-facebook-2 Fábio Sousa quer Goiânia | Foto: reprodução / Facebook[/caption] O deputado federal recém-eleito Fábio Sousa (PSDB) articula sua candidatura à Prefeitura de Goiânia. Mesmo já tendo enfatizado que não está "preocupado" com isso agora e manterá "foco na Câmara Federal", o pastor trabalha nos bastidores para se viabilizar como o nome tucano na capital. Apesar de ter conhecimento de que a preferência na disputa é do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, o deputado vai tentar convencer correligionários. A primeira investida será na eleição do diretório metropolitano do PSDB -- a ser realizada no final de maio. Fábio Sousa pode disputar com o presidente da Juceg, Rafael Lousa -- consenso da direção estadual (leia-se governador Marconi Perillo) --, o comando do partido na capital. O objetivo seria, claro, se fortalecer para 2016.

Band demite Paloma Poeta, irmã de Patrícia Poeta, e mais 24 funcionários

patricia-poeta A Band do Rio Grande do Sul demitiu, segundo o Portal Comunique-se, 25 funcionários. O nome mais conhecido é de Paloma Poeta [foto acima; do arquivo pessoal], de 22, irmã da ex-apresentadora do Jornal Nacional Patrícia Poeta. Haroldo dos Santos, coordenador de Esportes, e Christiane Matos também foram demitidos. O portal não apresentou a lista completa dos que foram afastados. Nos bastidores, comenta-se que o faturamento da Band no Rio Grande do Sul caiu e, por isso, a cúpula decidiu enxugar a redação — quase à beira de extingui-la.

Vecci anuncia que desistiu de disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016

Data da publicação: 17 de março de 2015 O deputado federal Giuseppe Vecci, do PSDB, anuncia que desistiu de disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016, sinalizando que planeja disputar o governo de Goiás, em 2018. O economista tucano frisa que, no momento, está mais interessado em trabalhar pelo país e por seu Estado na Câmara dos Deputados. “Eu acabei de ser eleito deputado. Quero trabalhar para isso. Quero continuar aprendendo no Congresso Nacional e, não só aprendendo, mas dando vazão a tudo aquilo que falei para os eleitores que votaram em mim. Meu trabalho é em Brasília.” É sua prioridade. Insista-se: no momento. Em entrevista à Rádio Clube FM, com sua sutileza habitual, criticou o lançamento de nomes para a disputa eleitoral — a fulanização —, sem que antes se discutisse propostas para modernizar a gestão da capital goiana. “É preciso ter boas propostas. Tem que ganhar o povo não é só com a questão personalista de A, B ou C, mas com propostas concretas para o desenvolvimento de Goiânia.” Mas o tucano não se furtou a citar nomes que avalia como qualitativos: o presidente da Agetop, Jayme Rincón, os deputados federais Fábio Sousa, Waldir Soares e a secretária da Educação do governo de Goiás, Raquel Teixeira. Ele excluiu o nome do deputado João Campos, igualmente tucano. Vecci sugere que o PSDB deve candidato próprio em Goiânia e frisa que a gestão de Paulo Garcia é de baixa qualidade. Há quem interprete o recuo como “estratégico”. Vecci não tem estrutura para bancar uma candidatura a prefeito e, por isso, precisa ser bancado.

OAB apresenta a Dilma propostas de combate à corrupção

O fim do financiamento empresarial a candidatos e a criminalização do Caixa 2 de campanha eleitoral estão entre os itens

José Eliton sobre candidatura em 2018: “Se eu for chamado, é claro que aceito”

Vice-governador participou de sabatina do Clube dos Repórteres Políticos, onde debateu temas polêmicos, como o envolvimento do PP no "Petrolão" e sucessão em Goiás

Dilma Rousseff vem a Goiânia nesta quinta-feira (19/3)

Presidente vem para lançamento de obras do BRT Norte/Sul. Expectativa é que a obra dure 18 meses e seja entregue no fim de 2016, ainda na gestão de Paulo Garcia

Caiado adia votação de projeto de serviço social obrigatório para profissionais da saúde

De acordo com senador, para incentivar o serviço público do médico, o Provab deve ser ampliado e as instituições de ensino devem ser supervisionadas

Prefeito Paulo Garcia consegue censurar programa do PHS no qual é criticado

Luas vermelhas do PT e aliados de ocasião passam parte de seu tempo criticando o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), assegurando que é autoritário e que, quando criticado, processa seus supostos detratores. Porém, quando decide censurar alguém, mesmo que esteja fazendo críticas leves e pontuais, o petismo não hesita um minuto. Recentemente, a coluna Bastidores, do Jornal Opção, publicou uma nota informando que o programa do PSH de Goiás criticaria a gestão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. O vídeo do PHS não faz uma crítica pessoal, ao homem Paulo Garcia, e sim ao prefeito, à gestão pública. Noutras palavras, a gravação é, de certo modo, de utilidade pública, uma maneira de apontar problemas na capital — que são graves (as pesquisas de opinião pública mostram o descontentamento com a gestão do petista-chefe). Na segunda-feira, 16, o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, recebeu uma determinação judicial da Justiça de Goiás proibindo-o de divulgar o vídeo no qual critica a gestão de Paulo Garcia. A censura foi pedida pelo prefeito Paulo Garcia, baseado na nota divulgada pelo Jornal Opção. Pegou mal. O TJ de Goiás acatou a tese de que os programas eleitorais têm o objetivo de divulgar as ideias dos partidos (se examinar outros programas, a Justiça terá de censurar a maioria, inclusive os do PT). O prefeito petista também pediu à Justiça que proibisse a circulação na internet, mas o Tribunal de Justiça não concordou. Era censura demais. Será que Paulo Garcia vai conseguir a opinião de todos os goianienses? Eduardo Machado afirma que não vai reduzir as críticas à gestão de Paulo Garcia — não à sua pessoa — porque tão-somente reflete o clamor popular. Ele publicou no Facebook: “Se você concorda comigo e acha que Goiânia vive a pior gestão de sua história, compartilhe este vídeo. Se vc acha que a cidade está muito bem administrada, respeito sua opinião”. Seu comentário-convite é mais democrático que a ação do prefeito Paulo Garcia. Confira o vídeo do PHS: https://www.youtube.com/watch?v=bsd63M7MRXY&feature=youtu.be   https://www.facebook.com/video.php?v=10206234461763447&set=vb.1322213454&type=2&theater&notif_t=comment_mention

Colaboradores do Opção Cultural serão publicados em Paris

[caption id="attachment_30965" align="alignnone" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] [relacionadas artigos="26850, 27349, 28113, 28949"] Yago Rodrigues Alvim O crítico literário e escritor Sérgio Tavares, organizador da série literária “Quatro Estações”, publicada pelo Opção Cultural, e um dos autores de “Inverno” (conto que integra a série), o escritor Carlos Schroeder, foram escolhidos para fazer parte da publicação Machado de Assis Magazine, da National Library of Brazil. A edição número seis será apresentada na abertura do 35° Salão do Livro em Paris. O Brasil é o país homenageado. Para a edição da Machado de Assis Magazine, o conto “As fantasias eletivas”, de Schroeder, foi traduzido para o espanhol por Julia Tomasini (“Las fantasías Electivas”). Já Sérgio teve um trecho do livro “Queda da própria altura” traduzido, também para o espanhol, por Sebastian Rodriguez (“Se desvanescen los barcos”). Veja a revista na íntegra, clicando aqui.

Novo Panela Mágica deve começar a funcionar nesta sexta-feira (20/3)

[caption id="attachment_30961" align="aligncenter" width="620"]Fachada do Panela Mágica do Setor Marista: últimos detalhes sendo finalizados | Foto: Jornal Opção Fachada do Panela Mágica do Setor Marista: últimos detalhes sendo finalizados | Foto: Jornal Opção[/caption] A nova unidade do Panela Mágica, localizada na Rua 13 do Setor Marista -- nas proximidades do Jornal Opção -- começa a funcionar já nesta sexta-feira (20/3). Após poucos meses de obras, o restaurante comandado por Caio e Alexandre Jardim abrirá as portas para o tradicional (e competido) almoço. No entanto, há uma novidade neste novo espaço: a dupla deve abrir, também, para o jantar. "Mas é um jantar rápido, nada que se estenda até tarde da noite, 21h30 no máximo", relatou Caio. Ainda não há previsão de início da novidade. Após quase 40 anos de funcionamento da unidade do Setor Oeste (na Rua 4), Caio e Alexandre fecharam as portas do espaço no último domingo (15/3).

Os 13 melhores poemas goianos de todos os tempos

Odes ao amor e à vida enfeitam terças, segundas, a semana inteira. O canto da terra frutifica versos em estrofes. Fazer listas é tal qual efeito rarefeito, nunca de suspiro fácil. Por isso, algumas das poesias goianas em poemas, elencando títulos e nomes que têm feito, da história, estória. Tarefa que requereu ajuda. Recomendações. Façam as suas. Ei-los: [caption id="attachment_30958" align="alignnone" width="620"]Foto e texto de abertura: Yago Rodrigues Alvim Texto de abertura e foto: Yago Rodrigues Alvim[/caption] Ofício de viver - Afonso Félix de Sousa O mundo que encontrei já era isso. O jeito foi bordá-lo com palavras. Palavras e palavras, esta a herança que tive e vou deixando. O jeito foi juntá-las untá-las soprá-las dobrá-las a meu jeito Perdão ó mestres vos dou a mão à palmatória mas não sei ser outro, não sei ser de outro jeito. O mundo é isso e o jeito é ir chutando e vou chutando e vou driblando e vou sendo driblado e vou caindo e vou-me erguendo e vou e vou gemendo atrás da bola e a bola à frente e ao lado a bola e do outro lado e nas alturas Mestres meus mestres   Toque de Flauta - Delermando Vieira Um velho tonel de vinho é o que tenho, ali debaixo do pessegueiro florido, na vesperal animosidade. Por isso, assim, este beber e não tocar-me, se é flauta o que me toca, quando me toca esta saudade. Eu sinto, ouço, vislumbro nos aros da tempestade: é longo este soar de sinos, quando meu amor lá longe já morreu. Quem foi que tanto me buscou e me perdeu? Não sei. Sei apenas que todo buscar (adaga/florferida) é um sarilho arrastando a Vida. Todo buscar faz de seu achado alguma antiga e perdida ternura. Portanto, me busco e não me acho, por tanto achado e pouca procura. Que sou? a que vim? Que amor terá de mim o sangue, a libido, a navalha e sua ferrugem, se meus lábios (sempre tardos) nunca insurgem? Confesso: um cavalo de ouro trota, agora, no epidérmico jardim de minha pele, o rúbido bouquet de orquídeas entre os dentes de alvura acetinada. Relincha em ouro este cavalo que enfim no meu peito empina, escoiceia, bate os cascos contra as pedras da enorme solidão: de amor, quantas léguas tem meu coração? Um velho tonel de vinho é só o que tenho, enquanto – na paisagem embriagada – toco o soluço de uma flauta esmagada. Por isso, então, nunca beber-me aquele amor distante, nunca querer-me a pessoa amada!   Alvorada dos nirvanas - Edival Lourenço estou pela hora de cometer um haraquiri com o gume das palavras estou a ponto de sofrer um estouro de aneurisma na jugular poética   Geração - Gilberto Mendonça Teles Sou um poeta só, sem geração, que chegou tarde à gare modernista e entrou num trem qualquer na contramão, e vai seguindo sem sair da pista. A de quarenta e cinco me tutela, me trata como a um filho natural. Eu chego às vezes tímido à janela mas vou brincar no fundo do quintal. Na poesia concreta, a retaguarda é que me vê brincando de arlequim. Às vezes fujo à rima e lavo um fardo de roupas sujas, não tão sujo assim... A de sessenta e um foi de proveta, foi mágica de circo para um só. Ninguém me viu caçando borboleta ou pescando escondido o meu lobó. Quem fez letra, cantou e usou bodoque que se fez marginal pela cidade, será que fez poesia ou fez xerox ou apenas tropicou na liberdade.   Sem Título - Heleno Godoy Adentrar a casa, pelo portão: pórtico finca- do entre grades, gran- de o muro em torno; entre o porão e o ático, a casa se estende e se protege: um projeto ou uma proposta (a porta a ser fechada), a casa se constrói no que acumula — um cedro no jardim e outro na sala, cortado e revestido; como o musgo a recobrir a casa e seus súditos: um súbito susto, de medo — sua medida.   Poema vertical - José Décio Filho Dei um mergulho em mim mesmo, num pulo de cabeça a baixo. Tudo lá no fundo está quieto como os caminhos abandonados; a paisagem esfumou-se e confundiu-se num apaziguamento de cansaço. Perdi-me nos atalhos sedutores, gastei linhas retas e curvas, inquietações e deslumbramentos. De místicas visões e amargos projetos fiz um montão de cadáveres. Quanto trabalho perdido, quanto tempo dissipado! Mas de tudo que ajuntei na mais lírica desordem, alguma coisa houve de ficar, alguma coisa que às vezes se resolve em minha poesia ou em silêncio.   Poema - José Godoy Garcia Eu queria informatizar a minha práxis poética gostaria muito de ter ao meu dispor um Computer Place, a tecnologia Epson, Action Laser 1000, o Desktop, Seria maravilhoso computar as estrelas Que estão à minha disposição na hora exata de minha criação Gostaria de medir a pressão de meus órgãos Quando em minhas mãos um Macintosh Centris ou um Windows, e poder pegar uma loira baiana com toda serenidade. Sim, enfrentar uma baiana loira só com um Macintosh, essa raridade beirando à desídia de uma negra aça. Sim, e que a madrugada venha para o meu alento macho, sempre ao meu lado uma bela tecnologia Windows NT, assim poderei saber o útero perfeito e sua extremidade quanto a madrugada se abrir em coxas verdes-escuras-negras-grénas e aças, medindo a pressão e repressão sub reptícias em torno da Petrobrás. Oba! Nova Scanner Geniu tem soft poliglota, um avanço! Guimarães Rosa, em alemão, série verbegral-quicé. Uma atrociadade de línguas suaves-lânguyidas, as imagens Leyser de Bruna Lombardi de mel e de flores brancas. Oh, meu santo Virgolino, Santa Dica de Goiás, paixão de minha alma, oh conselheiro, oh Zumbi dos Palmares! O primitivismo nativista no bico dos anjos da máquina infernal que nos digita os sêmens, as porras micras, com uma doce atenuante: os estilísticos teriam um fim, até que enfim, salve nossas preces ao Nosso Senhor do Bonfim, o Windows digitaria as frases e períodos, no mágico de um simples botão Reader Baby e soletraria a estética num simples segundo de nossa vidinha. Salve o Microsoft Windos NT, infinito, oba-oba, lésbico!   Goyania - Manuel Lopes de Carvalho Ramos Canto primeiro Eu canto, patria minha, o heroe facundo Que immortal sublimara aquella idade Em que o Brasil, sonhando a liberdade, Cingia as vestes do nascente mundo; Em que da Historia, irmã da humanidade, Tinha o gigante audaz o ser profundo, E aquelles que, nos bosques brasileiros, Foram os grandes cayapós guerreiros. O’ tempos idos! O’ remotas eras! Em que, á sombra das arvores copadas, E das montanhas para os céos voltadas, Eram outras as nossas primaveras! Em que das selvas brutas e agitadas Eram selvagens os irmãos das feras, Em que a voz do cacique, ardente e bella, Soía um brado ser da eterna tela. Eras tu, patria forte, o grande povo Embalado no bosque americano, Não de escravos nascido ao eito insano, Mas de algum ventre poderoso e novo; Que então não tinhas outro soberano Senão esse fortissimo renovo, Mas que o perdeste á marcha triumphal Dos bravos, que illustraram Portugal. Eras tão livre como a voz dos ventos, Que as tuas alvas praias despertavam, Como a orchestra das aves, que esperavam Da aurora os raios fortes e opulentos. Ousado prometteu, que em ti buscavam Nações da Europa, espiritos sedentos, E estranhos, feros, cegos desertores, E escravos negros de crueis senhores? Em tudo a voz da terra esperançosa Mil phantasticas sombras attrahia; Em seus prados uberrimos nascia Forte imburana ao pé de branca rosa; Em seus valles risonhos, quando o dia Na luz d’alva acordava a tribu irosa, Eram lagrimas doces, purpurinas, As lymphas das ribeiras crystallinas. Mas em ti, só em ti, goyana terra, Correia pertinaz ouvira o brado Firme, soberbo de um paiz talhado Para os fructos da paz, e não da guerra; Porque em ti se firmava o luso errado, Vingando as regióes de serra em serra; Porque em ti, se não fosse a idade forte, Teria a própria liberdade a morte. Mas, por isso, bem vês, goyano povo, A quem meus versos neste canto envio, Que imagens vagas de paixão não crio, Mas a gloria da patria em que eu me louvo. Em teu regaço, em que melhor me fio, Deponho a lyra e o canto audaz e novo: Dá que a musa, animando a luz da historia, Da patria cante a primitiva gloria. [...] Canto Vigésimo [...] Eis nesse instante, enquanto gloriosos Os valles descem fortes os guerreiros, Da fria noite os astros derradeiros Iam doirando os ermos tenebrosos. Scintillam sobre os cerros altaneiros D’alva os clarões rosados e amorosos: A doce brisa a pluma dos cocares Agita aos buritys nos frescos ares. Algumas aves cantam nas ramagens Dos cambuhis da praia, em que serena A laranjeira delicada e amena Presta aos indios amantes as folhagens; E, ouvindo aquella matutina pena Do cardeal, que canta nas pastagens, Anhangaia murmura: Anang morre... Fria mão de Tupan seu rosto corre... Morrer! Quando esta vida é toda amôres! Quando, entre as rosas da manhã serena, Suspira a jurity na selva amena, Adeja o beija flôr beijando as flôres! Morrer! Da ideia negra que envenena Ao precipicio caminhar de horrôres! No coração, que a treva desespera, Ver extinguir-se a luz da primavera! Morrer! Quando a folhagem que murmura Presta suave sombra ao doce amado! Quando brilhante o leito do noivado E’ como um cofre aberto á formosura! Quando sómente o enfermo é desgraçado! Quando escarmenta o colhe a sepultura! Deixar tudo e partir... Cahir sosinho Cadáver! Sombra! Em meio do caminho! Taes pensamentos negros scintillaram No cerebro da indígena piedosa, Cuja paixão suprema em dor penosa Idéias mil oppostas transformaram. Turva-lhe a vista gfelidez pasmosa De Anag... e os passarinhos se calaram... Naquelle instante aspérrimo e sombrio Nem brilha mais o céo, nem falha o rio... Era supremo o acaso, a dôr terrivel, E findo estava o quadro da agonia: Sem forças quasi a indigena acolhia Aquella vida á margem do impossivel: E assim, olhando a face quase fria Que estreita, com disvello intraduzivel, Guayra ri, soluça, e a voz discerra: – Morto! Morto! – Suspira e cahe por terra.   Praia Morta - Miguel Jorge esta praia morta também é fruto do rio cemitério de gaivotas com seus ais e nunca mais esta praia morta viajou horizontes e se matou pelo rio esta praia plana esta praia plena de triscos ciscos cacos cascos bicos riscos triscos rabiscos beliscos reflete agoniando a orla vermelha do rio esta praia abriga vozes abriga falas e se cala como quem perdeu a última palavra   Vaga litúrgica - Pio Vargas O volume da chuva é que decifra o dilúvio como no corpo eflúvio é âmbar a dúvida a porta que mais vence é a que aberta permanece e o corpo que mais sente é nem sempre o que adoece. Que morte é natural senão a que é sem leito se nem só pelo sinal traduz-se o que foi feito (?) o que por dentro queima e teima em prosseguir o fôlego-fátuo que anuncia cenas do óbito a seguir Vai mais longe quem divaga além de si aquém do se a certeza que mais propaga é a de quem menos disse nenhum lugar pleno existe a menos que a invenção o faça : o perdão é de quem insiste no pecado e não na graça.   Pacote Completo - Cássia Fernandes Quando a gente ama, compra o pacote completo: o bilhete de ida e sem volta, a ex-sogra, o mau hálito quando acorda, o mau humor o mau amor. A gente ama, a gente compra o pacote com tudo o que vem dentro: um trem, uma família, um cachorro, um papagaio, um sofrimento. O feijão com caruncho, a pedra... A gente quase quebra um dente quando morde. A gente não pode comprar uma meia meia, uma meia sola, só o seio esquerdo e deixar na loja uma só alça do sutiã meia taça. Comer só o miolo do pão e do sonho de valsa; a laranja e a couve; e fingir que não houve nem escravidão, nem fome, nem chicotada, nem o pé de porco na feijoada. O amor não se vende avulso nem picado, para um pé atrás, de um só lado. Se bem que é bem preciso começar com o pé direito, dar ao menos um braço a torcer e de vez em quando estender a roupa no arame e a outra face. Porque a qualidade e o defeito são irmãos siameses. E o cachorro se senta sobre o próprio rabo. Bicho de goiaba é goiaba, exceto para quem está de barriga lotada. Quando a gente ama, não pode escolher se tem aleijão ou se é perfeito. Tem que aceitar a barriga, a remela, o cabelo de nego, o presente de grego, a mão em que sobra ou falta um dedo, e que é a pimenta da vida e que dá tempero à comida. Não há amor que se vende a granel, como fiado só no armazém ao lado. E se é verdade que a galinha da vizinha é sempre mais gostosa e mais gordinha, é verdade também que não se faz omelete sem quebrar uns ovos chocos e que todo ofício, mesmo o de você me comer e de eu comer você tem seus ossos.   As Jóias de Netuno - Valdivino Braz Surdo rumor de ondas se avoluma para os estrondos de espuma; estilhaços da fúria fragmentária, os cristais feito jóias, perdigotos de Netuno. Fraturas de oceano, salso cuspe de espuma e louça os nácaros, côncavos destroços. O que há de maestro e música, além do bramor de mostro, nisto de Atlântico. Sinistra massa, mista de crustáceos e moluscos – lagostos pednúnculos de antênulas, cacos de acéfalos hipocampos, espongiários espantos. De hábitos solitários e anêmonos, de celenteradas pedras, isto de florir-se o reino das actíneas. Outra é água-viva, mija-vinagre, urtiga-do-mar, isto de queimar. Transparência de gelatina, e de secreto nas entranhas marinhas, as coisas-meduas, tanto quanto não ser a vida um mar de rosas. Umas formas eriçadas, uns ouriços, uns crespos de abrir-se e fechar-se - de não-me-toques -, marinhos espinhos. E coisoutras peludas, isto análogo de púbis, estranhos novelos de quelíceras. Uns mijos de esponja, de Nadja, de nojo. Umas pérolas nada pérolas, num colar de búzios. Com a fileira de pés ambulacrários, A esdrúxula estrela, uma crosta, uma casa, parece que morta. Vergue-se-lhe, entanto, o centro, ei-la que ressuscita: ondula-se o mar de áspero dorso, onde varetas possibilitam articular-se o dentro, e pena é vê-lo ondular-se, por certo que de dor, isto de só restar devolvê-lo ao mar, arremessa-lo feito disco voador.   O desvio - Yêda Schmaltz A mim pouco me importa aberta ou fechada a porta, vou entrar. E pouco me importa estar sendo amada ou não amada: vou amar. Que a mim me importa tanto eu mesma e o sentimento, quanto! A mim pouco me importa se a tua amada é doente, se a tua esperança é morta. E me importa muito menos se aceitas solenemente a nossa vida parca e torta. Porque a mim me importaria deixasse de ser eu mesma e a poesia. A mim pouco me importa se a lira quebrou a corda: vou cantar. E pouco me importa estar no picadeiro do circo: vou rodar. Que a mim me importa tanto eu mesma e o sentimento, quanto! A mim pouco me importa se estamos todos presos por uma invisível corda. E me importa muito menos sermos todos indefesos ante o destino que corta. Porque a mim me importaria deixasse de ser eu mesma e a poesia.

Chef Ian Baiocchi inaugura em maio restaurante no Setor Marista

[caption id="attachment_30955" align="alignright" width="300"]ian-fernando-leite-OK Ian Baiocchi finaliza seu ÍZ: cozinha contemporânea | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption] O jovem chef Ian Baiocchi inaugura seu primeiro restaurante na capital. Intitulada de ÍZ (que significa paladar em húngaro), a casa terá arquitetura moderna e culinária contemporânea/autoral. Localizado no Setor Marista, na Rua 1129 (onde funcionava o Emi Cozinha Emocional), o restaurante contará com menu assinado pelo goiano, que tem experiência pela Europa e nas melhores cozinhas de São Paulo. São quatro sócios que, há quatro meses, vêm trabalhando diuturnamente para abrir as portas em meados de maio. Ian Baiocchi deixa a cozinha do Palácio das Esmeraldas, mas manterá o buffet que leva seu nome. O ÍZ promete ocupar um espaço vago em Goiânia atualmente: o do restaurante completo. A grande maioria dos que estão na cena gastronômica são especializados em uma determinada culinária. Ou seja, não se come bem uma carne e uma massa no mesmo lugar. Ian Baiocchi preparou um menu enxuto: apenas 25 pratos, já contando com as sobremesas. No entanto, será bem variado: galinha d'Angola, pato, cordeiro, entrecôte, pirarucu e lagostim compõem as criações do chef.  

Babilônia estreia com beijo lésbico entre Fernanda Montenegro e Nathália Timberg

Telespectadores comentaram sobre a cena da nova novela da Rede Globo nas redes sociais